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terça-feira, 26 de junho de 2012

Collor considera legal impeachment do Lugo


O Fato:



Collor considera legal o impeachment de Lugo e pede moderação ao Itamaraty

O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que há 20 anos foi destituído da Presidência por um impeachment do Congresso, considerou legal o processo similar sofrido por Fernando Lugo no Paraguai na sexta-feira passada e pediu moderação à diplomacia brasileira.

"A norma foi cumprida, não há que se falar em golpe de estado ou quebra da legalidade, o que só ocorreria se houvesse a desobediência às normas legais com o uso da força", declarou o senador em discurso no plenário do Senado.
Collor, que também é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, disse que o Brasil tem de respeitar as normas jurídicas do país vizinho.
"O Estado de Direito significa a existência de normas jurídicas. É o contrário da anarquia. Pressupõe a existência e o respeito às regras", acrescentou o ex-presidente brasileiro, que teve os direitos políticos cassados por corrupção, embora a Justiça o tenha absolvido posteriormente das mesmas acusações.
No sábado, o governo brasileiro condenou o processo legislativo que destituiu Lugo do poder e empossou seu vice-presidente, Federico Franco. O Brasil convocou seu embaixador em Assunção para consultas e anunciou que estudará medidas contra o novo governo paraguaio.
Segundo Collor, a Constituição do Paraguai prevê a possibilidade de o Congresso submeter o presidente a um julgamento político por mau desempenho de suas funções e também autoriza o Legislativo a destituí-lo por votação, tal como aconteceu.
O senador esclareceu que a Constituição paraguaia não faz menções sobre qual deveria ser o ritmo desse processo e afirmou que ninguém pode considerá-lo como ilegal ou sumário.
Para ele, golpe de Estado significa uma ação fora da norma legal e que pressupõe o uso da força física, o que, em sua opinião, não ocorreu no Paraguai.
O parlamentar alagoano disse ainda que até a Corte Suprema do Paraguai rejeitou o recursos apresentado por Lugo para anular o julgamento e garantiu o mandato de seu sucessor.
Por essas razões, o ex-presidente qualificou a reação do governo brasileiro como "açodada". "Parece que o governo brasileiro foi tomado de surpresa. Ou nossa representação não informou adequadamente sobre a evolução da crise ou os centros de poder em Brasília não tentaram influir, como fazendo uma composição com Lugo ou pedindo mais calma à oposição parlamentar", ressaltou.
Collor defendeu uma atuação mais efetiva da diplomacia brasileira perante o Paraguai para amenizar a crise, já que, em sua opinião, um agravamento da crise pode incentivar Lugo a adotar uma posição mais radical e dificultar os interesses do Brasil na região.
Para o senador, a suspensão do Paraguai do Mercosul ou da União de Nações Sul-americanas (Unasul) aumentaria a gravidade da crise e contribuiria para a radicalização. "Ainda cabe à diplomacia brasileira uma iniciativa de moderação e bom senso". 
Fonte: Portal Terra

A Opinião:
De fato, todas as nações precisam respeitar a soberania do Paraguai. Trata-se de um país que possui normas jurídicas e nada do que foi feito no Paraguai ocorreu fora da lei.
Porém, cabe aos países vizinhos e parceiros econômicos analisar a legitimidade desse julgamento. Nosso continente já sofreu com golpes civis-militares e agora pode sofrer com um golpe parlamentar. 
Mas por que golpe se agiram dentro da lei?
Ora, não podemos ser ingênuos. Basta simplesmente conquistar a maioria através de alianças políticas, muitas vezes escusas, para eliminar um adversário político. A verdade vai aparecer e enquanto ela não aparece precisamos ficar em estado de alerta.
Lembrem-se que muitas ações podem não ser ilegais, mas são imorais.


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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Privataria Tucana


O Fato (?):

"A Privataria Tucana" entra no ranking de livros mais vendidos pela web

Lançado em 9 de dezembro deste ano, o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., alcançou o topo do ranking de livros mais vendidos do site especializado em mercado editorial PublishNews. O site contabiliza as vendas de 12 livrarias –Argumento, Cultura, Curitiba, Fnac, Laselva, Leitura, Martins Fontes SP, Nobel, Saraiva, Super News, Travessa e da Vila.
A obra aponta supostas irregularidades nas privatizações ocorridas durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O livro afirma também que amigos e parentes de José Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e movimentaram milhões de dólares entre 1993 e 2003.
Entre 12 e 18 de dezembro --última contabilização--, foram vendidos 9.032 exemplares do livro, que ficou atrás somente da biografia de Steve Jobs, de Walter Isaacson (17.784 unidades vendidas), da ficção “As esganadas”, de Jô Soares (16.150), e de “O Cemitério de Praga”, do semiólogo italiano Umberto Eco (9.083).
Na semana anterior (5 a 11 de dezembro), foram vendidos 2.414 exemplares do título em três dias, já que a obra foi lançada no dia 9.
Segundo a Geração Editorial, que publicou o livro, a primeira edição teve uma tiragem de 15 mil exemplares, que se esgotou na editora. Foram reimpressas 60 mil unidades, já que, de acordo com a Geração Editorial, cerca de 50 mil já tinham sido vendidos às livrarias antes de o lote checar à editora.
A Fnac afirmou que os exemplares da primeira edição do livro se esgotaram em três dias, e que o principal canal de vendas foi a internet. Uma nova encomenda foi feita no mesmo dia, mas os livros sumiram das prateleiras em três dias. Quanto à segunda edição, que chegou às lojas no último dia 16, a Fnac informou que 25% dos exemplares já tinham sido comprados por clientes na pré-venda.
A livraria comparou as vendas de “A Privataria...”, nos primeiros dias após o lançamento, às de grandes apostas editoriais do ano, como a biografia de Jobs e o último livro de Jô Soares. Assim como o próprio autor, a Fnac atribui a grande procura pelo livro à repercussão dada ao título nas redes sociais.
Já Saraiva afirmou que, para um período de cinco dias, o livro bateu o recorde histórico de encomendas na Saraiva.com. A empresa aponta que as vendas foram impulsionadas pelo destaque que o título ganhou nas redes sociais. Na Livraria da Folha, a obra foi a mais vendida entre todas as categorias na semana de 19 a 26 de dezembro.
O autor se disse surpreso com a vendagem. “Ninguém esperava. Os editores não esperavam, as livrarias não esperavam”, disse. “As redes sociais têm participação importante. Hoje já não se precisa mais de repercussão em programas de TV, em grandes veículos”, afirmou.
Fonte: Primeira Edição

Duas visões distintas sobre o livro:




A Opinião:


Um livro que desperta polêmica. Não sei ainda se pelo seu conteúdo, pois ainda não li, ou pelo excesso de propaganda.
Fato é que o povo brasileiro, que andava anestesiado e aceitava todo tipo de corrupção, começa a abrir os olhos e participar mais da vida política do país, mesmo que a passos lentos.
As privatizações precisam ser bem-feitas e fiscalizadas para que os bônus sejam superiores aos ônus.
No governo do PSDB é fato que as privatizações modernizaram o país e permitiram que o Brasil recebesse muitos investimentos até hoje, mas a que custo isso foi alcançado? Teria outra maneira de acelerar o desenvolvimento do Brasil?
É importante rever sim a forma como as privatizações foram realizadas para não repetir os erros no futuro, porém mais importante ainda é evitar que os erros do PSDB não sirvam como propaganda política do PT em um jogo cada vez mais sujo e fedorento que resume a disputa presidencial no nosso país a dois partidos e uma série de partidos parasitas enfraquecendo demais a democracia no Brasil.

 

sábado, 25 de junho de 2011

Crise do Lixo

O Fato:

Crise do lixo volta a Nápoles, com 2300 toneladas nas ruas

Mais de 50 incêndios foram ateados ontem de madrugada pelos habitantes de Nápoles nos montes de lixo empilhados nos bairros da cidade, obrigando à atuação dos bombeiros. A crise agravou-se nos últimos dias, com a acumulação de mais de 2300 toneladas de sacos com resíduos nas ruas, incluindo no centro histórico.
Há meses que o lixo se acumula nas ruas e os napolitanos - cansados da situação - subiram o tom dos protestos. "É essencial e urgente intervir na aguda e alarmante deterioração com a crise do lixo em Nápoles", afirmou ontem o presidente italiano e natural da cidade, Giorgio Napolitano, pressionando o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi para encontrar um solução.
A crise do lixo, que se repete esporadicamente há anos, é resultado de disputas políticas, de corrupção e da influência da máfia Camorra, que controla negócios do ramo de limpeza urbana na região. Já Berlusconi atribui o problema a políticos locais, mas muitos italianos consideram o seu governo como maior responsável. O autarca de Nápoles, Luigi de Magistris, que assumiu o cargo apenas há dez dias, ordenou na quinta-feira, como medida de urgência, que a recolha de lixo fosse feita 24 horas por dia e que os caminhões de limpeza sejam escoltados por guardas armados. Numa entrevista ao "La Repubblica", Magistris afirmou que existem "diversos meios que querem que Nápoles permaneça sepultada sob o lixo, seja para especular politicamente, seja porque respondem a interesses pouco lícitos".
"Berlusconi quer deixar que a situação apodreça para voltar a aparecer como o salvador da pátria", disse ao "El Mundo" uma porta-voz do presidente da câmara perto da praça municipal, cheia de sacos de lixo azuis e pretos. Já os estrangeiros na cidade não entendem bem o que se passa. "Há duas semanas dormimos aqui e estava tudo limpo, ontem voltamos e havia um cheiro insuportável e tudo estava a arder", contaram Helger Wiese, de Amsterdã, e Vanessa Englebert, de Bruxelas, ambos com 29 anos. Quem já está habituado ao espetáculo, e ri para não chorar, são os napolitanos: "Toda a política é suja e é igual quem vier, isto não tem solução", comentou o residente local Gigi, com o jornal espanhol. 


A Opinião:

O lixo é um problema para o qual a humanidade ainda não encontrou solução. Fala-se em reciclagem, mas são poucos os lugares no mundo onde se faz coleta seletiva. É a medida mais sensata, mas parece que não é rentável. Essa dedução vem do simples fato de ainda não existir uma grande empresa que viva da reciclagem.
Trata-se de uma questão tão importante que vira arma no jogo político, uma cidade limpa é atraente aos olhos dos turistas. Além disso, uma coleta bem feita diminui o risco de contrair doenças, diminuindo os gastos com saúde pública. 
A praticidade dos descartáveis vai cobrando o seu preço.

O Debate:

A coleta seletiva deveria ser obrigatória?