Governo Obama defende coleta de registros telefônicos
O governo dos Estados Unidos vem coletando, de forma secreta, registros telefônicos de milhões de clientes norte-americanos da companhia Verizon sob uma ordem judicial secreta, segundo a presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein. O governo Obama defendeu a necessidade da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) de coletar registros telefônicos dos cidadãos norte-americanos.
A democrata Feinstein disse nesta quinta-feira que a ordem judicial secreta para a coleta dos registros telefônicos é uma renovação de três meses para uma prática já em curso. Ela falou com os jornalistas durante uma coletiva de imprensa.
A coleta de registros telefônicos no país acontece há anos e era parte fundamental do programa de vigilância do governo de George W. Bush, informou um funcionário do governo nesta quinta-feira. A divulgação da coleta dos registros é a mais recente controvérsia a atingir o governo Obama.
O presidente também é alvo de questionamentos sobre as ações da receita federal em relação a grupos conservadores, o confisco dos registros telefônicos de um jornalista numa investigação sobre quem vazou informações para a mídia e a forma como o governo tratou o ataque terrorista contra a embaixada dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, que resultou na morte de quatro norte-americanos.
A Casa Branca não fez comentários formais sobre o assunto. O procurador-geral Eric Holder evitou perguntas sobre a questão durante apresentação perante um subcomitê do Senado. Ele sugeriu que a questão seja discutida uma sessão secreta.
A ordem foi emitida pelo Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira em 25 de abril e vigora até 19 de julho, informou o jornal britânico The Guardian. Pela ordem a Verizon, uma das maiores empresas de telecomunicações dos Estados Unidos é obrigada a fornecer "diariamente" à NSA informações sobre todas as ligações fixas e móveis dos sistemas da empresa, tanto dentro do território norte-americano quando entre os Estados Unidos e outros países.
O documento mostra, pela primeira vez, que no governo Obama os registros de comunicação de milhões de cidadãos norte-americanos são coletados indiscriminadamente e em massa, independentemente de as pessoas serem suspeitas ou não de algum delito.
Fonte: O diário
A Opinião: Essa é a maior democracia do planeta? Vigilância total! Controle total! Paranoia total! Há tempos que a política interna e externa estadunidense é pautada pela cultura do medo. Sempre precisam de um inimigo externo comum para unificar a população internamente e justificar ações injustificáveis. No passado o grande vilão era o comunista, basta analisar os grandes vilões nas telas de cinema da década de 1980: máfia russa, máfia chinesa, vietnamitas ou ainda grupos que viviam além da cortina de ferro. Nos últimos anos lutam incessantemente contra o terrorismo, mas, contraditoriamente, a arma utilizada para isso é o terror (principalmente o psicológico). Apresentam um mundo onde precisam lutar contra o mal que pode assolar a humanidade: seja uma gripe e suas inúmeras mutações (o curioso é que não tratam a causa dessas mutações, apenas remediam numa bela forma de aquecer o mercado farmacêutico), um grupo terrorista (que há tempos não se manifesta, para a sorte do mundo, mas o fantasma serve para aquecer o mercado de artigos voltados para a segurança), o tráfico de drogas (do qual são grandes consumidores, alimentando esse tráfico e ainda lucrando com a venda de armas) ou, agora, a luta contra a obesidade (a pergunta é: será que vão bater de frente com a poderosa indústria alimentícia ou vão culpar apenas os maus hábitos da população?)
Alguém está surpreso em saber que os registros telefônicos são monitorados? Se a resposta for positiva espero que não seja tão ingênuo ou ingênua a ponto de acreditar que a sua internet não é monitorada. Liberdade de expressão, mas uma liberdade vigiada. Democráticos, mas fazendo uso do poder unilateralmente. Yes we can!
Três mulheres que vestiam longos lenços islâmicos foram detidas ontem, em Paris, no primeiro dia de vigência da lei que proíbe o uso da burca na França. As prisões temporárias foram realizadas na frente da Catedral de Notre-Dame, a mais importante da capital, durante um protesto não autorizado pela polícia.
Segundo o Ministério do Interior, porém, a detenção ocorreu porque as três muçulmanas não tinham informado as autoridades sobre a manifestação, e não porque usavam os véus. Convocadas pela associação Touchez pas à ma Constitution (Não toque na minha Constituição, em tradução livre), as muçulmanas tinham como intenção provocar a primeira ação policial contra o uso da burca na França.
Pela lei, elas seriam multadas em 150 euros e obrigadas a participar de um "curso de cidadania" patrocinado pelo Ministério do Interior. "Há 12 anos eu a uso e continuarei a usá-la. É a França e o Estado laico que me dão o direito de ser muçulmana praticante", afirmou Kenza Drider, de 32 anos. "Essa lei é um atentado aos direitos europeus. Estou apenas defendendo a minha liberdade de ir e vir e minha liberdade religiosa", argumentou.
O protesto, o assédio dos jornalistas - incluindo de uma rede de TV iraniana, a Al-Alan - e as discussões com franceses que decidiram opinar sobre a lei chamaram a atenção da polícia. Dezenas de agentes e um ônibus foram mobilizados para a intervenção. As três muçulmanas foram, então, obrigadas a embarcar no veículo.
Além de enfrentar a polêmica, o governo do presidente Nicolas Sarkozy, autor da proposta de proibição da burca, terá de enfrentar outro problema. Ontem, o secretário-geral adjunto do Sindicato de Comissários de Polícia, Emmanuel Roux, afirmou que a lei é "extremamente difícil de ser aplicada" e, por essa razão, será "muito pouco aplicada". Contribui para o pouco impacto prático da legislação o fato de que não mais de 2 mil a 3 mil mulheres usam burca em todo o país, segundo levantamentos independentes.
Cruzada francesa
150 euros
é o valor da multa para quem for flagrado com o rosto coberto nas ruas da França
2 mil
é o número estimado de mulheres que usam burca no país
5 milhões
de muçulmanos vivem na França
PARA ENTENDER
Sarkozy alega preservar raiz cultural do país
A proibição do uso de véus que cubram o rosto inteiro na França entra em vigor depois de um ano de debates e campanhas pró e contra a medida. Apoiadores do governo de Nicolas Sarkozy consideram a lei um passo necessário para a preservação da cultura francesa e para o combate do que eles consideram tendências separatistas entre os muçulmanos da França. Considerada difícil de aplicar, a legislação não menciona o Islã em texto. Segundo as novas regras, porém, os policiais franceses não têm o direito de mandar as muçulmanas tirarem os véus no meio da rua e são obrigados a acompanhá-las a uma delegacia para que elas sejam identificadas. Os muçulmanos criticam a medida, alegando que ela fere a liberdade religiosa. Os principais movimentos islâmicos franceses calaram-se ontem, mas muitas muçulmanas têm planos de continuar usando os véus.
Fonte: Estadão
Advogada da família de Mohamed Merah defende que ele foi "liquidado"
Zahia Mokthari, advogada contratada pelo pai de Mohamed Merah, para processar o corpo de elite da polícia francesa RAID pela morte do jovem franco-argelino, autor confesso de sete mortes em Toulouse e em Montauban, segundo versão das forças de segurança francesas.
Zahia Mokthari afirmou, no domingo, em conferência de imprensa, em Argel, que tem provas de que o alegado jiadista foi "liquidado" pela corpo de elite da polícia e assegura, segundoelpais.es, que tem "dois vídeos idênticos de 20 minutos cada um, nos quais se ouve Mohamed Merah dizer aos polícia ‘por que me matais’ e ‘estou inocente’".
Segundo a mesma fonte, a advogada sustenta ainda que esses vídeos são autênticos e que lhe foram entregues por "pessoas que participaram nos fatos e que querem que a verdade seja conhecida". Recorde-se que os RAID afirmaram que foi dada, até ao fim, oportunidade a Mohamed Merah de se render, mas que se viram obrigados a disparar contra ele, por ele os terem recebido em "atitude de combate", quando entraram no apartamento onde se tinha entrincheirado.
A advogada defende ainda que Mohamed Merah "foi manipulado pelos serviços secretos franceses e que, depois, foi liquidado para nunca se soubesse a verdade". Mas esta versão – recorda o elpaís.es - foi firmemente desmentida na semana passada pelo chefe da Direção Central de Informações Internas, Bernard Squarcini. Merah, disse Squarcini, "não trabalha para os serviços franceses nem para os serviços estrangeiros".
Zahia Mokhtari afirmou ainda, durante a referida conferência de imprensa, que enviou à Justiça francesa "uma primeira lista com nomes de um responsável dos serviços secretos franceses e de outras pessoas com diferentes nacionalidades que trabalharam com Merah para fossem ouvidas durante o processo".
O governo francês não reagiu para já às declarações de Zahia Mokthari e tinha anteriormente rejeitado uma moção do Partido Socialista Francês que pedia para que Squacini e outros chefes dos serviços secretos fossem ouvidos sobre o caso em comissão do Senado.
Segundo revelou a autópsia, Mohamed Merah morreu em resultado de um tiro na cabeça e outro no abdomen, e o seu corpo foi cravado com 20 balas durante o assalto do RAID. A polícia alega que ele confessou ter assassinado sete pessoas em Montauban e em Toulouse, nos dias 11 e 19 de Março.
Fonte: A bola.pt
Sarkozy: islâmicos presos tramariam ataques
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse nesta terça-feira a um grupo de islâmicos detidos na semana passada que havia a possibilidade de eles estarem preparando ataques contra o país.
A polícia francesa prendeu na semana passada 19 pessoas que têm ligações com extremistas muçulmanos em toda a França, e na ocasião também apreendeu armas. Sarkozy disse que aqueles presos constituíam uma ameaça à segurança do país.
"Há uma investigação judicial em curso e existem sérios elementos nesse sentido", afirmou o presidente francês em uma entrevista à TV "station Canal Plus".
"As autoridades francesas vão deportar todos os estrangeiros que defenderem o ódio e a violência", acrescentou Sarkozy.
Fonte: Diário do Grande ABC
A Opinião:
Essa questão não é franceses e muçulmanos, trata-se de uma estratégia política de um homem que vê sua popularidade cair e que busca resgatar o prestígio próximo das eleições.
A estratégia utilizada pelo Nicolas Sarkozy é a mesma utilizada por governantes dos Estados Unidos. Primeiro o George W. Bush, que ao se ver perdido no governo, encontrou uma solução após o 11 de setembro ao declarar guerra ao terror. Depois Barack Obama, visto como uma solução e desapontando muitos pelo mundo, buscou se reerguer ao assassinar Osama Bin Laden.
Eleger um inimigo comum, fazer com que pareça uma ameaça nacional e até mundial e aparecer como herói funcionou no passado e pode funcionar novamente no presente. E depois os muçulmanos é que são os terroristas.
Sobe para 18 os mortos por bombardeios israelenses em Gaza
Um civil de 52 anos morreu em Gaza neste domingo em um novo ataque aéreo israelense, o que elevou para 18 o número de palestinos que perderam a vida desde sexta-feira na maior espiral de violência na região desde outubro, informaram fontes de hospitais.
O homem morreu em um bombardeio aéreo israelense no sudeste da Cidade de Gaza, detalhou o porta-voz dos serviços de emergência da faixa, Adham Abu Salmiya. O Exército israelense alegou estar investigando as informações.
Trata-se da terceira morte do dia na faixa, depois que um menino de 13 anos e um miliciano perderam a vida nesta madrugada em dois bombardeios aéreos.
O pequeno Ayub Amre Asalia foi atingido por um míssil israelense quando ia para a escola neste domingo - dia em que começa a semana escolar em Gaza - ao leste do campo de refugiados de Jabalya, no norte da faixa, informou a agência oficial palestina Wafa.
Outras duas crianças, uma delas de 7 anos, ficaram feridas no bombardeio. Além disso, um miliciano de 24 anos e membro do braço armado dos Comitês Populares de Resistência morreu atingido por disparos no bairro Zeitoun da Cidade de Gaza, informou o porta-voz dos serviços de emergência na faixa, Adham Abu Salmiya.
O Exército israelense confirmou em comunicado ter atacado do ar "um comando terrorista que estava na fase final de preparação para lançar foguetes contra Israel a partir do norte de Gaza e dois locais de lançamentos de foguetes" na mesma região.
Os bombardeios deste domingo elevaram a 18 o número de mortos palestinos -dois deles civis - e a 30 o de feridos - quatro deles em Israel - na maior espiral de violência em torno de Gaza desde outubro do ano passado.
Dez dos milicianos mortos pertencem às Brigadas Al Quds, braço armado da Jihad Islâmica, enquanto os seis restantes são dos Comitês Populares de Resistência.
Os quatro feridos em Israel - um deles em estado grave - são trabalhadores tailandeses que foram atingidos por um dos mais de 100 foguetes e bombas lançados pelos grupos armados de Gaza e que puseram todo o sul de Israel em estado de emergência.
A escalada de violência se iniciou na sexta-feira após o assassinato do secretário-geral dos Comitês Populares de Resistência, Zuhair al Qaisi, e de seu genro Mahmoud Hanani pelo Exército israelense no interior de Cidade de Gaza.
Israel argumenta que matou Qaisi porque preparava um atentado contra seu território a partir do Sinai.
Fonte: Portal Terra
O vídeo abaixo explica a origem e os conflitos até 2009
A Opinião:
Um confronto absolutamente longe de um final feliz. Eis os principais motivos:
Estamos diante de um território ocupado por dois povos que possuem culturas amplamente diferentes e discordantes e que reivindicam a posse da terra por questões históricas e religiosas.
O Oriente Médio é uma região estratégica por estar na Ásia e ter ligações fáceis com a Europa e a África. E a localização de Israel é privilegiada pois é banhado pelo Mar Mediterrâneo (que facilita a ligação com a Europa) e está muito próximo ao Egito (ligação direta com a África).
O povo judeu está ocupando um território como um visitante indesejado, estão amplamente cercados por árabes, povo que simpatiza com os palestinos.
A cidade de Jerusalém é sagrada para as principais religiões mundiais, dentre elas o Judaísmo (praticada pelos judeus) e o Islamismo (praticada pelos palestinos) e a sua divisão gera muita controvérsia.
Além disso, a região é árida e os judeus controlam a nascente do Rio Jordão que é uma importante fonte de abastecimento de água para a região.
O curioso nesse confronto é notar a simpatia que o povo nutre pelo lado mais fraco, apesar de haver erros de parte a parte Israel é visto como vilão e os palestinos como vítimas. É óbvio que Israel assassinou um número muito maior de palestinos, mas ninguém considera a diferença de força entre eles. Cada nação ataca com a força que possui. Cabe ao resto do mundo buscar soluções pacíficas e torcer pelo fim das mortes e pela estabilidade de uma região tão importante a nível mundial.
Seita Boko Haram ameaça cristãos e tropas governamentais
A seita radical islâmica
Boko Haram fixou um ultimato de três dias aos cristãos residindo no
Norte majoritariamente muçulmana da Nigéria para partirem e ameaça
combater as tropas governamentais nas zonas onde o estado de emergência
foi decretado.
Um
homem afirmando falar em nome do grupo islamista, Abul Qaqa, declarou
que Boko Haram – seita reclamando dos talibãs afegãs – dava “um ultimato
de três dias aos cristãos para deixar o Norte da Nigéria”.
“Desejamos
também apelar aos nossos irmãos muçulmanos do Sul (majoritariamente
cristã ) a voltar para o Norte porque temos provas que eles vão ser
atacados”, acrescentou em língua Hausa, utilizada particularmente no
Norte.
O presidente
Goodluck Jonathan decretou o estado de urgência nesse fim de semana em
várias zonas da Nigéria contra a violenta seita islâmica Boko Haram
quando o país entrava num novo ano com a morte de pelo menos 50 pessoas
num conflito entre comunidades.
Essas
medidas intervêm após os ataques reivindicados por Boko Haram que
causou 50 mortos no natal por uma bomba à saída da missa.
Fonte: Angola Press
A Opinião:
Pelo segundo ano consecutivo um ataque terrorista obtém êxito contra cristãos durante o Natal, parece que os confrontos na Nigéria ainda não chamaram a atenção da comunidade internacional.
Será que a Otan, que lutou tanto para "libertar" o povo da Líbia da ditadura, não fará nada pela população da Nigéria?
A Nigéria possui reservas de petróleo, porque então ainda não houve manifestação por parte da Otan?
Reduzir os motivos dos confrontos apenas ao interesse pelo petróleo é bobagem, a diferença entre a Líbia e a Nigéria é a posição estratégica ocupada pela Líbia que fez com que valesse a pena para a Otan intervir na região.
A Líbia localiza-se no norte do continente africano, próxima a Europa e ao Oriente Médio e com saída para o Mar Mediterrâneo.
Já a Nigéria está na parte subsaariana da África, mais distante dos mercados europeu e norte-americano, possui uma população muito numerosa e mais de 200 etnias diferentes em constantes conflitos.
Entre a Líbia e a Nigéria, que nação precisaria mais da intervenção da Otan? A Nigéria. Porém que nação ofereceria maior retorno financeiro e estratégico? A Líbia. Essa é a Guerra S.A.
Cientistas criam vírus capaz de matar 6 em cada 10 infectados
Parece um roteiro de Hollywood, mas é bastante real. Cientistas europeus
e americanos criaram em laboratório uma linhagem mortal do vírus da
gripe aviária, capaz de infectar e matar milhões de pessoas, segundo
revelou uma reportagem exclusiva publicada pelo jornal inglês "The
Independent". A notícia gerou temores entre especialistas em
biossegurança de que as informações caiam nas mãos de terroristas que
possam usar o agente como arma biológica de destruição em massa. O
governo dos EUA pediu ontem que a sequência genética do vírus alterado
não seja revelada na publicação do estudo. Há o temor também de
que um acidente acabe deixando escapar o micro-organismo. Alguns
cientistas questionam se esse tipo de pesquisa poderia ter sido feita
num laboratório de universidade e não numa instalação militar. "O medo,
ao se criar algo tão mortal assim, é que se transforme numa pandemia
global, com altas taxas de mortalidade e custos excessivos", explicou um
conselheiro científico do governo americano, na condição de anonimato,
ao jornalista Steve Connor, do periódico inglês. "O pior cenário nesse
caso é muito pior do que se pode imaginar". Pela primeira vez,
pesquisadores conseguiram provocar uma mutação na linhagem H5N1 da gripe
aviária, tornando-a mais facilmente transmissível pelo ar. A linhagem
da gripe aviária matou centenas de milhares de aves, desde que foi
descoberta pela primeira vez, em 1996, mas, até agora, infectou apenas
cerca de 600 pessoas que tiveram contato direto com as aves doentes. O
que torna o H5N1 tão perigoso, no entanto, é que ele matou cerca de 60%
das pessoas infectadas — tornando-o uma das mais letais formas de
influenza na História moderna — uma capacidade de matar moderada apenas
por sua inabilidade (até agora) de se espalhar facilmente entre humanos.
O vírus alterado em laboratório, no entanto, se transmite facilmente
entre os humanos. Cientistas que realizaram a controversa
experiência descobriram que é mais fácil do que se imaginava transformar
o H5N1 numa linhagem altamente infecciosa de gripe. Eles acreditam que o
conhecimento adquirido com o estudo seria vital para o desenvolvimento
de novas vacinas e drogas. "Trata-se de uma pesquisa muito importante",
afirmou a diretora de políticas científicas do Instituto Nacional de
Saúde dos EUA, que patrocinou o estudo, Amy Patterson. "À medida que os
vírus evoluem na natureza, queremos estar preparados para saber detectar
rapidamente mutações que podem indicar que eles estão se aproximando de
uma forma que o torne capaz de cruzar a barreira das espécies mais
rapidamente". Mas os críticos dizem que os cientistas colocaram o
mundo em risco ao criar uma forma de gripe extremamente perigosa.
Cientistas têm poucas dúvidas de que a nova linhagem de H5N1 criada —
resultado de apenas cinco mutações em dois genes-chaves — tenha o
potencial de causar uma pandemia humana devastadora que poderia matar
dezenas de milhões de pessoas. O estudo foi feito em furões, que, quando
infectados com influenza, são considerados os melhores modelos animais
para se estudar a doença humana. Os detalhes do estudo são
considerados tão delicados que foram examinados pelo Conselho Nacional
de Ciência para Biossegurança do governo americano, que pediu às
revistas "Science" e "Nature", às quais o estudo foi submetido, que não
publiquem a sequência genética completa. "Essas são áreas da ciência em
que a informação precisa ser controlada — afirmou um cientista do
conselho, que falou na condição de anonimato ao "Independent". — Os
exemplos mais extremos são, por exemplo, como fazer uma arma nuclear ou
qualquer arma que possa ser usada para matar pessoas. Mas as ciências
biológicas não tinham se deparado com uma situação dessas antes. É
realmente uma nova era. O estudo foi feito por um grupo de
cientistas holandeses coordenado por Ron Fouchier, do Centro Médico
Erasmus, em Roterdã; e também por Yoshihiro Kawaoka, da Universidade de
Wisconsin-Mas, nos EUA. "Descobrimos que isso é, de fato, possível e
mais fácil do que se imaginava. No laboratório, foi possível transformar
o H5N1 num vírus de transmissão por aerossol que pode se espalhar
rapidamente pelo ar", informou Fouchier em comunicado oficial. "Esse
processo também poderia ocorrer num ambiente natural." Para justificar a experiência, ele afirmou: "Sabemos por qual mutação
procurar no caso de um surto e poderemos, então, interrompê-lo antes
que seja tarde. Além disso, a descoberta ajudará no desenvolvimento de
vacinas e remédios." Alguns cientistas questionaram se esse tipo de
pesquisa deveria ser feito num laboratório de universidade, sem a
segurança contra terroristas existente em instalações miltiares. Eles
ressaltaram também que vírus experimentais já escaparam acidentalmente
de laboratórios aparentemente seguros em outras ocasiões, causando
epidemias humanas — caso da gripe de 1977. "Há quem diga que um
trabalho como esse não deveria nunca ser feito ou teria de ser em um
local onde toda a informação pudesse ser controlada", afirmou uma fonte
próxima ao Conselho de Biossegurança. "A tecnologia (de engenharia
genética) é hoje comum em muitas partes do mundo. Com a sequência
genética, é possível reconstruí-lo. Por isso a informação é tão
perigosa".
Fonte: pernambuco.com
Eles querem fazer de novo, veja o vídeo abaixo:
A Opinião:
O terrorismo midiático é o pior tipo de terrorismo. Causa histeria global pela habilidade com que conseguem transmitir credibilidade em mentirasconstruídas.
Com que objetivo os cientistas criariam um vírus letal? Trata-se de um blefe ou é real? Esse vírus foi testado em seres humanos? Como confiar nos resultados?
E a principal pergunta: Quantas pessoas vão refletir após ler essa notícia?
A mídia bombardeia, o povo acata e treme, e assim, os objetivos são alcançados, ainda que a custa de milhões de inocentes.
E quem alerta é visto como louco que elabora teorias da conspiração. Bem, o importante é buscar o equilíbrio, ouvir os dois lados e tentar buscar a verdade.
Embarcação italiana é atacada por piratas na Somália
A
embarcação Montecristo, da companhia italiana D'Alessio Group, foi
atacada por piratas nesta segunda-feira (10), próximo à Somália. Cinco
homens armados invadiram o barco.Ao todo, há 23 pessoas a bordo, sendo sete italianos. Também há ucranianos e indianos.A
companhia perdeu o contato com o navio na manhã de hoje. A embarcação
levava um carregamento de sucata e ferro ao Vietnã. Ela havia partido do
Canal de Suez.A unidade de crise do Ministério das Relações Exteriores da Itália já foi acionada e está em contato com familiares da tripulação.
Fonte: DCI
A Opinião:
A costa da Somália é das mais perigosas do mundo para a navegação
comercial. Segundo o jornal espanhol El País, nos primeiros seis meses deste ano houve 266 ataques de
piratas contra barcos estrangeiros, 70 a mais do que no mesmo período de 2009.
Ao sequestrar esses navios os piratas da Somália conseguem dinheiro para continuar comprando armas e munições para uma guerra civil de mais de 20 anos.
A situação na Somália é extremamente tensa, mas como não há petróleo ou riquezas atraentes para a OTAN, ninguém se move, não buscam solucionar o problema e trazer a paz para um povo tão sofrido.
Se existe um país onde a intervenção seria necessária, essa nação é a Somália. Mas infelizmente os paladinos da justiça mundial estão ocupados demais, armando os rebeldes para "salvar" a Líbia.
World Trade Center foi criado em meio a "febre de arranha-céus". Conheça a história
O reinado do World Trade Center como complexo que incluía
os edifícios mais altos do mundo - as Torres Gêmeas, com 110 andares
cada - foi curto. As torres abriram em 4 de abril de 1973, e só foram
superadas pela Sears Tower (hoje Willis Tower), de Chicago, em 1974. A
corrida rumo ao topo em Nova York, no entanto, começou em 1889.
Naquele ano, a França erguia a Torre Eiffel para a Feira
Internacional em Paris, como um marco dos cem anos da Revolução
Francesa. Enquanto isso, em Nova York, empresários atentos para as
inovações em engenharia e arquitetura desenvolvidas para a construção da
torre francesa pensavam literalmente grande. Dessa união de fatores
surgiu o Tower Building, com seus 13 andares - até então inéditos na
cidade.
O edifício durou até 1914 – mas aí ele já havia deixado de ser o mais
alto há quase 20 anos. Em 1894 surge o Empire Building, com
impressionantes 21 andares – só superado pelo Woolworth Building, com
inacreditáveis 55 andares, inaugurado em 1913.
A briga foi ganha em 1931 pelo Empire State Building, com seus
heroicos 102 andares - ainda hoje um dos cartões postais mais famosos de
Nova York e do mundo. O título de mais alto do mundo ficou com o
edifício até surgirem as Torres Gêmeas do World Trade Center.
A ideia do WTC começa a nascer em fins dos anos 40 e começo da década de
50, como apenas um edifício, que teria 70 andares. O presidente do
banco Chase Manhattan, David Rockefeller, criou assim a Associação para o
Desenvolvimento da Região Central e da Baixa Manhattan, para
revitalizar a cidade e aproveitar o papel central que Nova York passava a
ter na economia global.
Em 1962, a ideia ganha força junto ao governo, e a região da baixa
Manhattan - delimitada pela rua 14 ao norte, a leste pelo rio Leste, ao
sul pelo porto de Nova York e a oeste pelo rio Hudson - começa a passar
por transformações. Na área dos 13 quarteirões que seriam desocupados e
demolidos para a construção do conjunto ficava a “Radio Row” (“Rua dos
Rádios”, em tradução livre), conhecida por esse nome até então por
concentrar muitas lojas de eletrodomésticos.
Os EUA continuaram a ser os campeões das alturas até 1996, quando a
coroa então mudou inclusive de continente: a Willis Tower cedeu lugar ao
complexo Petronas Towers, em Kuala Lumpur (Malásia), e seus 452 m - mas
isso devido à agulha da torre; em andares, a Willis continuou a mais
alta (108, contra 88 da torre asiática).
Fonte: R7
O Atentado e suas versões:
Notícia publicada no dia seguinte ao atentado:
Atentados podem recriar a unidade perdida dos EUA
Houve só um momento, na história americana, comparável ao ataque
terrorista que começou (e espera-se que tenha acabado) na manhã de
ontem. Foi Pearl Harbor. Sabemos no que deu. Forçou o ingresso
(que já era inevitável) dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
Solidificou a coesão nacional. Identificou os norte-americanos com seu
governo - mesmo aqueles que não tinham simpatia nenhuma pela Presidência
de Roosevelt. Também dispôs todos aos sacrifícios necessários
para encarar a guerra e ganhá-la. Submeteu à prova de fogo uma geração
que ainda hoje é miticamente considerada, nos Estados Unidos, como a
maior de todas. Enfim, produziu décadas de uma primazia norte-americana,
econômica e cultural, que ainda dura. O
ataque de ontem tem toda a chance de desencadear os mesmos efeitos, a
começar pela unidade nacional em torno de um governo que antes disso era
desacreditado. Eu mesmo não saberia onde encontrar, hoje, a vontade de
criticar o presidente Bush. Por um momento, até gostei de suas palavras. Os
norte-americanos passarão pela redescoberta de uma solidariedade talvez
esquecida. Consegui falar com uma amiga, normalmente temerosa, de nariz
empinado, no Upper East Side de Nova York: ela estava correndo para
doar sangue. Reencontrarão os valores americanos, atrás dos
sonhos de sucesso material e de consumo que prevaleceram nas últimas
décadas. Outro amigo, em Nova York, notou que Wall Street fechou e que,
com a ruína das torres do World Trade Center, muitas operações
financeiras serão atrapalhadas durante dias. Argumenta que, se
essa era uma das intenções dos terroristas, tanto pior para eles: o que
importa é que durante dias os americanos nem olharão para os índices Dow
Jones e Nasdaq. Talvez redescubram nessa ocasião, acrescenta, que o
orgulho nacional tem outras razões além da prosperidade. A
América do começo do século 21 era, até hoje, um país ideologicamente
hesitante. Para definir-se, faltava-lhe um adversário, pois o inimigo
comunista havia sumido. Só sobrava, como glória nacional, justamente a
riqueza - um ideal facilmente desprezível. O multiculturalismo, também,
tornava problemático invocar os valores americanos. Ora, graças
aos atentados de ontem, essa fase pode ter acabado - sobretudo porque o
novo inimigo não é um governo imperialista ou expansionista como a
Alemanha nazista ou o Japão imperial. É um inimigo ideológico: uma
concepção do mundo e da vida oposta aos fundamentos da cultura ocidental
moderna. A América, a partir
de hoje, poderá voltar provavelmente a desempenhar aquele que sempre foi
seu melhor papel: o de defensora da civilização contra a barbárie. Os
Estados Unidos perseguirão todo país que, de uma maneira ou de outra,
aparecer como cúmplice dos terroristas que conceberam e realizaram o
ataque. É difícil imaginar qualquer outra potência em posição ou com
alguma razão de contestar esse direito. Nem a Rússia nem a China. Mesmo
uma boa parte dos países árabes concordará, de coração ou por medo. É
possível, com isso, que o ataque de ontem tenha definitivamente
alterado a organização política do planeta, sobrepondo a todos os
conflitos (econômicos, políticos ou ideológicos) uma divisão cultural.
Haverá, de um lado, os que acreditam no ideário da razão ocidental e, de
outro, um pequeno (ou grande) catálogo de fundamentalismos. E haverá a
necessidade de se declarar.
Fonte: Folha on-line (12/09/2001)
O link abaixo mostra algumas teorias da conspiração relacionadas aos ataques de 11/09/2001:
Custos da guerra pós-atentados do 11/09 podem chegar a US$ 4 trilhões, diz professora de Harvard
Um alvo fácil: o prédio do Pentágono fica às margens do Rio Potomac,
cercados por enormes estacionamentos. Na manhã do dia 11 de setembro de
2001, o terrorista Hani Hanjour pilotava o Boeing-757 a baixa altitude e
estava em aceleração total, a 850 km/h, quando atingiu o comando
militar americano.
A explosão fez o prédio, um dos maiores do mundo, tremer. Ao todo, 184
pessoas morreram. Porém, em pouco tempo, no centro nervoso das Forças
Armadas americanas, começou a ser planejada a resposta militar aos
ataques terroristas.
A decisão inicial foi atacar o regime Talibã, que protegia a rede
terrorista al-Qaeda de Osama bin Laden no Afeganistão. A maioria dos
americanos e governos de 56 países apoiaram a iniciativa, mas o então
presidente George W. Bush decidiu ampliar a resposta com uma segunda guerra e os Estados Unidos invadiram o Iraque.
Dez anos depois, o custo dessas duas decisões ainda se acumula: em
vidas, dinheiro e em mudanças na sociedade americana. Mais de 100 mil
soldados americanos ainda lutam na Guerra do Afeganistão, que se tornou a
mais longa da história dos Estados Unidos. No Iraque, depois de sete
anos, a retirada das tropas de combate já foi concluída, mas o governo
americano ainda mantém no país milhares de soldados somente para
treinamento das forças locais.
Mais de seis mil militares de 20 países morreram nas duas guerras. No
Afeganistão, as mortes de civis chegaram a quase nove mil. No Iraque, as
estimativas variam de 100 mil a 1 milhão de civis mortos no conflito.
William Galston foi assessor na Casa Branca durante os anos 90 e, hoje,
integra o respeitado Instituto de Pesquisa Brookings, em Washington.
Para ele, a invasão do Iraque foi a ofensiva errada, no país errado, no
momento errado. Galston tem certeza de que Bush acreditava que o então
presidente do Iraque, Saddam Hussein, tinha armas de destruição em massa
e afirma: “O que ele não teve foi o cuidado de verificar se as
conclusões a que chegou estavam bem fundamentadas. Portanto, Bush levou o
país na direção errada”.
Donald Rumsfeld
era o encarregado de planejar e executar a invasão do Iraque. O então
secretário de Defesa deixou a Casa Branca em 2006. Hoje, aos 79 anos de
idade, ele defende a ação do governo Bush e diz que não subestimou o
custo da guerra.
Quando a invasão começou, o ex-secretário estimou que ela teria apenas
seis meses de duração e custaria US$ 50 bilhões: “Eu não disse isso”,
afirma Rumsfeld. “Eu escrevi, sim, um memorando ao presidente falando de
custos, mas mostrando que as projeções podiam dar errado”, explica.
Em um documento, Rumsfeld afirma que a guerra custaria menos de US$ 50
bilhões, mas ele explica: “Não eram números meus, eram números
orçamentários. Eu repeti dezenas de vezes que não sabia quanto a guerra
iria custar nem quanto tempo iria durar”, ele diz.
Qual foi então o custo real do 11 de setembro? “O povo americano não
vive aterrorizado”, ele responde. “O governo tomou a decisão de avançar
contra os terroristas para proteger o povo americano e teve enorme
sucesso. Em dez anos, nenhum outro ataque terrorista foi concluído nos
Estados Unidos", completa Rumsfeld.
Linda Bilmes, professora de orçamentos e finanças públicas na
Universidade Harvard, faz uma avaliação diferente. Ela é co-autora do
livro “A guerra de US$ 3 trilhões, o custo real da guerra do Iraque” e
afirma que os custos continuam a crescer com o tratamento de veteranos
feridos e os gastos militares que ainda hoje são feitos no Iraque.
Para Linda Bilmes, o valor já está perto dos US$ 4 trilhões, cerca de
80 vezes o valor citado inicialmente por Donald Rumsfeld. E ela diz que,
mais do que o gasto direto, a guerra do Iraque criou outros graves
problemas. Um deles foi o endividamento do governo americano: “Os
Estados Unidos estão sofrendo por falta de investimento, basta andar na
rua para ver isso. Todo aquele dinheiro poderia ter sido gasto aqui. Nós
vamos viver com as consequências disso por muito tempo”, conclui Linda
Bilmes.
Durante sete anos, George W. Bush tentou capturar o principal
responsável pelos ataques de 11 de setembro, mas a notícia que os
americanos esperaram por quase uma década foi anunciada em maio deste
ano, pelo sucessor dele, Barack Obama. O terrorista Osama bin Laden
estava morto.
O paradeiro do chefe da al-Qaeda foi descoberto a partir de um
minucioso trabalho de inteligência feito pelo Serviço Secreto Americano.
Bin Laden foi morto em um esconderijo a 100 quilômetros de Islamabad,
capital do Paquistão, um dos países que mais receberam dinheiro e apoio
dos Estados Unidos.
Fonte: (Adaptado) Jornal Nacional
O link abaixo traz muitas informações sobre o mundo pós 11/09/2001:
10 acontecimentos que moldaram o mundo depois do 11 de Setembro
1. Guerra ao terrorFoi com esta formulação
vaga que George W. Bush respondeu ao 11 de Setembro, mas o plano foi
objetivo: derrotar o regime dos talibãs no Afeganistão e destruir a
rede terrorista da al-Qaeda, bem como os seus campos de treino. Em 2002,
já com Cabul livre do regime fundamentalista, o Presidente
norte-americano inclui o Iraque num "eixo do mal" composto ainda por
Irã e Coreia do Norte, por ter armas de destruição maciça, que afinal
não existiam. No ano seguinte, sem o apoio das Nações Unidas, EUA e
Reino Unido derrubam o regime de Saddam Hussein, que acaba enforcado. A
guerra ao terrorismo fica também marcada pela perda de liberdades
individuais e de privacidade nos EUA (e em aeroportos de todo o mundo),
por abusos e práticas de tortura aos prisioneiros em Abu Ghraib e
Guantánamo. Apesar de vários planos terem sido descobertos, Bali,
Madrid, Beslan, Londres e Mumbai foram alvo de atentados de grande
dimensão.
2. Ascensão da China e de outros paísesO
mundo dividido em dois blocos acabou com a queda do Muro de Berlim e o
fim da União Soviética. Mas a mudança deu-se antes, no princípio dos
anos 80, quando a China comunista de Deng Xiaoping lançou as zonas
econômicas especiais que atraíram desde cedo multinacionais como a
Coca-Cola. A explosão da economia chinesa deu-se na última década. O "Império do Meio" é hoje a fábrica do mundo. Tem a segunda maior
economia e a sua combinação paradoxal de governação socialista e mercado
capitalista, mão-de-obra infindável e (ainda) barata é imbatível. Mas
outras potências emergem, casos da Índia e do Brasil (este em especial,
ao combater com sucesso a pobreza e ao reduzir as desigualdades
sociais). O Ocidente perde peso e relevância.
3. Grandes tragédiasOs
ataques do 11 de Setembro fizeram 2.996 mortos. Um horror mas, ainda
assim, gotas em comparação com os desastres de enormes proporções que
atingiram outros cantos do planeta. Em Dezembro de 2004, os efeitos do
sismo e consequente tsunami que se registou no Oceano Índico e que
afetou em especial a Indonésia, o Sri Lanka, a Índia e a Tailândia. No
total morreram 226 mil pessoas e mais de dois milhões foram afectadas.
Números dantescos que o terramoto de Janeiro de 2010 no Haiti conseguiu
rivalizar: o paupérrimo país perdeu 222 mil habitantes e quase 3,5
milhões sofreram com o abalo de magnitude 7. Outros desastres naturais
de graves consequências foram o furacão Katrina (EUA), o ciclone Nargis
(Birmânia), os sismos em Bam (Irã), Caxemira (Paquistão), Java
(Indonésia) e Sichuan (China) e a onda de calor que varreu a Europa em
2003. A soma de mortos destes desastres naturais dá uma cifra
impressionante: 855 mil, segundo um relatório conjunto da Cruz Vermelha e
Crescente Vermelho.
4. Tsunami e crise nuclear de FukushimaO
sismo de magnitude 9 ocorrido em 11 de Março ao largo do Japão, o
tsunami e as 900 réplicas que se seguiram tiveram efeitos devastadores
em vidas e em destruição. Morreram mais de 15 mil pessoas, cem mil casas
desapareceram. Seis meses depois, 85 mil japoneses ainda estão a viver
em abrigos. O prejuízo dos danos calcula-se em 157 mil milhões de euros,
sem contar com as consequências do desastre nuclear de Fukushima: o
terremoto e tsunami destruíram os sistemas de arrefecimento da central, o
que provocou explosões e consequentes fugas de radiação, que se mantêm.
O acidente veio minar a reabilitação da imagem da indústria nuclear e
vários países reequacionaram os seus programas de energia.
5. Crise financeira de 2008-2011Sabe-se
quando começou, mas não se sabe quando nem como irá estancar. Por uns
apelidada de grande recessão, por outros de depressão menor, a crise
financeira iniciou-se com a falência do Banco Lehman Brothers,
especializado em produtos de investimento. Foi a face visível da chamada
crise do subprime, iniciada quando a alta de juros nos EUA levou a que
milhares de pessoas – que tinham créditos à habitação mas não tinham
condições para as pagar – ficaram em incumprimento. Com isso, produtos
financeiros de risco associados a esse crédito fácil passaram a ser lixo
e gigantes financeiros tiveram perdas colossais; outros faliram e até
um país, a Islândia, foi pelo mesmo caminho. Os Estados injetaram
dinheiro nos bancos para que o sistema financeiro não entrasse em
colapso, mas as consequências pagam-se até hoje: vários países com
problemas estruturais como a Grécia, Irlanda e Portugal
sobreendividaram-se e lutam para cumprir projetos de emagrecimento com
planos de resgate, mas a crise de confiança atingiu outros países como a
Espanha, Itália, EUA, e quer o euro, quer os mercados bolsistas
enfrentam tempos incertos.
6. Redes sociais Depois
da popularização do uso dos celulares e do acesso à internet, a
propagação das redes sociais foi imparável nos últimos anos. Estão em
qualquer suporte, TV incluída, e servem para coisas tão díspares como
colecionar amigos virtuais, escrever banalidades ou incitar a revoltas.
As aplicações mais populares são o Facebook, com 750 milhões de
utilizadores, e o Twitter, com 200 milhões.
7. Eleição de ObamaMarcou
o fim de uma controversa presidência, a de George W. Bush, que levou o
país – que ficou com uma imagem beliscada no resto do mundo – para dois
teatros de guerra, e no campo interno para uma espiral de endividamento.
A maioria dos eleitores votou por uma mensagem de esperança que pusesse
termo aos conflitos e recolocasse o país na senda da prosperidade, ao
mesmo tempo que elegia um cidadão de uma minoria que há 60 anos era
tratada como segunda classe. Mas até agora o mandato de Barack Obama –
exceto o apaziguamento com o mundo muçulmano e a histórica extensão dos
cuidados de saúde – tem sido dominado pela crise e pela oposição
encarniçada dos republicanos, maioritários na Câmara dos Representantes.
8. Fim dos vaivéns espaciaisA
aterragem do Atlantis, em 21 de Julho, no Centro Espacial Kennedy, na
Florida, assinalou o fim do programa de vaivéns espaciais dos Estados
Unidos da América. Encerrou-se um capítulo com 30 anos e 135 missões. Os
veículos espaciais permitiram aos norte-americanos consolidar a
liderança no Espaço – apesar dos tristemente célebres desastres do
Columbia e do Challenger –, e pôr em órbita o telescópio espacial
Hubble. O programa espacial da NASA fica em suspenso e agora os EUA
passam a depender das naves russas para poderem alcançar a Estação
Espacial Internacional.
9. Criação do TPICom
sede em Haia, começou a atividade em 2002. Tem como objetivo levar a
julgamento responsáveis por atos como crimes de guerra, crimes contra a
humanidade e genocídio. Até agora só foram realizadas investigações que
levaram a acusações de políticos em países africanos. Muammar Kadhafi e
o filho Saif al-Islam são os mais recentes procurados. Muitos países
oferecem resistência ao TPI: 40 não ratificaram o tratado (casos de EUA,
Rússia, Angola, Moçambique), outros, como a China, Índia ou Indonésia,
nem sequer o assinaram. Mas é um avanço na universalidade dos direitos
humanos e do direito internacional.
10. Primavera ÁrabeTeve
como inspirador o falhado movimento verde do Irã (não árabe, mas
muçulmano), nascido em 2009 após as eleições consideradas fraudulentas
pela oposição iraniana e pela comunidade internacional. Mas o grito de
indignação via redes sociais de dezenas de milhares de iranianos,
asfixiados pelo regime dos aiatolas, teve seguidores. Em Dezembro de
2010, a imolação do jovem tunisino Mohamed Bouazizi, por lhe ter sido
negada a venda ambulante, ateou fogo ao país e a quase todo o mundo
árabe, cuja mistura de ditaduras com elevados níveis de desemprego,
desigualdades sociais e pressões demográficas formaram um cocktail que
degenerou na queda de Ben Ali (Tunísia), Mubarak (Egipto), Kadhafi
(Líbia) e que mantém outros em guarda.
Fonte: (Adaptado) sol.sapo.pt
Nova York relembra vítimas do 11 de Setembro
A cidade de Nova York lembra neste domingo os dez
anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 sob o temor de novos
ataques e um forte esquema de segurança.
As cerimônias de homenagem às vítimas dos
ataques começaram antes das 9h (horário local), com discursos do
prefeito Michael Bloomberg, do presidente Barack Obama, com um minuto de
silêncio no horário em que a primeira Torre do World Trade Center foi
atingida (8h46) e com a leitura dos nomes das quase 3 mil pessoas mortas
naquele dia.
O reforço no policiamento da cidade - assim como em Washington e
Shanksville (no Estado da Pensilvânia), onde os atentados também
deixaram vítimas e onde também serão realizadas cerimônias neste domingo
- já era previsto em razão dos eventos.
A segurança, no entanto, foi redobrada nos
últimos dias, depois que o governo recebeu informações de que a rede
extremista Al-Qaeda planejaria novos ataques contra os Estados Unidos.
O aumento da presença policial é visível em toda
a cidade. Na Penn Station, estação ferroviária por onde passam trens de
todo o país, é possível ver vários policiais e até militares armados.
Cães farejadores da polícia podem ser vistos em
estações de metrô à procura de possíveis artefatos explosivos.
Estacionamentos subterrâneos, pontes e túneis e outros locais com
potencial para virar alvo de explosões estão sendo intensamente
averiguados
A área ao redor do Marco Zero - local onde ficavam as Torres Gêmeas
do World Trade Center, derrubadas nos atentados – é palco da principal
cerimônia.
Neste domingo, as principais ruas da região estão fechadas para o tráfego, com grandes restrições à passagem de pedestres.
O presidente Barack Obama, que na manhã de
sábado se reuniu com a cúpula da segurança para discutir as medidas
adotadas para prevenir novos ataques, havia dito que os Estados Unidos
"permanecem vigilantes".
Em seu pronunciamento semanal no sábado, Obama
mencionou as ameaças de novos ataques. "Nós estamos fazendo todo o
possível para proteger nosso povo. E não importa o que apareça no nosso
caminho, como nação resiliente que somos, nós seguiremos em frente",
afirmou.
A cerimônia no marco zero começou às 8h35 deste
domingo (horário de Nova York, 9h35 em Brasília) e está sendo
acompanhada por Obama e pelo ex-presidente George W. Bush (que governava
o país na época dos atentados), além de várias outras autoridades,
artistas e familiares das vítimas.
A cerimônia será interrompida seis vezes. Às
8h46, o primeiro minuto de silêncio marcou o momento exato em que o
primeiro avião sequestrado pelos extremistas da Al-Qaeda, o voo 11 da
American Airlines, chocou-se contra a Torre Norte do World Trade Center.
O prefeito Michael Bloomberg disse em discurso que o momento é tanto
de lembrar o ocorrido como de seguir adiante. "Desde (11 de setembro de
2001), vivemos na luz e na sombra. Crianças cresceram e netos nasceram."
Obama falou em seguida, lendo uma passagem da Bíblia.
Outros cinco minutos de silêncio marcam o choque
do voo 175 da United Airlines contra a Torre Sul, o colapso de cada uma
das torres, o momento do ataque ao Pentágono, em Washington, e o
momento em que o voo 93 da United Airlines, também sequestrado, caiu em
Shanksville, na Pensilvânia.
Depois de encerrada a cerimônia, as famílias das
vítimas poderão pela primeira vez visitar o Memorial do 11 de Setembro,
construído no Marco Zero, que será aberto ao público a partir de
segunda-feira.
Diversos outros eventos serão realizados neste
domingo para marcar os dez anos dos atentados. Após deixar Nova York,
Obama acompanha ainda as cerimônias em Shanksville e no Pentágono.
Em Nova York, além da programação oficial, a
passagem da data é lembrada também com diversas homenagens, exposições e
instalações que podem ser vistas em museus, igrejas e nas próprias ruas
da cidade.
Fonte: BBC Brasil
A Breve Opinião:
O objetivo desse post não é esgotar o assunto, afinal tem desmembramentos diversos, praticamente em todo o mundo e em todas as áreas de atuação dos seres humanos. Os atentados colocaram os Estados Unidos e, por tabela, o mundo inteiro em um estado de alerta constante, porque foi como se os terroristas dissessem: "Fizemos e somos capazes de fazer novamente e ainda fazer pior". A partir desse dia, todo grande evento fica cercado de cuidados. Existem diversas teorias da conspiração, algumas inclusive bastante plausíveis, porém nos atemos aos fatos, mesmo sabendo que a história acaba sendo contada segundo a versão dos vencedores (ou dos detentores dos grandes meios de comunicação).