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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Bônus do Sisu e a educação pública


O Fato:



Apenas 3 entre 1.748 aprovados na UFF pelo Sisu passaram sem bônus


A Universidade Federal Fluminense (UFF) divulgou em seu site oficial, nesta terça-feira (17/01), uma lista com 1.748 nomes de candidatos aprovados na primeira chamada da instituição por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o documento, apenas três deles conseguiram a aprovação sem contar com o bônus de 20% aplicado na nota final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 para egressos de escola pública.
A instituição, que ofereceu vagas no Sisu em 98 cursos, confirmou que "uma grande maioria" dos aprovados teve sua nota incrementada pela política de ação afirmativa da UFF, mas afirmou que todos esses estudantes deverão comprovar, com documentos, que estudaram todos os anos do ensino médio na rede pública estadual ou municipal de ensino. "Caso contrário eles serão eliminados do concurso."
Ainda segundo as regras da instituição, quem estudou em colégios federais ou militares não têm direito ao benefício.
De acordo com Neliton Ventura, que coordena o vestibular da Federal Fluminense, a instituição bonifica os candidatos egressos de escola pública há cinco anos porque "é uma forma de incentivá-los, mas de uma maneira que o esforço e o mérito precisam ser considerados". Segundo ele, é por isso que a UFF não reserva cotas para os candidatos.
Os três aprovados na primeira chamada do sistema do Ministério da Educação que não receberam bônus se inscreveram nos cursos de engenharia de recursos hídricos e do meio ambiente, letras - português e cinema e audiovisual.
Segundo Ventura, na edição de 2011 do Sisu, o resultado foi parecido: uma grande maioria dos aprovados recebeu o bônus. Ele não soube informar a porcentagem desses candidatos que efetivou a matrícula na instituição.
"É uma política de inclusão social com um lado democrático muito acentuado", afirmou.
Nos primeiros quatro anos da política, o bônus era de 10% na nota final dos vestibulandos beneficiados. Isso fez com que, de acordo com Ventura, a porcentagem de estudantes que se formaram no ensino médio na rede pública e foram aprovados na UFF subisse de 12 a 15% para entre 20 e 25%, com aumento principalmente entre os cursos mais concorridos.
Ainda segundo ele, aumentar o bônus para 20% foi a maneira que a instituição encontrou para que essa porcentagem subisse para cerca de 30 a 35% no processo seletivo de 2012.
Neste ano, 80% das cerca de 9.500 vagas da UFF serão preenchidas pelo vestibular tradicional, e 1.748 estão em disputa por meio do Sisu. Ventura afirma que, como o processo seletivo da universidade exige que todos os candidatos passem na primeira fase sem bônus - aplicado apenas na nota final -, a porcentagem de egressos de escola pública aprovados por esse sistema será diferente.
Porém, esse é o último vestibular realizado pela instituição, que, a partir de 2013, utilizará apenas a nota do Enem. "Se houver necessidade de ter gradação desse bônus, vamos estudar."
O resultado final do vestibular 2012 da UFF sai no dia 30 de janeiro.

Fonte: Portal G1
Esse vídeo é de 2010 e fala sobre o ENEM:

A Opinião:
O erro absurdo da UFF de bonificar a nota dos alunos oriundos de escolas da rede pública serve ao menos para percebermos a defasagem do ensino público em relação a rede privada. 
O ensino público está, no momento atual, no mínimo 20% pior do que o ensino particular. Digo no mínimo porque quando o bônus de 10% vigorava ainda assim não era suficiente para garantir o acesso de alunos da rede pública.
A injustiça é imensa, porque tem muitos alunos da rede particular que se dedicaram, lutaram, perderam finais de semana e estariam aprovados se não fosse por esse disparate. Há um nivelamento por baixo e assim o governo foge de um problema que deveria enfrentar desde a década de 1980. 
A educação pública era  elogiada, os alunos disputavam vagas para estudar em instituições públicas, hoje a evasão escolar é absurda, os alunos estudam para garantir o Bolsa Família. O salário do professor era equiparado ao de um coronel e hoje está menor do que o do cabo. 
Alguns vão falar que os alunos precisam tirar a diferença na hora da prova porque já sabiam dos bônus e no futuro vão ter que enfrentar bônus para serem aprovados em concursos públicos. Mas, em concursos públicos o bônus é para quem se esforçou e conseguiu concluir um mestrado ou um doutorado, privilegia-se aquele que já batalhou. Pelo Sisu, privilegia-se aqueles que estudaram em escolas públicas simplesmente porque essas não preparavam suficientemente e o governo não foi competente para oferecer a esse aluno condições de igualdade.
A punição então é para os alunos da rede particular e para as escolas particulares que realizam um trabalho muito sério e são julgadas pela quantidade de alunos que conseguem aprovar no vestibular. Se aprova menos a busca tende a ser menor e para sobreviver precisam aprovar bastante, com isso algumas escolas passam a preparar o aluno para fazer provas e não para a vida.Conciliar a preparação para a vida e para as exigências do vestibular é o grande desafio das escolas hoje.
Pergunto: De que maneira o ensino público vai melhorar com essa medida? 
Essa medida mostra que estão pensando os alunos como número, como estatística e não como seres humanos. Essa atitude eu repudio, me enoja, porque educar está além da tentativa de atrair dinheiro ou votos através de uma estatística manipulada. Educar é se envolver, acreditar em um futuro melhor, mais justo, ensinar aos SERES HUMANOS que estão em sala de aula a diferença entre o certo e o errado, a importância da solidariedade, da verdade, da honestidade, do amor ao próximo. Além, é claro, de oferecer conhecimentos nas mais diversas disciplinas.
Por favor, parem de fazer o que é errado parecer certo, parem de justificar o injustificável, parem de prejudicar aqueles que lutam para conquistar o seu lugar ao sol. E vamos todos juntos lutar sim para melhorar a educação de base do ensino público brasileiro, valorizar o professor, a escola e todos os que se preocupam com a educação brasileira e com o futuro do nosso país.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Promessas aos desabrigados


Os Fatos:


Em Janeiro de 2011:


Em Janeiro de 2012:



Na Cabralândia - Um ano depois, nenhuma vítima das chuvas de 2011 na Serra recebeu casa

Por Natanael Damasceno, no Globo:
Exatamente um ano depois da tragédia que deixou 918 mortos e 8.900 desabrigados na Região Serrana do Rio, o estado ainda não conseguiu entregar nenhuma das cerca de 5 mil casas prometidas para as vítimas das chuvas. De acordo com a secretaria de Obras, as primeiras unidades só deverão ser concluídas a partir de março. Mas a grande maioria só ficará pronta em 2013. Vice-governador e coordenador de infraestrutura do estado, Luiz Fernando Pezão culpou a burocracia e a falta de interesse dos empresários pela demora:
“Ali você não tem uma área abundante, plana, segura para construções. Ou você está na encosta ou na beira do rio. Isso dificulta muito. Áreas para as quais conseguimos viabilizar o processo de desapropriação acabaram descartadas pelo Meio Ambiente. Então é difícil colocar estas pessoas de novo num lugar que não tenha problemas.”
Aluguéis sociais não garantem solução
Para mitigar o problema, o governo prometeu pagar aluguel social a 7.372 famílias até o fim de 2012. No entanto, muitas das famílias beneficiadas voltaram para as casas interditadas pela Defesa Civil - por estarem em áreas de risco - após as chuvas de 12 de janeiro de 2011. Outros permanecem em locais improvisados. É o caso das 35 pessoas que invadiram um canteiro de obras onde seria construído um hospital, em Sumidouro. Ou das famílias que permanecem, desde fevereiro de 2011, num ambulatório transformado em abrigo em Nova Friburgo.
“Eu e meu marido estamos desempregados, e o aluguel social está ajudando no orçamento da família”, alega a cozinheira Altineia da Silva dos Anjos, de 45 anos, que está com o marido e três filhos no abrigo.
Administrado pela prefeitura de Friburgo, o abrigo tem hoje oito famílias remanescentes da chuva de janeiro de 2011 instaladas em consultórios médicos transformados em quartos. São 36 pessoas, sendo 16 crianças e 12 adolescentes. O secretário municipal de Ação Social, Josué Ebenézer, diz que quatro delas recebem o aluguel social há alguns meses. E que as outras devem passar a receber o benefício este mês, um ano depois da tragédia. Ele disse ainda que a situação política da cidade, cujo prefeito foi temporariamente afastado em 2011, atrapalhou:
“Estou apenas há dois meses à frente da pasta. Desde então, temos tentado uma solução. Estamos empenhados em conseguir casas para essas famílias, mas é difícil. Elas preferem esperar pelas casas prometidas. Depois, o valor dos aluguéis subiu muito. E é difícil achar algo que caiba dentro dos R$ 500 do aluguel social”.

Fonte: Veja


Em Abril de 2011:

Em Janeiro de 2012:

Governo decide prorrogar o benefício do aluguel 
social para 3.200 famílias de Niterói até 2013

O Governo do Estado do Rio de Janeiro prorrogou na quarta-feira (11/01) em mais um ano o pagamento do aluguel social para 3.200 famílias de Niterói, vítimas das chuvas de abril de 2010.
No total serão investidos cerca de R$ 15 milhões até janeiro de 2013. O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, e o prefeito de Niterói, Jorge Roberto da Silveira, assinaram um termo de cooperação para ajudar as 3.200 famílias, que somam cerca de 15 mil pessoas.
- Nós assinamos o termo em parceria com o município. Cerca de 3.100 famílias que ficaram completamente desabrigadas em Niterói a partir das chuvas e da tragédia do morro do Bumba no mês de abril vão continuar a receber o benefício. Fizemos um investimento no ano passado de R$11 milhões. Queremos dar mais tranquilidade a estas famílias para que não deixem de receber o aluguel social.
O termo de cooperação assinado estabelece que o município deve acompanhar as famílias desabrigadas nas chuvas do ano retrasado. De acordo com a lei do Sistema Único de Assistência Social são as cidades que executam, através de seus centros de referência, as ações de proteção social às famílias em vulnerabilidade.
Fonte: Portal R7

A Breve Opinião:

O caso dos deslizamentos em Niterói estão próximos de completar 2 anos sem uma solução definitiva, apenas paliativas e que desagradam a maioria das vítimas. E a Região Serrana sofreu com enchentes e deslizamentos há um ano e as casas prometidas não foram construídas.
Com isso, novas tragédias surgem e os problemas não resolvidos se acumulam. Culpar a burocracia é debochar da população.




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Estado e os desequilíbrios


O Fato:


Ipea: atuação do Estado no Brasil gera desigualdades em Saúde e Educação

Desequilíbrios regionais e na atuação do Estado ainda se fazem presentes no Brasil principalmente nas áreas de Saúde e Educação, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta terça-feira.

De acordo com a pesquisa “Presença do Estado no Brasil”, o Norte e o Nordeste têm menos profissionais de saúde qualificados e menos médicos por mil habitantes que a média brasileira, que é de 3,1. No Norte, esse número é de 1,9 e no Nordeste, de 2,4, enquanto o Sul e o Sudeste têm igualmente 3,7 médicos por mil habitantes. O Centro-Oeste tem 2,9 médicos por mil habitantes.

Na análise dos números de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) disponíveis para internação, o desfavorecimento das regiões menos desenvolvidas do país também se evidencia. O Sudeste tem 39% deles e o Sul tem 16%, enquanto o Norte tem 7,4%. O Nordeste aparece com 30% dos leitos disponíveis para internação e o Centro-Oeste, 8%. Somente o estado de São Paulo tem 18% do total de leitos de internação na rede pública do país.

"A intenção do Estado de agir na Saúde não é proporcional à população e tampouco onde há casos de mais incidência de doenças. O Maranhão tem 1,3 médicos que atendem ao SUS por mil habitantes e o Rio Grande do Sul tem 4,1. Será que o Rio Grande do Sul tem mais problemas de Saúde que o Maranhão que justifiquem essa desproporção?", questiona Marcio Pochmann, presidente do Ipea.

Rondônia é o estado com o pior índice de frequência escolar

O estudo constatou que no referente à taxa de frequência de crianças e jovens no Ensino Fundamental e no Ensino Médio as desigualdades entre os entes federativos ainda são grandes. Rondônia é o estado que aparece com pior índice entre estudantes de 15 a 17 anos, neste último, com 31,6. Já no Distrito Federal a taxa é bem maior: 68,8.

Também há diferenças no nível de qualificação dos professores pelo Brasil. Segundo Marcio Pochmann, enquanto no Norte 51% dos professores de Ensino Fundamental têm formação superior, no Sul esse percentual é de 82%.

"É inadmissível termos diferenças tão grandes da Educação nos estados. A universalização no Ensino Médio, por exemplo, está muito longe de acontecer no Brasil. Com esse desempenho, o acesso do Brasil à sociedade do conhecimento fica mais difícil. O Estado não está colocando esforços nos estados com maior dificuldade", disse.

Essas desigualdades, segundo Pochmann, mostram que o poder público é insuficiente e atua de maneira ineficiente.

"O Estado atua de maneira não-homogênea no país, o que faz com que as desigualdades aumentem. O Estado está mal colocado na sua presença no território nacional. Se quisermos estar entre as cinco maiores economias do mundo, temos que superar o problema do subdesenvolvimento, que faz com que parcelas da população estejam alocadas em atividades destinadas à sobrevivência", analisa Pochmann.

Pouco mais de 20% das cidades têm salas de teatro e museus

O estudo do Ipea também analisou as áreas de Assistência Social, Segurança, Trabalho, acesso bancário e cultura. De acordo com o levantamento, em dezembro de 2011, o Nordeste era responsável por 51% dos benefícios concedidos pelo programa Bolsa Família, e o Norte, 11%. O Sudeste aparece com 25%, o Centro-Oeste com 5% e o Sul com 8%. Mas o Ipea conclui que é preciso ir além. “Reduzir as desigualdades e a própria pobreza requer esforços paralelos como: aumentar os gastos com Saúde e Educação, para destacar os serviços sociais de maior dimensão; promover uma regulamentação mais eficaz do mercado de trabalho; reformar a política tributária, tornando-a efetivamente progressiva”, diz o estudo.

Na análise da presença da Polícia Civil nos estados, o Ipea mostrou que o órgão está presente em 82% dos municípios brasileiros. A maior parte delas está no Nordeste, que tem 1.794 delegacias, e no Sudeste, com 1.668.

O acesso à cultura é reduzido em várias cidades do país: só 21% delas têm salas de teatro e espetáculo, e 23% têm museus.

Fonte: O diário de Pernambuco

A Opinião:

Uma das principais promessas de campanhas dos políticos é diminuir o fosso da desigualdade social. 
E muitos culpam as grandes corporações pela desigualdade social, mas se esquecem que o principal responsável por essa situação é o Estado.
Os investimentos governamentais privilegiam algumas áreas em detrimento de outras criando assim bairros nobres e áreas de exclusão, que praticamente não possuem acesso aos serviços públicos.
Os investimentos em educação e saúde são reflexos diretos dessa política que privilegia apenas algumas regiões.
Isso sem falar na desigualdade produzida pelos salários dos servidores públicos. A diferença entre o maior salário e o menor salário é abissal e assim o fosso só aumenta.
Um povo inerte, que não conhece a Constituição Federal, que não procura refletir sobre a relação custo/benefício dos impostos que pagam e que possui uma memória curta, pode mesmo ser massacrado pela canalhice de alguns que estão no poder mantendo as coisas como estão.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Enchentes


Alguns Fatos:



RJ: 60% submersa, Italva estuda decretar estado de calamidade


Com cerca de 60% da cidade tomados pela água após a chuva da madrugada deste domingo, o município de Italva, no noroeste do Rio de Janeiro, estuda decretar estado de calamidade pública, segundo o prefeito Joelson Gomes Soares. Ele diz que mais de 7 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas, cerca de 700 estão desalojadas, e 200, desabrigadas. Em Italva, há 12 mil habitantes.
"O município está perdendo o controle da situação. Depois da chuva que começou na noite de ontem e foi até as 4h da madrugada de hoje, não temos condições técnicas nem financeiras de atender mais a população. A gente está se sentindo impotente diante do que estamos vendo na cidade, apesar de estarmos trabalhando 24 horas por dia, com toda a nossa equipe de prontidão. A situação aqui é muito preocupante", disse o prefeito.
Ele acrescentou que, diferentemente da enchente que ocorreu na cidade na semana passada, desta vez o volume de chuva surpreendeu as autoridades. "A enchente da semana passada foi programada, mas essa não. A previsão era que choveria na nossa região cerca de 30 mm ontem, mas só aqui no nosso município chegou a 130 mm", lamentou.
Foram registrados vários pontos de deslizamento de terra e de muros. Cerca de 30 pessoas tiveram ferimentos leves e estão sendo atendidas em um pronto-socorro improvisado. Soares pediu maior ajuda dos governos estadual e federal. "Talvez seja necessário montar um hospital de campanha, já que o nosso pronto-socorro e o hospital particular que tem aqui estão interditados", contou.
Em outro município da região também foi castigado pela chuva desta madrugada, Itaperuna, a Defesa Civil informou que uma pedra rolou de uma encosta no distrito de Raposo, atingiu uma casa, mas não deixou feridos. Quatro famílias que moravam próximo ao local foram retiradas e uma equipe de engenheiros vistoria os imóveis. Além disso, uma casa na localidade conhecida por Carula, também em Itaperuna, desabou nesta tarde, mas não houve vítimas.
Fonte: Portal Terra

União contra as enchentes

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu por cerca de duas horas, ontem pela manhã, com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e um dos assuntos discutidos foi o apoio do Exército aos estados que sofrem com as enchentes provocadas pelas fortes chuvas.
“Falamos sobre o papel que o Exército tem tido, o apoio que tem dado sobre essa questão das enchentes no Rio de Janeiro, em Minas Gerais”, disse Amorim, em rápida entrevista ao sair do Palácio da Alvorada, onde se encontrou com a presidenta.
Em função do agravamento da situação da chuva e das enchentes em alguns estados do Sudeste, a presidenta antecipou o final das férias e na tarde de ontem se reuniu com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Na última terça-feira, a ministra interrompeu o recesso que tiraria durante toda esta semana e voltou a Brasília para tratar das ações do governo federal relacionas às enchentes.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, também interrompeu as férias, na quarta-feira. No dia seguinte ele esteve no Rio de Janeiro e ontem visitou Minas Gerais.
Crédito - A Caixa Econômica Federal vai prorrogar prazos de vencimento de parcelas do financiamento imobiliário para clientes que vivem em áreas atingidas pelas chuvas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
Fonte: O São Gonçalo


A Opinião:
Durante o verão, pelo menos nos últimos anos, acontecem duas coisas que prejudicam principalmente a população de baixa renda: enchentes e surto de dengue.
É impressionante a incapacidade de prevenir esses acontecimentos que já são previstos até pelos mais ignorantes da nossa sociedade.
A solução sempre fica para o governo seguinte, porque a cobrança não é constante. O povo esquece durante o outono, o inverno e a primavera e é lembrado duramente durante o verão.
A lista de prioridades da sociedade brasileira é estranha, não sabemos o que priorizar, somos um povo anestesiado que se conforma com qualquer solução, ainda que provisória para os problemas.
A forma como a política é conduzida no Brasil com várias alianças e coligações, faz com que o governante fique em dívida com seus apoiadores e com isso indique para secretarias e ministérios pessoas ligadas aos aliados que nem sempre são os mais indicados para assumir o cargo.
Aos especialistas que deveriam ocupar esses cargos, sobra explicar na mídia o que deve ser feito para que o problema não se repita. 
Ao povo cabe engolir a explicação dada pelos governantes: "Choveu em um dia mais do que o previsto para o mês inteiro".
"Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade"



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Supervia lotada


O Fato:

Supervia e polícia do Rio encontram a solução para os trens: prender os passageiros

A situação dos trens da Supervia é caso de polícia, e disso já se sabe desde que os passageiros foram tratados na base da chibata por funcionários. A novidade, nesta terça-feira, véspera do Feriado de Finados, é que os policiais encontraram uma solução rápida para resolver problemas como superlotação, falta de segurança, calor excessivo e portas abertas indevidamente durante a viagem. O remédio, aplicado pelas polícias Civil e Militar, é a prisão de passageiros. Quatro foram detidos, quatro levados para a delegacia do bairro de São Cristóvão.
A Polícia Civil informou que agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), atuando com funcionários da Supervia, detiveram quatro pessoas na Estação de Madureira, na zona norte. “A ação visava combater a prática de pessoas que impedem o fechamento das portas dos trens”, esclareceu a Polícia.
O delegado Tarcísio Jansen, da DDSD, explicou o problema: os detidos usavam os próprios corpos para travar as portas, impedindo a livre circulação dos trens. A nota da Polícia Civil informa que os detidos “foram autuados no art. 132 (expor a vida e a saúde de ontrem a perigo direto e eminente), que prevê pena de detenção de três meses a um ano”.
O artigo 132 é lei, e lei não se discute. Expor a vida de alguém ao risco é crime. O que pode se discutir é quem deve ser preso. Certamente não é o prazer que leva o passageiro a usar o corpo para abrir a porta do trem.
 
Fonte: Veja on-line



A Opinião:

A polícia será severamente criticada, mas estão cumprindo a lei. O grande problema é que muitas coisas no Brasil não são ilegais e sim imorais.
O cidadão acorda muito cedo e precisa dos trens para trabalhar. Um país sério teria uma rede de transportes eficiente, permitindo que os trabalhadores saíssem de casa despreocupados e viajassem confortavelmente até o trabalho.
No Brasil não. Para que resolver um problema se podemos simplesmente maquiar? Se os trens estão superlotados, basta prender quem tentar entrar, mesmo que se atrase para o trabalho, precisa esperar por outro.
A mobilidade urbana será problema para a copa? Não mais, afinal agora em dias de jogos há a possibilidade de decretar feriado, assim os turistas não precisarão passar por situações desconfortáveis e acharão tudo uma maravilha.
Legado? Pra que? Viva o hoje, o amanhã não importa!


 

domingo, 30 de outubro de 2011

Epidemias


A Ficção inspirada na realidade:

Ficção inspirada na realidade

O filme Contágio, do diretor Steven Soderbergh, estreou ontem nos cinemas brasileiros. O longa-metragem conta a história da rápida propagação mundial de um novo vírus transmissível pelo ar e que mata em poucas horas e dos esforços das autoridades de saúde e dos cientistas para identificar as causas e conter a pandemia. Em meio a fatos e boatos sobre a gravidade da situação, o pânico acaba se espalhando na sociedade mais rapidamente que o próprio vírus.
Diante da sinopse, impossível não lembrar da recente pandemia de gripe A provocada pelo vírus H1N1, que causou a morte de cerca de 18 mil pessoas, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina para a doença foi aprovada em setembro de 2009 (cinco meses após o surgimento do vírus) e gerou polêmica a respeito de sua segurança e de seus possíveis efeitos colaterais.
Apesar dos boatos, as autoridades de saúde do Brasil consideram que houve uma boa taxa de vacinação da população brasileira. Em agosto de 2010, a OMS anunciou o fim da pandemia do H1N1.
De volta à ficção, Contágio tem elementos que permitem ao espectador entender alguns dos processos envolvidos na investigação de uma epidemia e na corrida em busca da cura ou da prevenção de uma doença.
Segundo especialistas da área de saúde, presentes em uma sessão especial de lançamento do filme realizada ontem (28/10), muito do que é apresentado em Contágio guarda relação com a realidade, como o pânico instaurado na população. “Vivenciamos isso na pandemia da gripe H1N1”, disse Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
O infectologista Mauro Schechter, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e um dos fundadores da Fundação para Pesquisa de Vacina, explicou que o patógeno do filme é inspirado em um vírus real presente em morcegos e inofensivo a esses animais, mas capaz de infectar porcos. No entanto, sua taxa de transmissão é muito maior que a do vírus real. “Além disso, o prazo [de dias] em que ocorre o desenvolvimento científico e a produção e aplicação da vacina no filme é irreal”, destacou.
Fonte: Ciência Hoje
A Opinião:

Será que o Brasil está preparado para enfrentar epidemias? 
Ano após ano sofremos com a dengue, o causador da doença é conhecido, porém apesar de todo o conhecimento está sendo difícil conter a doença.
A rede pública de hospitais sofre com a falta de investimentos. Os pesquisadores sofrem com a falta de verba visando a prevenção e cura de inúmeras doenças. E a educação, que permitiria maior eficácia nas campanhas de prevenção, está sempre em primeiro plano nos discursos políticos, mas nunca em primeiro plano nas ações governamentais.
Com tudo isso, não creio que o Brasil esteja preparado para uma situação como a descrita pelo filme. 
O caos não ficaria apenas por conta da falta de estrutura, mas também pela histeria coletiva do nosso povo subsidiada pela parte da mídia sensacionalista.

 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sobre os problemas do ENEM



Relembrando os fatos:

2009:



2010:


2011:


Nos últimos 3 anos o Enem teve problemas sérios. A dúvida que fica é: Será que é boicote ou pura incompetência mesmo?
Seja qual for a justificativa, os alunos não podem ficar reféns de um sistema tão falho.
É um erro anular somente a prova dos alunos de uma escola. O correto seria anular totalmente a prova desse ano e punir severamente os envolvidos no vazamento.
Parece que várias manifestações já estão sendo preparadas, mas pelo que já vi pelo Brasil, será a mesma coisa: cartazes, nariz de palhaço, gritos de ordem, enfim...
O fundamental é que os alunos saiam mesmo para as ruas e que busquem justiça, mas procurem agir com inteligência, porque repetir os mesmos protestos dos anos anteriores nós já vimos que não adianta.
 


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Parceria Brasil e Bélgica


O Fato:

Brasil e Bélgica potencializarão cooperação em pesquisa e educação

A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme, acertaram nesta segunda-feira aprofundar a cooperação nos âmbitos da pesquisa científica e educação universitária entre os dois países, durante uma cúpula bilateral realizada em Bruxelas.

A governante, que esta noite iniciará a quinta cúpula União Europeia-Brasil com um jantar de trabalho com os líderes do bloco europeu, destacou após a reunião a importância de "investir fortemente em educação, pesquisa e tecnologia".
Dilma compareceu ao encontro com o governo belga acompanhada dos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante; Cultura, Ana de Hollanda, e Comunicação Social, Helena Chagas.
A presidente destacou o bom funcionamento da economia da Bélgica, país que desde junho do ano passado é governado por um Executivo interino, visto que suas forças políticas não conseguiram formar uma nova coalizão devido à falta de um acordo em assuntos relativos à reforma do Estado.
Durante a reunião, as partes abordaram assuntos regionais, multilaterais e bilaterais, como cooperação em temas como ciência, tecnologia, inovação e educação.
Nesse sentido, acertaram potencializar os programas de pesquisa em áreas que grande interesse para o Brasil, como química, farmacêutica e biotecnologia.
Além disso, a Bélgica manifestou sua disposição de seguir recebendo estudantes brasileiros dentro do programa "Ciências Sem Fronteiras".
Dilma e Leterme também revelaram sua intenção de intensificar a colaboração no âmbito da pesquisa sobre tratamento de resíduos nucleares.
A associação com a Bélgica também contribuiu no processo de modernização do setor portuário brasileiro, assim como na informatização, infraestrutura e formação de pessoal nos portos de Santos, Itaguaí, Porto Açu, Itajaí e Rio Grande, destacaram fontes brasileiras.
No campo político, os líderes abordaram a reforma do Conselho de Segurança da ONU e a possibilidade de que a organização ceda espaço ao multilateralismo. 

Fonte: Portal Terra
A Opinião:

Toda e qualquer parceria que visa melhorar a educação brasileira deve ser vista com bons olhos. Com a Bélgica pode haver uma parceria muito interessante, pois trata-se de uma nação desenvolvida que pode resultar em boas trocas de ideias.
Mas é fundamental ressaltar que embora a troca de ideias seja interessante, nem uma nação e nem a outra devem procurar copiar o modelo educacional. Cada nação deve buscar um modelo que funcione segundo a sua realidade. Não é possível aplicar técnicas e modelos educacionais idênticos em realidades diferentes.
Tomando apenas esse cuidado, é mais um ponto positivo para o Governo. Ótima notícia!