Hollywood? Ainda não!
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Superando-se
a cada dia, a indústria cinematográfica de nosso país ainda enfrenta muitas
dificuldades. Mas estamos chegando lá!
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Há quem
ainda torça o nariz quando falamos sobre o Cinema Brasileiro. Pouquíssimo tempo
atrás, ainda que visitássemos as mais completas salas de exibição do país, dificilmente
encontraríamos um filme que sustentasse o nome do Brasil entre as grandes
produções americanas, que batem recorde de audiência aqui.
Nos últimos
anos, contudo, temos evoluído bastante nesse sentido. Sim, ainda
importamos dezenas (talvez centenas) de produções hollywoodianas por ano, mas
começamos a desenvolver Longa Metragens que têm chamado a atenção dos
brasileiros.
Esses filmes
estão longe de serem chamados de superproduções
– geralmente são comédias, ou mostram características próprias do nosso país,
como o Carnaval, o Futebol, a vida nas Favelas, e etc. –, mas demonstram que já
há um olhar para o cinema nacional.
Tivemos nosso
primeiro filme em 3D, o “Brasil Animado”,
é verdade. Mas o destaque está mesmo em outras tramas, como “Se Eu Fosse Você” 1 e 2, “Cilada.com” e “Até Que a Sorte nos Separe”, que bateram recorde de bilheteria
graças ao gosto dos brasileiros por comédia. Isso, é claro, sem falar da
divulgação massiva na mídia.
Filmes como
“Rio”, que mostram a realidade
brasileira, ainda são produzidos lá fora, pois não temos tecnologia para isso.
Tão grande é
o déficit no cinema que exportamos talentosos profissionais para outros países.
Carlos Saldanha (Aquele mesmo de “A Era do Gelo” e de “Rio”) poderia ter feito
muito sucesso aqui, no Brasil, se tivesse espaço para isso.
Como se não bastasse a falta de tecnologia,
ainda temos o olhar reprovador dos brasileiros quanto a filmes nacionais. Não
culpo essas pessoas pelos olhares, apenas peço que olhem novamente. Um novo
horizonte se abre diante de nós, com produções como “Xingu”, ou mais recentemente o filme “Somos Tão Jovens”, ambos com fortes características biográficas,
mas bem diferentes do verdadeiro açougue que tínhamos antes.
Talento não falta no Brasil. Temas, menos ainda. O que falta é espaço
para que essas duas características se desenvolvam completamente. E um dia, ao
invés de narizes torcidos, talvez tenhamos lágrimas nos olhos (DE ALEGRIA, É
CLARO) ao ver um filme nacional.
*Por Kaio Rodrigues
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