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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Como a extinção de pássaros coloca toda a Mata Atlântica em risco


O Fato:

Como a extinção de pássaros coloca toda a Mata Atlântica em risco

O que acontece quando uma espécie de pássaro desaparece de uma área de floresta? Um estudo publicado nesta sexta-feira (31/05) na revista Science mostra que, além de perdermos em biodiversidade e em beleza, colocamos em risco a própria reprodução da floresta.
O estudo foi conduzido por vários pesquisadores internacionais e liderado por Mauro Galetti, da Universidade Estadual Paulista, em São Paulo. Os pesquisadores analisaram sementes de palmeiras-juçara em 22 locais diferentes de remanescentes da Mata Atlântica. Algumas dessas áreas estão fragmentadas, resultado de desmatamento antigo, da época da implantação dos cafezais no século XIX. Nessas áreas, os pássaros de bico grande, como tucanos, praticamente já desapareceram. Outras áreas ainda têm a floresta bem preservada e conta com uma populações de aves no local.
O estudo mostra que, nos locais onde os pássaros já desapareceram, o tamanho das sementes mudou. As sementes das palmeiras-juçara ficaram menores, mais fracas e com menor capacidade de germinação. Além disso, elas não ficaram pequenas o suficiente para servir de alimento aos pássaros de bico pequeno. O resultado é que, sem os tucanos para espalhar as sementes, a reprodução das palmeiras fica comprometida.
Segundo Galetti, os resultados mostram que a ação humana pode desencadear mudanças evolucionárias em populações naturais. Foi a interferência do homem, ao desmatar a Mata Atlântica, que reduziu a população de pássaros nos remanescentes de florestas. O impacto dessa mudança é sentido por outras espécies, que tentam se adaptar – mas nem sempre com sucesso, correndo o risco de extinção. Para piorar, a situação da palmeira-juçara já não é a das melhores. A palmeira está ameaçada pela extração ilegal de palmito.
Fonte: Blog do Planeta da Revista Época. Texto de Bruno Calixto


A Opinião:

Pior do que os danos que causamos à natureza é o fato de fazermos isso de maneira consciente. Essa consciência que nos mostra inclusive que destruindo o planeta estamos também em um processo de autodestruição.
Os avisos não começaram ontem e muito menos são pautados apenas em emoção. A razão fala muito alto, muitos testes e comprovações científicas estão à disposição de qualquer ser humano em praticamente todos os países do mundo.
Na natureza a luta pela sobrevivência é cruel, há confrontos violentos entre seres da mesma espécie sim, porém esses confrontos possuem uma escala reduzida e uma vez que o vencedor alcança um objetivo, a paz reina até que o ciclo recomece.
Entre os seres humanos a luta pela sobrevivência não é apenas cruel. É surreal!!! Muitos enxergam os outros como obstáculos ao sucesso, como uma escada onde é necessário pisar para subir.  Os confrontos possuem uma escala planetária e envolvem várias outras espécies de maneira direta e indireta, a biosfera sofre com a disputa travada pelos humanos na busca pelo poder. E o pior, quando o objetivo é alcançado, tem início um vale tudo para evitar que um novo ciclo recomece. Dessa forma, não basta chegar no topo, é necessário eliminar completamente todos os concorrentes.
Capitalismo ou socialismo, não importa!!! O problema não é o sistema e sim os seres humanos que tornam qualquer sistema infernal. Resta agora continuar lutando pela conscientização e torcendo para que sejamos menos humanos e mais animais.

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