Os fatos e as versões:
World Trade Center foi criado em meio a "febre de arranha-céus". Conheça a história
O reinado do World Trade Center como complexo que incluía
os edifícios mais altos do mundo - as Torres Gêmeas, com 110 andares
cada - foi curto. As torres abriram em 4 de abril de 1973, e só foram
superadas pela Sears Tower (hoje Willis Tower), de Chicago, em 1974. A
corrida rumo ao topo em Nova York, no entanto, começou em 1889.
Naquele ano, a França erguia a Torre Eiffel para a Feira
Internacional em Paris, como um marco dos cem anos da Revolução
Francesa. Enquanto isso, em Nova York, empresários atentos para as
inovações em engenharia e arquitetura desenvolvidas para a construção da
torre francesa pensavam literalmente grande. Dessa união de fatores
surgiu o Tower Building, com seus 13 andares - até então inéditos na
cidade.
O edifício durou até 1914 – mas aí ele já havia deixado de ser o mais
alto há quase 20 anos. Em 1894 surge o Empire Building, com
impressionantes 21 andares – só superado pelo Woolworth Building, com
inacreditáveis 55 andares, inaugurado em 1913.
A briga foi ganha em 1931 pelo Empire State Building, com seus
heroicos 102 andares - ainda hoje um dos cartões postais mais famosos de
Nova York e do mundo. O título de mais alto do mundo ficou com o
edifício até surgirem as Torres Gêmeas do World Trade Center.
A ideia do WTC começa a nascer em fins dos anos 40 e começo da década de
50, como apenas um edifício, que teria 70 andares. O presidente do
banco Chase Manhattan, David Rockefeller, criou assim a Associação para o
Desenvolvimento da Região Central e da Baixa Manhattan, para
revitalizar a cidade e aproveitar o papel central que Nova York passava a
ter na economia global.
Em 1962, a ideia ganha força junto ao governo, e a região da baixa
Manhattan - delimitada pela rua 14 ao norte, a leste pelo rio Leste, ao
sul pelo porto de Nova York e a oeste pelo rio Hudson - começa a passar
por transformações. Na área dos 13 quarteirões que seriam desocupados e
demolidos para a construção do conjunto ficava a “Radio Row” (“Rua dos
Rádios”, em tradução livre), conhecida por esse nome até então por
concentrar muitas lojas de eletrodomésticos.
Os EUA continuaram a ser os campeões das alturas até 1996, quando a
coroa então mudou inclusive de continente: a Willis Tower cedeu lugar ao
complexo Petronas Towers, em Kuala Lumpur (Malásia), e seus 452 m - mas
isso devido à agulha da torre; em andares, a Willis continuou a mais
alta (108, contra 88 da torre asiática).
Fonte: R7
O Atentado e suas versões:
Notícia publicada no dia seguinte ao atentado:
Atentados podem recriar a unidade perdida dos EUA
Houve só um momento, na história americana, comparável ao ataque
terrorista que começou (e espera-se que tenha acabado) na manhã de
ontem. Foi Pearl Harbor. Sabemos no que deu.
Forçou o ingresso
(que já era inevitável) dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
Solidificou a coesão nacional. Identificou os norte-americanos com seu
governo - mesmo aqueles que não tinham simpatia nenhuma pela Presidência
de Roosevelt.
Também dispôs todos aos sacrifícios necessários
para encarar a guerra e ganhá-la. Submeteu à prova de fogo uma geração
que ainda hoje é miticamente considerada, nos Estados Unidos, como a
maior de todas. Enfim, produziu décadas de uma primazia norte-americana,
econômica e cultural, que ainda dura.
O
ataque de ontem tem toda a chance de desencadear os mesmos efeitos, a
começar pela unidade nacional em torno de um governo que antes disso era
desacreditado. Eu mesmo não saberia onde encontrar, hoje, a vontade de
criticar o presidente Bush. Por um momento, até gostei de suas palavras.
Os
norte-americanos passarão pela redescoberta de uma solidariedade talvez
esquecida. Consegui falar com uma amiga, normalmente temerosa, de nariz
empinado, no Upper East Side de Nova York: ela estava correndo para
doar sangue.
Reencontrarão os valores americanos, atrás dos
sonhos de sucesso material e de consumo que prevaleceram nas últimas
décadas. Outro amigo, em Nova York, notou que Wall Street fechou e que,
com a ruína das torres do World Trade Center, muitas operações
financeiras serão atrapalhadas durante dias.
Argumenta que, se
essa era uma das intenções dos terroristas, tanto pior para eles: o que
importa é que durante dias os americanos nem olharão para os índices Dow
Jones e Nasdaq. Talvez redescubram nessa ocasião, acrescenta, que o
orgulho nacional tem outras razões além da prosperidade.
A
América do começo do século 21 era, até hoje, um país ideologicamente
hesitante. Para definir-se, faltava-lhe um adversário, pois o inimigo
comunista havia sumido. Só sobrava, como glória nacional, justamente a
riqueza - um ideal facilmente desprezível. O multiculturalismo, também,
tornava problemático invocar os valores americanos.
Ora, graças
aos atentados de ontem, essa fase pode ter acabado - sobretudo porque o
novo inimigo não é um governo imperialista ou expansionista como a
Alemanha nazista ou o Japão imperial. É um inimigo ideológico: uma
concepção do mundo e da vida oposta aos fundamentos da cultura ocidental
moderna.
A América, a partir
de hoje, poderá voltar provavelmente a desempenhar aquele que sempre foi
seu melhor papel: o de defensora da civilização contra a barbárie.
Os
Estados Unidos perseguirão todo país que, de uma maneira ou de outra,
aparecer como cúmplice dos terroristas que conceberam e realizaram o
ataque. É difícil imaginar qualquer outra potência em posição ou com
alguma razão de contestar esse direito. Nem a Rússia nem a China. Mesmo
uma boa parte dos países árabes concordará, de coração ou por medo.
É
possível, com isso, que o ataque de ontem tenha definitivamente
alterado a organização política do planeta, sobrepondo a todos os
conflitos (econômicos, políticos ou ideológicos) uma divisão cultural.
Haverá, de um lado, os que acreditam no ideário da razão ocidental e, de
outro, um pequeno (ou grande) catálogo de fundamentalismos. E haverá a
necessidade de se declarar.
Fonte: Folha on-line (12/09/2001)
O link abaixo mostra algumas teorias da conspiração relacionadas aos ataques de 11/09/2001:
Custos da guerra pós-atentados do 11/09 podem chegar a US$ 4 trilhões, diz professora de Harvard
Um alvo fácil: o prédio do Pentágono fica às margens do Rio Potomac,
cercados por enormes estacionamentos. Na manhã do dia 11 de setembro de
2001, o terrorista Hani Hanjour pilotava o Boeing-757 a baixa altitude e
estava em aceleração total, a 850 km/h, quando atingiu o comando
militar americano.
A explosão fez o prédio, um dos maiores do mundo, tremer. Ao todo, 184
pessoas morreram. Porém, em pouco tempo, no centro nervoso das Forças
Armadas americanas, começou a ser planejada a resposta militar aos
ataques terroristas.
A decisão inicial foi atacar o regime Talibã, que protegia a rede
terrorista al-Qaeda de Osama bin Laden no Afeganistão. A maioria dos
americanos e governos de 56 países apoiaram a iniciativa, mas o então
presidente George W. Bush decidiu ampliar a resposta com uma segunda guerra e os Estados Unidos invadiram o Iraque.
Dez anos depois, o custo dessas duas decisões ainda se acumula: em
vidas, dinheiro e em mudanças na sociedade americana. Mais de 100 mil
soldados americanos ainda lutam na Guerra do Afeganistão, que se tornou a
mais longa da história dos Estados Unidos. No Iraque, depois de sete
anos, a retirada das tropas de combate já foi concluída, mas o governo
americano ainda mantém no país milhares de soldados somente para
treinamento das forças locais.
Mais de seis mil militares de 20 países morreram nas duas guerras. No
Afeganistão, as mortes de civis chegaram a quase nove mil. No Iraque, as
estimativas variam de 100 mil a 1 milhão de civis mortos no conflito.
William Galston foi assessor na Casa Branca durante os anos 90 e, hoje,
integra o respeitado Instituto de Pesquisa Brookings, em Washington.
Para ele, a invasão do Iraque foi a ofensiva errada, no país errado, no
momento errado. Galston tem certeza de que Bush acreditava que o então
presidente do Iraque, Saddam Hussein, tinha armas de destruição em massa
e afirma: “O que ele não teve foi o cuidado de verificar se as
conclusões a que chegou estavam bem fundamentadas. Portanto, Bush levou o
país na direção errada”.
Donald Rumsfeld
era o encarregado de planejar e executar a invasão do Iraque. O então
secretário de Defesa deixou a Casa Branca em 2006. Hoje, aos 79 anos de
idade, ele defende a ação do governo Bush e diz que não subestimou o
custo da guerra.
Quando a invasão começou, o ex-secretário estimou que ela teria apenas
seis meses de duração e custaria US$ 50 bilhões: “Eu não disse isso”,
afirma Rumsfeld. “Eu escrevi, sim, um memorando ao presidente falando de
custos, mas mostrando que as projeções podiam dar errado”, explica.
Em um documento, Rumsfeld afirma que a guerra custaria menos de US$ 50
bilhões, mas ele explica: “Não eram números meus, eram números
orçamentários. Eu repeti dezenas de vezes que não sabia quanto a guerra
iria custar nem quanto tempo iria durar”, ele diz.
Qual foi então o custo real do 11 de setembro? “O povo americano não vive aterrorizado”, ele responde. “O governo tomou a decisão de avançar contra os terroristas para proteger o povo americano e teve enorme sucesso. Em dez anos, nenhum outro ataque terrorista foi concluído nos Estados Unidos", completa Rumsfeld.
Qual foi então o custo real do 11 de setembro? “O povo americano não vive aterrorizado”, ele responde. “O governo tomou a decisão de avançar contra os terroristas para proteger o povo americano e teve enorme sucesso. Em dez anos, nenhum outro ataque terrorista foi concluído nos Estados Unidos", completa Rumsfeld.
Linda Bilmes, professora de orçamentos e finanças públicas na
Universidade Harvard, faz uma avaliação diferente. Ela é co-autora do
livro “A guerra de US$ 3 trilhões, o custo real da guerra do Iraque” e
afirma que os custos continuam a crescer com o tratamento de veteranos
feridos e os gastos militares que ainda hoje são feitos no Iraque.
Para Linda Bilmes, o valor já está perto dos US$ 4 trilhões, cerca de
80 vezes o valor citado inicialmente por Donald Rumsfeld. E ela diz que,
mais do que o gasto direto, a guerra do Iraque criou outros graves
problemas. Um deles foi o endividamento do governo americano: “Os
Estados Unidos estão sofrendo por falta de investimento, basta andar na
rua para ver isso. Todo aquele dinheiro poderia ter sido gasto aqui. Nós
vamos viver com as consequências disso por muito tempo”, conclui Linda
Bilmes.
Durante sete anos, George W. Bush tentou capturar o principal
responsável pelos ataques de 11 de setembro, mas a notícia que os
americanos esperaram por quase uma década foi anunciada em maio deste
ano, pelo sucessor dele, Barack Obama. O terrorista Osama bin Laden
estava morto.
O paradeiro do chefe da al-Qaeda foi descoberto a partir de um
minucioso trabalho de inteligência feito pelo Serviço Secreto Americano.
Bin Laden foi morto em um esconderijo a 100 quilômetros de Islamabad,
capital do Paquistão, um dos países que mais receberam dinheiro e apoio
dos Estados Unidos.
Fonte: (Adaptado) Jornal Nacional
O link abaixo traz muitas informações sobre o mundo pós 11/09/2001:
O mundo após 11 de setembro de 2001
10 acontecimentos que moldaram o mundo depois do 11 de Setembro
1. Guerra ao terrorFoi com esta formulação
vaga que George W. Bush respondeu ao 11 de Setembro, mas o plano foi
objetivo: derrotar o regime dos talibãs no Afeganistão e destruir a
rede terrorista da al-Qaeda, bem como os seus campos de treino. Em 2002,
já com Cabul livre do regime fundamentalista, o Presidente
norte-americano inclui o Iraque num "eixo do mal" composto ainda por
Irã e Coreia do Norte, por ter armas de destruição maciça, que afinal
não existiam. No ano seguinte, sem o apoio das Nações Unidas, EUA e
Reino Unido derrubam o regime de Saddam Hussein, que acaba enforcado. A
guerra ao terrorismo fica também marcada pela perda de liberdades
individuais e de privacidade nos EUA (e em aeroportos de todo o mundo),
por abusos e práticas de tortura aos prisioneiros em Abu Ghraib e
Guantánamo. Apesar de vários planos terem sido descobertos, Bali,
Madrid, Beslan, Londres e Mumbai foram alvo de atentados de grande
dimensão.
2. Ascensão da China e de outros paísesO
mundo dividido em dois blocos acabou com a queda do Muro de Berlim e o
fim da União Soviética. Mas a mudança deu-se antes, no princípio dos
anos 80, quando a China comunista de Deng Xiaoping lançou as zonas
econômicas especiais que atraíram desde cedo multinacionais como a
Coca-Cola. A explosão da economia chinesa deu-se na última década. O "Império do Meio" é hoje a fábrica do mundo. Tem a segunda maior
economia e a sua combinação paradoxal de governação socialista e mercado
capitalista, mão-de-obra infindável e (ainda) barata é imbatível. Mas
outras potências emergem, casos da Índia e do Brasil (este em especial,
ao combater com sucesso a pobreza e ao reduzir as desigualdades
sociais). O Ocidente perde peso e relevância.
3. Grandes tragédiasOs
ataques do 11 de Setembro fizeram 2.996 mortos. Um horror mas, ainda
assim, gotas em comparação com os desastres de enormes proporções que
atingiram outros cantos do planeta. Em Dezembro de 2004, os efeitos do
sismo e consequente tsunami que se registou no Oceano Índico e que
afetou em especial a Indonésia, o Sri Lanka, a Índia e a Tailândia. No
total morreram 226 mil pessoas e mais de dois milhões foram afectadas.
Números dantescos que o terramoto de Janeiro de 2010 no Haiti conseguiu
rivalizar: o paupérrimo país perdeu 222 mil habitantes e quase 3,5
milhões sofreram com o abalo de magnitude 7. Outros desastres naturais
de graves consequências foram o furacão Katrina (EUA), o ciclone Nargis
(Birmânia), os sismos em Bam (Irã), Caxemira (Paquistão), Java
(Indonésia) e Sichuan (China) e a onda de calor que varreu a Europa em
2003. A soma de mortos destes desastres naturais dá uma cifra
impressionante: 855 mil, segundo um relatório conjunto da Cruz Vermelha e
Crescente Vermelho.
4. Tsunami e crise nuclear de FukushimaO
sismo de magnitude 9 ocorrido em 11 de Março ao largo do Japão, o
tsunami e as 900 réplicas que se seguiram tiveram efeitos devastadores
em vidas e em destruição. Morreram mais de 15 mil pessoas, cem mil casas
desapareceram. Seis meses depois, 85 mil japoneses ainda estão a viver
em abrigos. O prejuízo dos danos calcula-se em 157 mil milhões de euros,
sem contar com as consequências do desastre nuclear de Fukushima: o
terremoto e tsunami destruíram os sistemas de arrefecimento da central, o
que provocou explosões e consequentes fugas de radiação, que se mantêm.
O acidente veio minar a reabilitação da imagem da indústria nuclear e
vários países reequacionaram os seus programas de energia.
5. Crise financeira de 2008-2011Sabe-se
quando começou, mas não se sabe quando nem como irá estancar. Por uns
apelidada de grande recessão, por outros de depressão menor, a crise
financeira iniciou-se com a falência do Banco Lehman Brothers,
especializado em produtos de investimento. Foi a face visível da chamada
crise do subprime, iniciada quando a alta de juros nos EUA levou a que
milhares de pessoas – que tinham créditos à habitação mas não tinham
condições para as pagar – ficaram em incumprimento. Com isso, produtos
financeiros de risco associados a esse crédito fácil passaram a ser lixo
e gigantes financeiros tiveram perdas colossais; outros faliram e até
um país, a Islândia, foi pelo mesmo caminho. Os Estados injetaram
dinheiro nos bancos para que o sistema financeiro não entrasse em
colapso, mas as consequências pagam-se até hoje: vários países com
problemas estruturais como a Grécia, Irlanda e Portugal
sobreendividaram-se e lutam para cumprir projetos de emagrecimento com
planos de resgate, mas a crise de confiança atingiu outros países como a
Espanha, Itália, EUA, e quer o euro, quer os mercados bolsistas
enfrentam tempos incertos.
6. Redes sociais Depois
da popularização do uso dos celulares e do acesso à internet, a
propagação das redes sociais foi imparável nos últimos anos. Estão em
qualquer suporte, TV incluída, e servem para coisas tão díspares como
colecionar amigos virtuais, escrever banalidades ou incitar a revoltas.
As aplicações mais populares são o Facebook, com 750 milhões de
utilizadores, e o Twitter, com 200 milhões.
7. Eleição de ObamaMarcou
o fim de uma controversa presidência, a de George W. Bush, que levou o
país – que ficou com uma imagem beliscada no resto do mundo – para dois
teatros de guerra, e no campo interno para uma espiral de endividamento.
A maioria dos eleitores votou por uma mensagem de esperança que pusesse
termo aos conflitos e recolocasse o país na senda da prosperidade, ao
mesmo tempo que elegia um cidadão de uma minoria que há 60 anos era
tratada como segunda classe. Mas até agora o mandato de Barack Obama –
exceto o apaziguamento com o mundo muçulmano e a histórica extensão dos
cuidados de saúde – tem sido dominado pela crise e pela oposição
encarniçada dos republicanos, maioritários na Câmara dos Representantes.
8. Fim dos vaivéns espaciaisA
aterragem do Atlantis, em 21 de Julho, no Centro Espacial Kennedy, na
Florida, assinalou o fim do programa de vaivéns espaciais dos Estados
Unidos da América. Encerrou-se um capítulo com 30 anos e 135 missões. Os
veículos espaciais permitiram aos norte-americanos consolidar a
liderança no Espaço – apesar dos tristemente célebres desastres do
Columbia e do Challenger –, e pôr em órbita o telescópio espacial
Hubble. O programa espacial da NASA fica em suspenso e agora os EUA
passam a depender das naves russas para poderem alcançar a Estação
Espacial Internacional.
9. Criação do TPICom
sede em Haia, começou a atividade em 2002. Tem como objetivo levar a
julgamento responsáveis por atos como crimes de guerra, crimes contra a
humanidade e genocídio. Até agora só foram realizadas investigações que
levaram a acusações de políticos em países africanos. Muammar Kadhafi e
o filho Saif al-Islam são os mais recentes procurados. Muitos países
oferecem resistência ao TPI: 40 não ratificaram o tratado (casos de EUA,
Rússia, Angola, Moçambique), outros, como a China, Índia ou Indonésia,
nem sequer o assinaram. Mas é um avanço na universalidade dos direitos
humanos e do direito internacional.
10. Primavera ÁrabeTeve
como inspirador o falhado movimento verde do Irã (não árabe, mas
muçulmano), nascido em 2009 após as eleições consideradas fraudulentas
pela oposição iraniana e pela comunidade internacional. Mas o grito de
indignação via redes sociais de dezenas de milhares de iranianos,
asfixiados pelo regime dos aiatolas, teve seguidores. Em Dezembro de
2010, a imolação do jovem tunisino Mohamed Bouazizi, por lhe ter sido
negada a venda ambulante, ateou fogo ao país e a quase todo o mundo
árabe, cuja mistura de ditaduras com elevados níveis de desemprego,
desigualdades sociais e pressões demográficas formaram um cocktail que
degenerou na queda de Ben Ali (Tunísia), Mubarak (Egipto), Kadhafi
(Líbia) e que mantém outros em guarda.
Fonte: (Adaptado) sol.sapo.pt
Nova York relembra vítimas do 11 de Setembro
A cidade de Nova York lembra neste domingo os dez
anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 sob o temor de novos
ataques e um forte esquema de segurança.
As cerimônias de homenagem às vítimas dos
ataques começaram antes das 9h (horário local), com discursos do
prefeito Michael Bloomberg, do presidente Barack Obama, com um minuto de
silêncio no horário em que a primeira Torre do World Trade Center foi
atingida (8h46) e com a leitura dos nomes das quase 3 mil pessoas mortas
naquele dia.
O reforço no policiamento da cidade - assim como em Washington e
Shanksville (no Estado da Pensilvânia), onde os atentados também
deixaram vítimas e onde também serão realizadas cerimônias neste domingo
- já era previsto em razão dos eventos.
A segurança, no entanto, foi redobrada nos
últimos dias, depois que o governo recebeu informações de que a rede
extremista Al-Qaeda planejaria novos ataques contra os Estados Unidos.
O aumento da presença policial é visível em toda
a cidade. Na Penn Station, estação ferroviária por onde passam trens de
todo o país, é possível ver vários policiais e até militares armados.
Cães farejadores da polícia podem ser vistos em
estações de metrô à procura de possíveis artefatos explosivos.
Estacionamentos subterrâneos, pontes e túneis e outros locais com
potencial para virar alvo de explosões estão sendo intensamente
averiguados
A área ao redor do Marco Zero - local onde ficavam as Torres Gêmeas
do World Trade Center, derrubadas nos atentados – é palco da principal
cerimônia.
Neste domingo, as principais ruas da região estão fechadas para o tráfego, com grandes restrições à passagem de pedestres.
O presidente Barack Obama, que na manhã de
sábado se reuniu com a cúpula da segurança para discutir as medidas
adotadas para prevenir novos ataques, havia dito que os Estados Unidos
"permanecem vigilantes".
Em seu pronunciamento semanal no sábado, Obama
mencionou as ameaças de novos ataques. "Nós estamos fazendo todo o
possível para proteger nosso povo. E não importa o que apareça no nosso
caminho, como nação resiliente que somos, nós seguiremos em frente",
afirmou.
A cerimônia no marco zero começou às 8h35 deste
domingo (horário de Nova York, 9h35 em Brasília) e está sendo
acompanhada por Obama e pelo ex-presidente George W. Bush (que governava
o país na época dos atentados), além de várias outras autoridades,
artistas e familiares das vítimas.
A cerimônia será interrompida seis vezes. Às
8h46, o primeiro minuto de silêncio marcou o momento exato em que o
primeiro avião sequestrado pelos extremistas da Al-Qaeda, o voo 11 da
American Airlines, chocou-se contra a Torre Norte do World Trade Center.
O prefeito Michael Bloomberg disse em discurso que o momento é tanto
de lembrar o ocorrido como de seguir adiante. "Desde (11 de setembro de
2001), vivemos na luz e na sombra. Crianças cresceram e netos nasceram."
Obama falou em seguida, lendo uma passagem da Bíblia.
Outros cinco minutos de silêncio marcam o choque
do voo 175 da United Airlines contra a Torre Sul, o colapso de cada uma
das torres, o momento do ataque ao Pentágono, em Washington, e o
momento em que o voo 93 da United Airlines, também sequestrado, caiu em
Shanksville, na Pensilvânia.
Depois de encerrada a cerimônia, as famílias das
vítimas poderão pela primeira vez visitar o Memorial do 11 de Setembro,
construído no Marco Zero, que será aberto ao público a partir de
segunda-feira.
Diversos outros eventos serão realizados neste
domingo para marcar os dez anos dos atentados. Após deixar Nova York,
Obama acompanha ainda as cerimônias em Shanksville e no Pentágono.
Em Nova York, além da programação oficial, a
passagem da data é lembrada também com diversas homenagens, exposições e
instalações que podem ser vistas em museus, igrejas e nas próprias ruas
da cidade.
Fonte: BBC Brasil
A Breve Opinião:
O objetivo desse post não é esgotar o assunto, afinal tem desmembramentos diversos, praticamente em todo o mundo e em todas as áreas de atuação dos seres humanos. Os atentados colocaram os Estados Unidos e, por tabela, o mundo inteiro em um estado de alerta constante, porque foi como se os terroristas dissessem: "Fizemos e somos capazes de fazer novamente e ainda fazer pior". A partir desse dia, todo grande evento fica cercado de cuidados. Existem diversas teorias da conspiração, algumas inclusive bastante plausíveis, porém nos atemos aos fatos, mesmo sabendo que a história acaba sendo contada segundo a versão dos vencedores (ou dos detentores dos grandes meios de comunicação).
Muito boa essa matéria, parabéns.
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