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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Promessas aos desabrigados


Os Fatos:


Em Janeiro de 2011:


Em Janeiro de 2012:



Na Cabralândia - Um ano depois, nenhuma vítima das chuvas de 2011 na Serra recebeu casa

Por Natanael Damasceno, no Globo:
Exatamente um ano depois da tragédia que deixou 918 mortos e 8.900 desabrigados na Região Serrana do Rio, o estado ainda não conseguiu entregar nenhuma das cerca de 5 mil casas prometidas para as vítimas das chuvas. De acordo com a secretaria de Obras, as primeiras unidades só deverão ser concluídas a partir de março. Mas a grande maioria só ficará pronta em 2013. Vice-governador e coordenador de infraestrutura do estado, Luiz Fernando Pezão culpou a burocracia e a falta de interesse dos empresários pela demora:
“Ali você não tem uma área abundante, plana, segura para construções. Ou você está na encosta ou na beira do rio. Isso dificulta muito. Áreas para as quais conseguimos viabilizar o processo de desapropriação acabaram descartadas pelo Meio Ambiente. Então é difícil colocar estas pessoas de novo num lugar que não tenha problemas.”
Aluguéis sociais não garantem solução
Para mitigar o problema, o governo prometeu pagar aluguel social a 7.372 famílias até o fim de 2012. No entanto, muitas das famílias beneficiadas voltaram para as casas interditadas pela Defesa Civil - por estarem em áreas de risco - após as chuvas de 12 de janeiro de 2011. Outros permanecem em locais improvisados. É o caso das 35 pessoas que invadiram um canteiro de obras onde seria construído um hospital, em Sumidouro. Ou das famílias que permanecem, desde fevereiro de 2011, num ambulatório transformado em abrigo em Nova Friburgo.
“Eu e meu marido estamos desempregados, e o aluguel social está ajudando no orçamento da família”, alega a cozinheira Altineia da Silva dos Anjos, de 45 anos, que está com o marido e três filhos no abrigo.
Administrado pela prefeitura de Friburgo, o abrigo tem hoje oito famílias remanescentes da chuva de janeiro de 2011 instaladas em consultórios médicos transformados em quartos. São 36 pessoas, sendo 16 crianças e 12 adolescentes. O secretário municipal de Ação Social, Josué Ebenézer, diz que quatro delas recebem o aluguel social há alguns meses. E que as outras devem passar a receber o benefício este mês, um ano depois da tragédia. Ele disse ainda que a situação política da cidade, cujo prefeito foi temporariamente afastado em 2011, atrapalhou:
“Estou apenas há dois meses à frente da pasta. Desde então, temos tentado uma solução. Estamos empenhados em conseguir casas para essas famílias, mas é difícil. Elas preferem esperar pelas casas prometidas. Depois, o valor dos aluguéis subiu muito. E é difícil achar algo que caiba dentro dos R$ 500 do aluguel social”.

Fonte: Veja


Em Abril de 2011:

Em Janeiro de 2012:

Governo decide prorrogar o benefício do aluguel 
social para 3.200 famílias de Niterói até 2013

O Governo do Estado do Rio de Janeiro prorrogou na quarta-feira (11/01) em mais um ano o pagamento do aluguel social para 3.200 famílias de Niterói, vítimas das chuvas de abril de 2010.
No total serão investidos cerca de R$ 15 milhões até janeiro de 2013. O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, e o prefeito de Niterói, Jorge Roberto da Silveira, assinaram um termo de cooperação para ajudar as 3.200 famílias, que somam cerca de 15 mil pessoas.
- Nós assinamos o termo em parceria com o município. Cerca de 3.100 famílias que ficaram completamente desabrigadas em Niterói a partir das chuvas e da tragédia do morro do Bumba no mês de abril vão continuar a receber o benefício. Fizemos um investimento no ano passado de R$11 milhões. Queremos dar mais tranquilidade a estas famílias para que não deixem de receber o aluguel social.
O termo de cooperação assinado estabelece que o município deve acompanhar as famílias desabrigadas nas chuvas do ano retrasado. De acordo com a lei do Sistema Único de Assistência Social são as cidades que executam, através de seus centros de referência, as ações de proteção social às famílias em vulnerabilidade.
Fonte: Portal R7

A Breve Opinião:

O caso dos deslizamentos em Niterói estão próximos de completar 2 anos sem uma solução definitiva, apenas paliativas e que desagradam a maioria das vítimas. E a Região Serrana sofreu com enchentes e deslizamentos há um ano e as casas prometidas não foram construídas.
Com isso, novas tragédias surgem e os problemas não resolvidos se acumulam. Culpar a burocracia é debochar da população.




quarta-feira, 8 de junho de 2011

Greve dos professores da Rede Estadual do Rio de Janeiro






O Fato:

Professores decidem entrar em greve por tempo indeterminado (Estado do Rio)

Em assembleia que reuniu cerca de 2.000 profissionais da educação do Estado do Rio de Janeiro nesta terça-feira (7) a categoria decidiu entrar em greve por tempo indeterminado. Nesta terça, os professores realizaram uma paralisação em toda rede.
De acordo com o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), a falta de disposição do governo estadual em negociar e atender as reivindicações dos professores e funcionários das escolas estaduais foi o principal motivo para a decisão de a classe decidir pela paralisação.
Na quinta-feira (9), os professores vão se unir aos bombeiros do Rio de Janeiro e fazer um ato nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio), a partir das 16h, para pressionar os deputados estaduais a intercederem junto ao governo do Estado para tentar reabrir as negociações em torno das reivindicações das duas categorias.
Na sexta-feira (10), a partir das 13h, o Sepe, bombeiros e outras categorias do funcionalismo estadual farão uma passeata da Candelária, no centro do Rio, até a Alerj.
No domingo (12), novamente os profissionais de educação, bombeiros e servidores do Estado farão uma passeata na avenida Atlântica, com concentração a partir das 10h, na esquina da avenida Princesa Isabel com avenida Atlântica.
A próxima assembleia da rede estadual será realizada na terça-feira (14) no Clube Municipal na Tijuca, na zona norte da capital a partir das 14h. Neste encontro, a categoria irá decidir os rumos da greve.
A categoria reivindica do governo um reajuste emergencial de 26%, a incorporação imediata da totalidade da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015) e o descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos da educação estadual, entre outras reivindicações.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado informou que das 1.457 escolas da rede, três ficaram sem atividades nesta terça. Dos 51 mil professores, segundo a assessoria, 294 paralisaram as atividades.
A secretaria informa que cumpre o plano anunciado para a categoria e somente nesta quarta-feira (8) poderá avaliar se a greve causará prejuízos aos alunos da rede.

Fonte: Portal R7 

 

A Opinião:

 

Ninguém deve se sentir confortável em uma situação de greve nas escolas. O governo, que terá queda na sua popularidade e não terá setores importantíssimo em pleno funcionamento. Os responsáveis pelos alunos, pois ficam com a rotina comprometida e sem saber o que farão com as crianças. Os alunos, que perdem o ritmo das aulas, a qualidade na formação e a motivação para continuar estudando, pois percebe a desvalorização por parte do governo. E os professores e todos os que trabalham envolvidos com educação, que são colocados como vilões, como mercenários, e que terão que repor aulas no futuro sofrendo assim um grande desgaste tanto na parte física quanto na parte mental. 

Esse desgaste ocorrerá no período de greve, por aqueles que estão lutando e mesmo pelos que apenas aguardam, pois a incerteza gera ansiedade. E ocorrerá novamente após com a reposição das aulas. Apesar de tudo o que foi posto, a greve se justifica.

O salário de um professor é incompatível com a importância da função, com o retorno gerado pela sua atividade e com a quantidade de trabalho que este realiza. Além de ser incompatível, é um salário insuficiente para suprir necessidades básicas, o que leva os professores a precisarem trabalhar em muitas escolas para assim conseguir um bom salário.

Porém ao trabalhar em diversas escolas, perde-se um pouco da qualidade. O tempo de preparação das estratégias é menor, a compreensão sobre a necessidade de cada aluno também fica comprometida e a energia que os professores têm para o trabalho enfraquece, muitos ficam doentes e precisam tirar longas licenças.

A greve se justifica também para que a população perceba que a educação no Brasil só vai bem mesmo nas propagandas, além de observarem o descaso dos governantes. O estado do Rio de Janeiro paga aos professores praticamente a metade do salário que alguns municípios como por exemplo: Angra dos Reis, Niterói e o próprio município do Rio de Janeiro.

O tempo dessa greve é indeterminado, os prejuízos serão recuperados através de muito suor até o fim desse ano. Já o atendimento às reivindicações dos professores vai gerar benefícios que durariam muitos anos. Sem investimentos em educação o futuro, que pode ser brilhante, fica sombrio.

Que o governador entenda uma coisa: "Quem planta vento, colhe tempestade".

 

O Debate:

 

Você apoia a greve dos professores?

O que você pensa sobre greves?