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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Governo Obama monitora registros telefônicos


O Fato:


  • Governo Obama defende coleta de registros telefônicos

    O governo dos Estados Unidos vem coletando, de forma secreta, registros telefônicos de milhões de clientes norte-americanos da companhia Verizon sob uma ordem judicial secreta, segundo a presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein. O governo Obama defendeu a necessidade da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) de coletar registros telefônicos dos cidadãos norte-americanos. 
    A democrata Feinstein disse nesta quinta-feira que a ordem judicial secreta para a coleta dos registros telefônicos é uma renovação de três meses para uma prática já em curso. Ela falou com os jornalistas durante uma coletiva de imprensa. 
    A coleta de registros telefônicos no país acontece há anos e era parte fundamental do programa de vigilância do governo de George W. Bush, informou um funcionário do governo nesta quinta-feira. A divulgação da coleta dos registros é a mais recente controvérsia a atingir o governo Obama. 
    O presidente também é alvo de questionamentos sobre as ações da receita federal em relação a grupos conservadores, o confisco dos registros telefônicos de um jornalista numa investigação sobre quem vazou informações para a mídia e a forma como o governo tratou o ataque terrorista contra a embaixada dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, que resultou na morte de quatro norte-americanos.
    A Casa Branca não fez comentários formais sobre o assunto. O procurador-geral Eric Holder evitou perguntas sobre a questão durante apresentação perante um subcomitê do Senado. Ele sugeriu que a questão seja discutida uma sessão secreta. 
    A ordem foi emitida pelo Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira em 25 de abril e vigora até 19 de julho, informou o jornal britânico The Guardian. Pela ordem a Verizon, uma das maiores empresas de telecomunicações dos Estados Unidos é obrigada a fornecer "diariamente" à NSA informações sobre todas as ligações fixas e móveis dos sistemas da empresa, tanto dentro do território norte-americano quando entre os Estados Unidos e outros países. 
    O documento mostra, pela primeira vez, que no governo Obama os registros de comunicação de milhões de cidadãos norte-americanos são coletados indiscriminadamente e em massa, independentemente de as pessoas serem suspeitas ou não de algum delito.
    Fonte: O diário



    A Opinião:

    Essa é a maior democracia do planeta? Vigilância total! Controle total! Paranoia total!
    Há tempos que a política interna e externa estadunidense é pautada pela cultura do medo. Sempre precisam de um inimigo externo comum para unificar a população internamente e justificar ações injustificáveis. 
    No passado o grande vilão era o comunista, basta analisar os grandes vilões nas telas de cinema da década de 1980: máfia russa, máfia chinesa, vietnamitas ou ainda grupos que viviam além da cortina de ferro. 
    Nos últimos anos lutam incessantemente contra o terrorismo, mas, contraditoriamente, a arma utilizada para isso é o terror (principalmente o psicológico). Apresentam um mundo onde precisam lutar contra o mal que pode assolar a humanidade: seja uma gripe e suas inúmeras mutações (o curioso é que não tratam a causa dessas mutações, apenas remediam numa bela forma de aquecer o mercado farmacêutico), um grupo terrorista (que há tempos não se manifesta, para a sorte do mundo, mas o fantasma serve para aquecer o mercado de artigos voltados para a segurança), o tráfico de drogas (do qual são grandes consumidores, alimentando esse tráfico e ainda lucrando com a venda de armas) ou, agora, a luta contra a obesidade (a pergunta é: será que vão bater de frente com a poderosa indústria alimentícia ou vão culpar apenas os maus hábitos da população?)
    Alguém está surpreso em saber que os registros telefônicos são monitorados? Se a resposta for positiva espero que não seja tão ingênuo ou ingênua a ponto de acreditar que a sua internet  não é monitorada.
    Liberdade de expressão, mas uma liberdade vigiada. Democráticos, mas fazendo uso do poder unilateralmente. Yes we can!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Sarkozy X Islâmicos


Os Fatos:



Protesto contra lei antiburca acaba com 3 detidas

Três mulheres que vestiam longos lenços islâmicos foram detidas ontem, em Paris, no primeiro dia de vigência da lei que proíbe o uso da burca na França. As prisões temporárias foram realizadas na frente da Catedral de Notre-Dame, a mais importante da capital, durante um protesto não autorizado pela polícia.
Segundo o Ministério do Interior, porém, a detenção ocorreu porque as três muçulmanas não tinham informado as autoridades sobre a manifestação, e não porque usavam os véus. Convocadas pela associação Touchez pas à ma Constitution (Não toque na minha Constituição, em tradução livre), as muçulmanas tinham como intenção provocar a primeira ação policial contra o uso da burca na França.
Pela lei, elas seriam multadas em 150 euros e obrigadas a participar de um "curso de cidadania" patrocinado pelo Ministério do Interior. "Há 12 anos eu a uso e continuarei a usá-la. É a França e o Estado laico que me dão o direito de ser muçulmana praticante", afirmou Kenza Drider, de 32 anos. "Essa lei é um atentado aos direitos europeus. Estou apenas defendendo a minha liberdade de ir e vir e minha liberdade religiosa", argumentou.
O protesto, o assédio dos jornalistas - incluindo de uma rede de TV iraniana, a Al-Alan - e as discussões com franceses que decidiram opinar sobre a lei chamaram a atenção da polícia. Dezenas de agentes e um ônibus foram mobilizados para a intervenção. As três muçulmanas foram, então, obrigadas a embarcar no veículo.
Além de enfrentar a polêmica, o governo do presidente Nicolas Sarkozy, autor da proposta de proibição da burca, terá de enfrentar outro problema. Ontem, o secretário-geral adjunto do Sindicato de Comissários de Polícia, Emmanuel Roux, afirmou que a lei é "extremamente difícil de ser aplicada" e, por essa razão, será "muito pouco aplicada". Contribui para o pouco impacto prático da legislação o fato de que não mais de 2 mil a 3 mil mulheres usam burca em todo o país, segundo levantamentos independentes.
Cruzada francesa
150 euros
é o valor da multa para quem for flagrado com o rosto coberto nas ruas da França

2 mil
é o número estimado de mulheres que usam burca no país

5 milhões
de muçulmanos vivem na França

PARA ENTENDER
Sarkozy alega preservar raiz cultural do país
A proibição do uso de véus que cubram o rosto inteiro na França entra em vigor depois de um ano de debates e campanhas pró e contra a medida. Apoiadores do governo de Nicolas Sarkozy consideram a lei um passo necessário para a preservação da cultura francesa e para o combate do que eles consideram tendências separatistas entre os muçulmanos da França. Considerada difícil de aplicar, a legislação não menciona o Islã em texto. Segundo as novas regras, porém, os policiais franceses não têm o direito de mandar as muçulmanas tirarem os véus no meio da rua e são obrigados a acompanhá-las a uma delegacia para que elas sejam identificadas. Os muçulmanos criticam a medida, alegando que ela fere a liberdade religiosa. Os principais movimentos islâmicos franceses calaram-se ontem, mas muitas muçulmanas têm planos de continuar usando os véus.
Fonte: Estadão
Advogada da família de Mohamed Merah defende que ele foi "liquidado"
Zahia Mokthari, advogada contratada pelo pai de Mohamed Merah, para processar o corpo de elite da polícia francesa RAID pela morte do jovem franco-argelino, autor confesso de sete mortes em Toulouse e em Montauban, segundo versão das forças de segurança francesas. 

Zahia Mokthari afirmou, no domingo, em conferência de imprensa, em Argel, que tem provas de que o alegado jiadista foi "liquidado" pela corpo de elite da polícia e assegura, segundoelpais.es, que tem "dois vídeos idênticos de 20 minutos cada um, nos quais se ouve Mohamed Merah dizer aos polícia ‘por que me matais’ e ‘estou inocente’"

Segundo a mesma fonte, a advogada sustenta ainda que esses vídeos são autênticos e que lhe foram entregues por "pessoas que participaram nos fatos e que querem que a verdade seja conhecida". Recorde-se que os RAID afirmaram que foi dada, até ao fim, oportunidade a Mohamed Merah de se render, mas que se viram obrigados a disparar contra ele, por ele os terem recebido em "atitude de combate", quando entraram no apartamento onde se tinha entrincheirado. 

A advogada defende ainda que Mohamed Merah "foi manipulado pelos serviços secretos franceses e que, depois, foi liquidado para nunca se soubesse a verdade". Mas esta versão – recorda o elpaís.es - foi firmemente desmentida na semana passada pelo chefe da Direção Central de Informações Internas, Bernard Squarcini. Merah, disse Squarcini, "não trabalha para os serviços franceses nem para os serviços estrangeiros".

Zahia Mokhtari afirmou ainda, durante a referida conferência de imprensa, que enviou à Justiça francesa "uma primeira lista com nomes de um responsável dos serviços secretos franceses e de outras pessoas com diferentes nacionalidades que trabalharam com Merah para fossem ouvidas durante o processo".

O governo francês não reagiu para já às declarações de Zahia Mokthari e tinha anteriormente rejeitado uma moção do Partido Socialista Francês que pedia para que Squacini e outros chefes dos serviços secretos fossem ouvidos sobre o caso em comissão do Senado.

Segundo revelou a autópsia, Mohamed Merah morreu em resultado de um tiro na cabeça e outro no abdomen, e o seu corpo foi cravado com 20 balas durante o assalto do RAID. A polícia alega que ele confessou ter assassinado sete pessoas em Montauban e em Toulouse, nos dias 11 e 19 de Março. 
Fonte: A bola.pt

Sarkozy: islâmicos presos tramariam ataques


O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse nesta terça-feira a um grupo de islâmicos detidos na semana passada que havia a possibilidade de eles estarem preparando ataques contra o país.
A polícia francesa prendeu na semana passada 19 pessoas que têm ligações com extremistas muçulmanos em toda a França, e na ocasião também apreendeu armas. Sarkozy disse que aqueles presos constituíam uma ameaça à segurança do país.
"Há uma investigação judicial em curso e existem sérios elementos nesse sentido", afirmou o presidente francês em uma entrevista à TV "station Canal Plus".
"As autoridades francesas vão deportar todos os estrangeiros que defenderem o ódio e a violência", acrescentou Sarkozy.
Fonte: Diário do Grande ABC




A Opinião:
Essa questão não é franceses e muçulmanos, trata-se de uma estratégia política de um homem que vê sua popularidade cair e que busca resgatar o prestígio próximo das eleições.
A estratégia utilizada pelo Nicolas Sarkozy é a mesma utilizada por governantes dos Estados Unidos. Primeiro o George W. Bush, que ao se ver perdido no governo, encontrou uma solução após o 11 de setembro ao declarar guerra ao terror. Depois Barack Obama, visto como uma solução e desapontando muitos pelo mundo, buscou se reerguer ao assassinar Osama Bin Laden.
Eleger um inimigo comum, fazer com que pareça uma ameaça nacional e até mundial e aparecer como herói funcionou no passado e pode funcionar novamente no presente. E depois os muçulmanos é que são os terroristas.

domingo, 11 de março de 2012

Bombardeios na Faixa de Gaza


O Fato:



Sobe para 18 os mortos por bombardeios israelenses em Gaza


Um civil de 52 anos morreu em Gaza neste domingo em um novo ataque aéreo israelense, o que elevou para 18 o número de palestinos que perderam a vida desde sexta-feira na maior espiral de violência na região desde outubro, informaram fontes de hospitais.
O homem morreu em um bombardeio aéreo israelense no sudeste da Cidade de Gaza, detalhou o porta-voz dos serviços de emergência da faixa, Adham Abu Salmiya. O Exército israelense alegou estar investigando as informações.
Trata-se da terceira morte do dia na faixa, depois que um menino de 13 anos e um miliciano perderam a vida nesta madrugada em dois bombardeios aéreos.
O pequeno Ayub Amre Asalia foi atingido por um míssil israelense quando ia para a escola neste domingo - dia em que começa a semana escolar em Gaza - ao leste do campo de refugiados de Jabalya, no norte da faixa, informou a agência oficial palestina Wafa.
Outras duas crianças, uma delas de 7 anos, ficaram feridas no bombardeio. Além disso, um miliciano de 24 anos e membro do braço armado dos Comitês Populares de Resistência morreu atingido por disparos no bairro Zeitoun da Cidade de Gaza, informou o porta-voz dos serviços de emergência na faixa, Adham Abu Salmiya.
O Exército israelense confirmou em comunicado ter atacado do ar "um comando terrorista que estava na fase final de preparação para lançar foguetes contra Israel a partir do norte de Gaza e dois locais de lançamentos de foguetes" na mesma região.
Os bombardeios deste domingo elevaram a 18 o número de mortos palestinos -dois deles civis - e a 30 o de feridos - quatro deles em Israel - na maior espiral de violência em torno de Gaza desde outubro do ano passado.
Dez dos milicianos mortos pertencem às Brigadas Al Quds, braço armado da Jihad Islâmica, enquanto os seis restantes são dos Comitês Populares de Resistência.
Os quatro feridos em Israel - um deles em estado grave - são trabalhadores tailandeses que foram atingidos por um dos mais de 100 foguetes e bombas lançados pelos grupos armados de Gaza e que puseram todo o sul de Israel em estado de emergência.
A escalada de violência se iniciou na sexta-feira após o assassinato do secretário-geral dos Comitês Populares de Resistência, Zuhair al Qaisi, e de seu genro Mahmoud Hanani pelo Exército israelense no interior de Cidade de Gaza.
Israel argumenta que matou Qaisi porque preparava um atentado contra seu território a partir do Sinai.
Fonte: Portal Terra
O vídeo abaixo explica a origem e os conflitos até 2009


A Opinião:

Um confronto absolutamente longe de um final feliz. Eis os principais motivos: 
Estamos diante de um território ocupado por dois povos que possuem culturas amplamente diferentes e discordantes e que reivindicam a posse da terra por questões históricas e religiosas.
O Oriente Médio é uma região estratégica por estar na Ásia e ter ligações fáceis com a Europa e a África. E a localização de Israel é privilegiada pois é banhado pelo Mar Mediterrâneo (que facilita a ligação com a Europa) e está muito próximo ao Egito (ligação direta com a África).


O povo judeu está ocupando um território como um visitante indesejado, estão amplamente cercados por árabes, povo que simpatiza com os palestinos. 


A cidade de Jerusalém é sagrada para as principais religiões mundiais, dentre elas o Judaísmo (praticada pelos judeus) e o Islamismo (praticada pelos palestinos) e a sua divisão gera muita controvérsia.
Além disso, a região é árida e os judeus controlam a nascente do Rio Jordão que é uma importante fonte de abastecimento de água para a região.
O curioso nesse confronto é notar a simpatia que o povo nutre pelo lado mais fraco, apesar de haver erros de parte a parte Israel é visto como vilão e os palestinos como vítimas. É óbvio que Israel assassinou um número muito maior de palestinos, mas ninguém considera a diferença de força entre eles. Cada nação ataca com a força que possui. Cabe ao resto do mundo buscar soluções pacíficas e torcer pelo fim das mortes e pela estabilidade de uma região tão importante a nível mundial.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Boko Haram


O Fato:

Seita Boko Haram ameaça cristãos e tropas governamentais

A seita radical islâmica Boko Haram fixou um ultimato de três dias aos cristãos residindo no Norte majoritariamente muçulmana da Nigéria para partirem e ameaça combater as tropas governamentais nas zonas onde o estado de emergência foi decretado.
Um homem afirmando falar em nome do grupo islamista, Abul Qaqa, declarou que Boko Haram – seita reclamando dos talibãs afegãs – dava “um ultimato de três dias aos cristãos para deixar o Norte da Nigéria”.
“Desejamos também apelar aos nossos irmãos muçulmanos do Sul (majoritariamente cristã ) a voltar para o Norte porque temos provas que eles vão ser atacados”, acrescentou em língua Hausa, utilizada particularmente no Norte.
O presidente Goodluck Jonathan decretou o estado de urgência nesse fim de semana em várias zonas da Nigéria contra a violenta seita islâmica Boko Haram quando o país entrava num novo ano com a morte de pelo menos 50 pessoas num conflito entre comunidades.
Essas medidas intervêm após os ataques reivindicados por Boko Haram que causou 50 mortos no natal por uma bomba à saída da missa.
Fonte: Angola Press


A Opinião:

Pelo segundo ano consecutivo um ataque terrorista obtém êxito contra cristãos durante o Natal, parece que os confrontos na Nigéria ainda não chamaram a atenção da comunidade internacional.
Será que a Otan, que lutou tanto para "libertar" o povo da Líbia da ditadura, não fará nada pela população da Nigéria?
A Nigéria possui reservas de petróleo, porque então ainda não houve manifestação por parte da Otan?
Reduzir os motivos dos confrontos apenas ao interesse pelo petróleo é bobagem, a diferença entre a Líbia e a Nigéria é a posição estratégica ocupada pela Líbia que fez com que valesse a pena para a Otan intervir na região.
A Líbia localiza-se no norte do continente africano, próxima a Europa e ao Oriente Médio e com saída para o Mar Mediterrâneo.
Já a Nigéria está na parte subsaariana da África, mais distante dos mercados europeu e norte-americano, possui uma população muito numerosa e mais de 200 etnias diferentes em constantes conflitos.
Entre a Líbia e a Nigéria, que nação precisaria mais da intervenção da Otan? A Nigéria. Porém que nação ofereceria maior retorno financeiro e estratégico? A Líbia. Essa é a Guerra S.A. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cientistas criam novo vírus letal


O Fato:

Cientistas criam vírus capaz de matar 6 em cada 10 infectados

Parece um roteiro de Hollywood, mas é bastante real. Cientistas europeus e americanos criaram em laboratório uma linhagem mortal do vírus da gripe aviária, capaz de infectar e matar milhões de pessoas, segundo revelou uma reportagem exclusiva publicada pelo jornal inglês "The Independent". A notícia gerou temores entre especialistas em biossegurança de que as informações caiam nas mãos de terroristas que possam usar o agente como arma biológica de destruição em massa. O governo dos EUA pediu ontem que a sequência genética do vírus alterado não seja revelada na publicação do estudo.
Há o temor também de que um acidente acabe deixando escapar o micro-organismo. Alguns cientistas questionam se esse tipo de pesquisa poderia ter sido feita num laboratório de universidade e não numa instalação militar. "O medo, ao se criar algo tão mortal assim, é que se transforme numa pandemia global, com altas taxas de mortalidade e custos excessivos", explicou um conselheiro científico do governo americano, na condição de anonimato, ao jornalista Steve Connor, do periódico inglês. "O pior cenário nesse caso é muito pior do que se pode imaginar".
Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram provocar uma mutação na linhagem H5N1 da gripe aviária, tornando-a mais facilmente transmissível pelo ar. A linhagem da gripe aviária matou centenas de milhares de aves, desde que foi descoberta pela primeira vez, em 1996, mas, até agora, infectou apenas cerca de 600 pessoas que tiveram contato direto com as aves doentes.
O que torna o H5N1 tão perigoso, no entanto, é que ele matou cerca de 60% das pessoas infectadas — tornando-o uma das mais letais formas de influenza na História moderna — uma capacidade de matar moderada apenas por sua inabilidade (até agora) de se espalhar facilmente entre humanos. O vírus alterado em laboratório, no entanto, se transmite facilmente entre os humanos.
Cientistas que realizaram a controversa experiência descobriram que é mais fácil do que se imaginava transformar o H5N1 numa linhagem altamente infecciosa de gripe. Eles acreditam que o conhecimento adquirido com o estudo seria vital para o desenvolvimento de novas vacinas e drogas. "Trata-se de uma pesquisa muito importante", afirmou a diretora de políticas científicas do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, que patrocinou o estudo, Amy Patterson. "À medida que os vírus evoluem na natureza, queremos estar preparados para saber detectar rapidamente mutações que podem indicar que eles estão se aproximando de uma forma que o torne capaz de cruzar a barreira das espécies mais rapidamente".
Mas os críticos dizem que os cientistas colocaram o mundo em risco ao criar uma forma de gripe extremamente perigosa. Cientistas têm poucas dúvidas de que a nova linhagem de H5N1 criada — resultado de apenas cinco mutações em dois genes-chaves — tenha o potencial de causar uma pandemia humana devastadora que poderia matar dezenas de milhões de pessoas. O estudo foi feito em furões, que, quando infectados com influenza, são considerados os melhores modelos animais para se estudar a doença humana.
Os detalhes do estudo são considerados tão delicados que foram examinados pelo Conselho Nacional de Ciência para Biossegurança do governo americano, que pediu às revistas "Science" e "Nature", às quais o estudo foi submetido, que não publiquem a sequência genética completa. "Essas são áreas da ciência em que a informação precisa ser controlada — afirmou um cientista do conselho, que falou na condição de anonimato ao "Independent". — Os exemplos mais extremos são, por exemplo, como fazer uma arma nuclear ou qualquer arma que possa ser usada para matar pessoas. Mas as ciências biológicas não tinham se deparado com uma situação dessas antes. É realmente uma nova era.
O estudo foi feito por um grupo de cientistas holandeses coordenado por Ron Fouchier, do Centro Médico Erasmus, em Roterdã; e também por Yoshihiro Kawaoka, da Universidade de Wisconsin-Mas, nos EUA. "Descobrimos que isso é, de fato, possível e mais fácil do que se imaginava. No laboratório, foi possível transformar o H5N1 num vírus de transmissão por aerossol que pode se espalhar rapidamente pelo ar", informou Fouchier em comunicado oficial. "Esse processo também poderia ocorrer num ambiente natural."
Para justificar a experiência, ele afirmou: "Sabemos por qual mutação procurar no caso de um surto e poderemos, então, interrompê-lo antes que seja tarde. Além disso, a descoberta ajudará no desenvolvimento de vacinas e remédios." Alguns cientistas questionaram se esse tipo de pesquisa deveria ser feito num laboratório de universidade, sem a segurança contra terroristas existente em instalações miltiares. Eles ressaltaram também que vírus experimentais já escaparam acidentalmente de laboratórios aparentemente seguros em outras ocasiões, causando epidemias humanas — caso da gripe de 1977.
"Há quem diga que um trabalho como esse não deveria nunca ser feito ou teria de ser em um local onde toda a informação pudesse ser controlada", afirmou uma fonte próxima ao Conselho de Biossegurança. "A tecnologia (de engenharia genética) é hoje comum em muitas partes do mundo. Com a sequência genética, é possível reconstruí-lo. Por isso a informação é tão perigosa".
 
Fonte: pernambuco.com

Eles querem fazer de novo, veja o vídeo abaixo:


A Opinião:

O terrorismo midiático é o pior tipo de terrorismo. Causa histeria global pela habilidade com que conseguem transmitir credibilidade em mentiras construídas.
Com que objetivo os cientistas criariam um vírus letal? Trata-se de um blefe ou é real? Esse vírus foi testado em seres humanos? Como confiar nos resultados?
E a principal pergunta: Quantas pessoas vão refletir após ler essa notícia?
A mídia bombardeia, o povo acata e treme, e assim, os objetivos são alcançados, ainda que a custa de milhões de inocentes.
E quem alerta é visto como louco que elabora teorias da conspiração. Bem, o importante é buscar o equilíbrio, ouvir os dois lados e tentar buscar a verdade.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Piratas da Somália




O Fato:

Embarcação italiana é atacada por piratas na Somália

A embarcação Montecristo, da companhia italiana D'Alessio Group, foi atacada por piratas nesta segunda-feira (10), próximo à Somália. Cinco homens armados invadiram o barco.Ao todo, há 23 pessoas a bordo, sendo sete italianos. Também há ucranianos e indianos.A companhia perdeu o contato com o navio na manhã de hoje. A embarcação levava um carregamento de sucata e ferro ao Vietnã. Ela havia partido do Canal de Suez.A unidade de crise do Ministério das Relações Exteriores da Itália já foi acionada e está em contato com familiares da tripulação.

Fonte: DCI

 

A Opinião:

A costa da Somália é das mais perigosas do mundo para a navegação comercial. Segundo o jornal espanhol El País, nos primeiros seis meses deste ano houve 266 ataques de piratas contra barcos estrangeiros, 70 a mais do que no mesmo período de 2009.

Ao sequestrar esses navios os piratas da Somália conseguem dinheiro para continuar comprando armas e munições para uma guerra civil de mais de 20 anos.

A situação na Somália é extremamente tensa, mas como não há petróleo ou riquezas atraentes para a OTAN, ninguém se move, não buscam solucionar o problema e trazer a paz para um povo tão sofrido.

Se existe um país onde a intervenção seria necessária, essa nação é a Somália. Mas infelizmente os paladinos da justiça mundial estão ocupados demais, armando os rebeldes para "salvar" a Líbia. 

 
 

domingo, 11 de setembro de 2011

10 anos do atentado ao WTC


Os fatos e as versões:

World Trade Center foi criado em meio a "febre de arranha-céus". Conheça a história

O reinado do World Trade Center como complexo que incluía os edifícios mais altos do mundo - as Torres Gêmeas, com 110 andares cada - foi curto. As torres abriram em 4 de abril de 1973, e só foram superadas pela Sears Tower (hoje Willis Tower), de Chicago, em 1974. A corrida rumo ao topo em Nova York, no entanto, começou em 1889.
Naquele ano, a França erguia a Torre Eiffel para a Feira Internacional em Paris, como um marco dos cem anos da Revolução Francesa. Enquanto isso, em Nova York, empresários atentos para as inovações em engenharia e arquitetura desenvolvidas para a construção da torre francesa pensavam literalmente grande. Dessa união de fatores surgiu o Tower Building, com seus 13 andares - até então inéditos na cidade.
O edifício durou até 1914 – mas aí ele já havia deixado de ser o mais alto há quase 20 anos. Em 1894 surge o Empire Building, com impressionantes 21 andares – só superado pelo Woolworth Building, com inacreditáveis 55 andares, inaugurado em 1913.
A briga foi ganha em 1931 pelo Empire State Building, com seus heroicos 102 andares - ainda hoje um dos cartões postais mais famosos de Nova York e do mundo. O título de mais alto do mundo ficou com o edifício até surgirem as Torres Gêmeas do World Trade Center.
A ideia do WTC começa a nascer em fins dos anos 40 e começo da década de 50, como apenas um edifício, que teria 70 andares. O presidente do banco Chase Manhattan, David Rockefeller, criou assim a Associação para o Desenvolvimento da Região Central e da Baixa Manhattan, para revitalizar a cidade e aproveitar o papel central que Nova York passava a ter na economia global.
Em 1962, a ideia ganha força junto ao governo, e a região da baixa Manhattan - delimitada pela rua 14 ao norte, a leste pelo rio Leste, ao sul pelo porto de Nova York e a oeste pelo rio Hudson - começa a passar por transformações. Na área dos 13 quarteirões que seriam desocupados e demolidos para a construção do conjunto ficava a “Radio Row” (“Rua dos Rádios”, em tradução livre), conhecida por esse nome até então por concentrar muitas lojas de eletrodomésticos.
Os EUA continuaram a ser os campeões das alturas até 1996, quando a coroa então mudou inclusive de continente: a Willis Tower cedeu lugar ao complexo Petronas Towers, em Kuala Lumpur (Malásia), e seus 452 m - mas isso devido à agulha da torre; em andares, a Willis continuou a mais alta (108, contra 88 da torre asiática).

Fonte: R7

O Atentado e suas versões:






Notícia publicada no dia seguinte ao atentado: 

Atentados podem recriar a unidade perdida dos EUA

Houve só um momento, na história americana, comparável ao ataque terrorista que começou (e espera-se que tenha acabado) na manhã de ontem. Foi Pearl Harbor. Sabemos no que deu.
Forçou o ingresso (que já era inevitável) dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Solidificou a coesão nacional. Identificou os norte-americanos com seu governo - mesmo aqueles que não tinham simpatia nenhuma pela Presidência de Roosevelt.
Também dispôs todos aos sacrifícios necessários para encarar a guerra e ganhá-la. Submeteu à prova de fogo uma geração que ainda hoje é miticamente considerada, nos Estados Unidos, como a maior de todas. Enfim, produziu décadas de uma primazia norte-americana, econômica e cultural, que ainda dura.
O ataque de ontem tem toda a chance de desencadear os mesmos efeitos, a começar pela unidade nacional em torno de um governo que antes disso era desacreditado. Eu mesmo não saberia onde encontrar, hoje, a vontade de criticar o presidente Bush. Por um momento, até gostei de suas palavras.
Os norte-americanos passarão pela redescoberta de uma solidariedade talvez esquecida. Consegui falar com uma amiga, normalmente temerosa, de nariz empinado, no Upper East Side de Nova York: ela estava correndo para doar sangue.
Reencontrarão os valores americanos, atrás dos sonhos de sucesso material e de consumo que prevaleceram nas últimas décadas. Outro amigo, em Nova York, notou que Wall Street fechou e que, com a ruína das torres do World Trade Center, muitas operações financeiras serão atrapalhadas durante dias.
Argumenta que, se essa era uma das intenções dos terroristas, tanto pior para eles: o que importa é que durante dias os americanos nem olharão para os índices Dow Jones e Nasdaq. Talvez redescubram nessa ocasião, acrescenta, que o orgulho nacional tem outras razões além da prosperidade.
A América do começo do século 21 era, até hoje, um país ideologicamente hesitante. Para definir-se, faltava-lhe um adversário, pois o inimigo comunista havia sumido. Só sobrava, como glória nacional, justamente a riqueza - um ideal facilmente desprezível. O multiculturalismo, também, tornava problemático invocar os valores americanos.
Ora, graças aos atentados de ontem, essa fase pode ter acabado - sobretudo porque o novo inimigo não é um governo imperialista ou expansionista como a Alemanha nazista ou o Japão imperial. É um inimigo ideológico: uma concepção do mundo e da vida oposta aos fundamentos da cultura ocidental moderna.
A América, a partir de hoje, poderá voltar provavelmente a desempenhar aquele que sempre foi seu melhor papel: o de defensora da civilização contra a barbárie.
Os Estados Unidos perseguirão todo país que, de uma maneira ou de outra, aparecer como cúmplice dos terroristas que conceberam e realizaram o ataque. É difícil imaginar qualquer outra potência em posição ou com alguma razão de contestar esse direito. Nem a Rússia nem a China. Mesmo uma boa parte dos países árabes concordará, de coração ou por medo.
É possível, com isso, que o ataque de ontem tenha definitivamente alterado a organização política do planeta, sobrepondo a todos os conflitos (econômicos, políticos ou ideológicos) uma divisão cultural. Haverá, de um lado, os que acreditam no ideário da razão ocidental e, de outro, um pequeno (ou grande) catálogo de fundamentalismos. E haverá a necessidade de se declarar.

Fonte: Folha on-line (12/09/2001)

O link abaixo mostra algumas teorias da conspiração relacionadas aos ataques de 11/09/2001:

Custos da guerra pós-atentados do 11/09 podem chegar a US$ 4 trilhões, diz professora de Harvard 

Um alvo fácil: o prédio do Pentágono fica às margens do Rio Potomac, cercados por enormes estacionamentos. Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, o terrorista Hani Hanjour pilotava o Boeing-757 a baixa altitude e estava em aceleração total, a 850 km/h, quando atingiu o comando militar americano.
A explosão fez o prédio, um dos maiores do mundo, tremer. Ao todo, 184 pessoas morreram. Porém, em pouco tempo, no centro nervoso das Forças Armadas americanas, começou a ser planejada a resposta militar aos ataques terroristas.
A decisão inicial foi atacar o regime Talibã, que protegia a rede terrorista al-Qaeda de Osama bin Laden no Afeganistão. A maioria dos americanos e governos de 56 países apoiaram a iniciativa, mas o então presidente George W. Bush decidiu ampliar a resposta com uma segunda guerra e os Estados Unidos invadiram o Iraque.
Dez anos depois, o custo dessas duas decisões ainda se acumula: em vidas, dinheiro e em mudanças na sociedade americana. Mais de 100 mil soldados americanos ainda lutam na Guerra do Afeganistão, que se tornou a mais longa da história dos Estados Unidos. No Iraque, depois de sete anos, a retirada das tropas de combate já foi concluída, mas o governo americano ainda mantém no país milhares de soldados somente para treinamento das forças locais.
Mais de seis mil militares de 20 países morreram nas duas guerras. No Afeganistão, as mortes de civis chegaram a quase nove mil. No Iraque, as estimativas variam de 100 mil a 1 milhão de civis mortos no conflito.
William Galston foi assessor na Casa Branca durante os anos 90 e, hoje, integra o respeitado Instituto de Pesquisa Brookings, em Washington. Para ele, a invasão do Iraque foi a ofensiva errada, no país errado, no momento errado. Galston tem certeza de que Bush acreditava que o então presidente do Iraque, Saddam Hussein, tinha armas de destruição em massa e afirma: “O que ele não teve foi o cuidado de verificar se as conclusões a que chegou estavam bem fundamentadas. Portanto, Bush levou o país na direção errada”.
Donald Rumsfeld era o encarregado de planejar e executar a invasão do Iraque. O então secretário de Defesa deixou a Casa Branca em 2006. Hoje, aos 79 anos de idade, ele defende a ação do governo Bush e diz que não subestimou o custo da guerra.
Quando a invasão começou, o ex-secretário estimou que ela teria apenas seis meses de duração e custaria US$ 50 bilhões: “Eu não disse isso”, afirma Rumsfeld. “Eu escrevi, sim, um memorando ao presidente falando de custos, mas mostrando que as projeções podiam dar errado”, explica.
Em um documento, Rumsfeld afirma que a guerra custaria menos de US$ 50 bilhões, mas ele explica: “Não eram números meus, eram números orçamentários. Eu repeti dezenas de vezes que não sabia quanto a guerra iria custar nem quanto tempo iria durar”, ele diz.
Qual foi então o custo real do 11 de setembro? “O povo americano não vive aterrorizado”, ele responde. “O governo tomou a decisão de avançar contra os terroristas para proteger o povo americano e teve enorme sucesso. Em dez anos, nenhum outro ataque terrorista foi concluído nos Estados Unidos", completa Rumsfeld.
Linda Bilmes, professora de orçamentos e finanças públicas na Universidade Harvard, faz uma avaliação diferente. Ela é co-autora do livro “A guerra de US$ 3 trilhões, o custo real da guerra do Iraque” e afirma que os custos continuam a crescer com o tratamento de veteranos feridos e os gastos militares que ainda hoje são feitos no Iraque.
Para Linda Bilmes, o valor já está perto dos US$ 4 trilhões, cerca de 80 vezes o valor citado inicialmente por Donald Rumsfeld. E ela diz que, mais do que o gasto direto, a guerra do Iraque criou outros graves problemas. Um deles foi o endividamento do governo americano: “Os Estados Unidos estão sofrendo por falta de investimento, basta andar na rua para ver isso. Todo aquele dinheiro poderia ter sido gasto aqui. Nós vamos viver com as consequências disso por muito tempo”, conclui Linda Bilmes.
Durante sete anos, George W. Bush tentou capturar o principal responsável pelos ataques de 11 de setembro, mas a notícia que os americanos esperaram por quase uma década foi anunciada em maio deste ano, pelo sucessor dele, Barack Obama. O terrorista Osama bin Laden estava morto.
O paradeiro do chefe da al-Qaeda foi descoberto a partir de um minucioso trabalho de inteligência feito pelo Serviço Secreto Americano. Bin Laden foi morto em um esconderijo a 100 quilômetros de Islamabad, capital do Paquistão, um dos países que mais receberam dinheiro e apoio dos Estados Unidos.

Fonte: (Adaptado) Jornal Nacional 

 O link abaixo traz muitas informações sobre o mundo pós 11/09/2001:

O mundo após 11 de setembro de 2001

 

10 acontecimentos que moldaram o mundo depois do 11 de Setembro

1. Guerra ao terrorFoi com esta formulação vaga que George W. Bush respondeu ao 11 de Setembro, mas o plano foi objetivo: derrotar o regime dos talibãs no Afeganistão e destruir a rede terrorista da al-Qaeda, bem como os seus campos de treino. Em 2002, já com Cabul livre do regime fundamentalista, o Presidente norte-americano inclui o Iraque num "eixo do mal" composto ainda por Irã e Coreia do Norte, por ter armas de destruição maciça, que afinal não existiam. No ano seguinte, sem o apoio das Nações Unidas, EUA e Reino Unido derrubam o regime de Saddam Hussein, que acaba enforcado. A guerra ao terrorismo fica também marcada pela perda de liberdades individuais e de privacidade nos EUA (e em aeroportos de todo o mundo), por abusos e práticas de tortura aos prisioneiros em Abu Ghraib e Guantánamo. Apesar de vários planos terem sido descobertos, Bali, Madrid, Beslan, Londres e Mumbai foram alvo de atentados de grande dimensão.
2. Ascensão da China e de outros paísesO mundo dividido em dois blocos acabou com a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética. Mas a mudança deu-se antes, no princípio dos anos 80, quando a China comunista de Deng Xiaoping lançou as zonas econômicas especiais que atraíram desde cedo multinacionais como a Coca-Cola. A explosão da economia chinesa deu-se na última década. O "Império do Meio" é hoje a fábrica do mundo. Tem a segunda maior economia e a sua combinação paradoxal de governação socialista e mercado capitalista, mão-de-obra infindável e (ainda) barata é imbatível. Mas outras potências emergem, casos da Índia e do Brasil (este em especial, ao combater com sucesso a pobreza e ao reduzir as desigualdades sociais). O Ocidente perde peso e relevância.
3. Grandes tragédiasOs ataques do 11 de Setembro fizeram 2.996 mortos. Um horror mas, ainda assim, gotas em comparação com os desastres de enormes proporções que atingiram outros cantos do planeta. Em Dezembro de 2004, os efeitos do sismo e consequente tsunami que se registou no Oceano Índico e que afetou em especial a Indonésia, o Sri Lanka, a Índia e a Tailândia. No total morreram 226 mil pessoas e mais de dois milhões foram afectadas. Números dantescos que o terramoto de Janeiro de 2010 no Haiti conseguiu rivalizar: o paupérrimo país perdeu 222 mil habitantes e quase 3,5 milhões sofreram com o abalo de magnitude 7. Outros desastres naturais de graves consequências foram o furacão Katrina (EUA), o ciclone Nargis (Birmânia), os sismos em Bam (Irã), Caxemira (Paquistão), Java (Indonésia) e Sichuan (China) e a onda de calor que varreu a Europa em 2003. A soma de mortos destes desastres naturais dá uma cifra impressionante: 855 mil, segundo um relatório conjunto da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho.
4. Tsunami e crise nuclear de FukushimaO sismo de magnitude 9 ocorrido em 11 de Março ao largo do Japão, o tsunami e as 900 réplicas que se seguiram tiveram efeitos devastadores em vidas e em destruição. Morreram mais de 15 mil pessoas, cem mil casas desapareceram. Seis meses depois, 85 mil japoneses ainda estão a viver em abrigos. O prejuízo dos danos calcula-se em 157 mil milhões de euros, sem contar com as consequências do desastre nuclear de Fukushima: o terremoto e tsunami destruíram os sistemas de arrefecimento da central, o que provocou explosões e consequentes fugas de radiação, que se mantêm. O acidente veio minar a reabilitação da imagem da indústria nuclear e vários países reequacionaram os seus programas de energia.
5. Crise financeira de 2008-2011Sabe-se quando começou, mas não se sabe quando nem como irá estancar. Por uns apelidada de grande recessão, por outros de depressão menor, a crise financeira iniciou-se com a falência do Banco Lehman Brothers, especializado em produtos de investimento. Foi a face visível da chamada crise do subprime, iniciada quando a alta de juros nos EUA levou a que milhares de pessoas – que tinham créditos à habitação mas não tinham condições para as pagar – ficaram em incumprimento. Com isso, produtos financeiros de risco associados a esse crédito fácil passaram a ser lixo e gigantes financeiros tiveram perdas colossais; outros faliram e até um país, a Islândia, foi pelo mesmo caminho. Os Estados injetaram dinheiro nos bancos para que o sistema financeiro não entrasse em colapso, mas as consequências pagam-se até hoje: vários países com problemas estruturais como a Grécia, Irlanda e Portugal sobreendividaram-se e lutam para cumprir projetos de emagrecimento com planos de resgate, mas a crise de confiança atingiu outros países como a Espanha, Itália, EUA, e quer o euro, quer os mercados bolsistas enfrentam tempos incertos.
6. Redes sociais Depois da popularização do uso dos celulares e do acesso à internet, a propagação das redes sociais foi imparável nos últimos anos. Estão em qualquer suporte, TV incluída, e servem para coisas tão díspares como colecionar amigos virtuais, escrever banalidades ou incitar a revoltas. As aplicações mais populares são o Facebook, com 750 milhões de utilizadores, e o Twitter, com 200 milhões.
7. Eleição de ObamaMarcou o fim de uma controversa presidência, a de George W. Bush, que levou o país – que ficou com uma imagem beliscada no resto do mundo – para dois teatros de guerra, e no campo interno para uma espiral de endividamento. A maioria dos eleitores votou por uma mensagem de esperança que pusesse termo aos conflitos e recolocasse o país na senda da prosperidade, ao mesmo tempo que elegia um cidadão de uma minoria que há 60 anos era tratada como segunda classe. Mas até agora o mandato de Barack Obama – exceto o apaziguamento com o mundo muçulmano e a histórica extensão dos cuidados de saúde – tem sido dominado pela crise e pela oposição encarniçada dos republicanos, maioritários na Câmara dos Representantes.
8. Fim dos vaivéns espaciaisA aterragem do Atlantis, em 21 de Julho, no Centro Espacial Kennedy, na Florida, assinalou o fim do programa de vaivéns espaciais dos Estados Unidos da América. Encerrou-se um capítulo com 30 anos e 135 missões. Os veículos espaciais permitiram aos norte-americanos consolidar a liderança no Espaço – apesar dos tristemente célebres desastres do Columbia e do Challenger –, e pôr em órbita o telescópio espacial Hubble. O programa espacial da NASA fica em suspenso e agora os EUA passam a depender das naves russas para poderem alcançar a Estação Espacial Internacional.
9. Criação do TPICom sede em Haia, começou a atividade em 2002. Tem como objetivo levar a julgamento responsáveis por atos como crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio. Até agora só foram realizadas investigações que levaram a acusações de políticos em países africanos. Muammar Kadhafi e o filho Saif al-Islam são os mais recentes procurados. Muitos países oferecem resistência ao TPI: 40 não ratificaram o tratado (casos de EUA, Rússia, Angola, Moçambique), outros, como a China, Índia ou Indonésia, nem sequer o assinaram. Mas é um avanço na universalidade dos direitos humanos e do direito internacional.
10. Primavera ÁrabeTeve como inspirador o falhado movimento verde do Irã (não árabe, mas muçulmano), nascido em 2009 após as eleições consideradas fraudulentas pela oposição iraniana e pela comunidade internacional. Mas o grito de indignação via redes sociais de dezenas de milhares de iranianos, asfixiados pelo regime dos aiatolas, teve seguidores. Em Dezembro de 2010, a imolação do jovem tunisino Mohamed Bouazizi, por lhe ter sido negada a venda ambulante, ateou fogo ao país e a quase todo o mundo árabe, cuja mistura de ditaduras com elevados níveis de desemprego, desigualdades sociais e pressões demográficas formaram um cocktail que degenerou na queda de Ben Ali (Tunísia), Mubarak (Egipto), Kadhafi (Líbia) e que mantém outros em guarda.

Fonte: (Adaptado) sol.sapo.pt

 

Nova York relembra vítimas do 11 de Setembro

A cidade de Nova York lembra neste domingo os dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 sob o temor de novos ataques e um forte esquema de segurança.
As cerimônias de homenagem às vítimas dos ataques começaram antes das 9h (horário local), com discursos do prefeito Michael Bloomberg, do presidente Barack Obama, com um minuto de silêncio no horário em que a primeira Torre do World Trade Center foi atingida (8h46) e com a leitura dos nomes das quase 3 mil pessoas mortas naquele dia.
O reforço no policiamento da cidade - assim como em Washington e Shanksville (no Estado da Pensilvânia), onde os atentados também deixaram vítimas e onde também serão realizadas cerimônias neste domingo - já era previsto em razão dos eventos.
A segurança, no entanto, foi redobrada nos últimos dias, depois que o governo recebeu informações de que a rede extremista Al-Qaeda planejaria novos ataques contra os Estados Unidos.
O aumento da presença policial é visível em toda a cidade. Na Penn Station, estação ferroviária por onde passam trens de todo o país, é possível ver vários policiais e até militares armados.
Cães farejadores da polícia podem ser vistos em estações de metrô à procura de possíveis artefatos explosivos. Estacionamentos subterrâneos, pontes e túneis e outros locais com potencial para virar alvo de explosões estão sendo intensamente averiguados
A área ao redor do Marco Zero - local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center, derrubadas nos atentados – é palco da principal cerimônia.
Neste domingo, as principais ruas da região estão fechadas para o tráfego, com grandes restrições à passagem de pedestres.
O presidente Barack Obama, que na manhã de sábado se reuniu com a cúpula da segurança para discutir as medidas adotadas para prevenir novos ataques, havia dito que os Estados Unidos "permanecem vigilantes".
Em seu pronunciamento semanal no sábado, Obama mencionou as ameaças de novos ataques. "Nós estamos fazendo todo o possível para proteger nosso povo. E não importa o que apareça no nosso caminho, como nação resiliente que somos, nós seguiremos em frente", afirmou.
A cerimônia no marco zero começou às 8h35 deste domingo (horário de Nova York, 9h35 em Brasília) e está sendo acompanhada por Obama e pelo ex-presidente George W. Bush (que governava o país na época dos atentados), além de várias outras autoridades, artistas e familiares das vítimas.
A cerimônia será interrompida seis vezes. Às 8h46, o primeiro minuto de silêncio marcou o momento exato em que o primeiro avião sequestrado pelos extremistas da Al-Qaeda, o voo 11 da American Airlines, chocou-se contra a Torre Norte do World Trade Center.
O prefeito Michael Bloomberg disse em discurso que o momento é tanto de lembrar o ocorrido como de seguir adiante. "Desde (11 de setembro de 2001), vivemos na luz e na sombra. Crianças cresceram e netos nasceram."
Obama falou em seguida, lendo uma passagem da Bíblia.
Outros cinco minutos de silêncio marcam o choque do voo 175 da United Airlines contra a Torre Sul, o colapso de cada uma das torres, o momento do ataque ao Pentágono, em Washington, e o momento em que o voo 93 da United Airlines, também sequestrado, caiu em Shanksville, na Pensilvânia.
Depois de encerrada a cerimônia, as famílias das vítimas poderão pela primeira vez visitar o Memorial do 11 de Setembro, construído no Marco Zero, que será aberto ao público a partir de segunda-feira.
Diversos outros eventos serão realizados neste domingo para marcar os dez anos dos atentados. Após deixar Nova York, Obama acompanha ainda as cerimônias em Shanksville e no Pentágono.
Em Nova York, além da programação oficial, a passagem da data é lembrada também com diversas homenagens, exposições e instalações que podem ser vistas em museus, igrejas e nas próprias ruas da cidade.

Fonte: BBC Brasil 


A Breve Opinião:

O objetivo desse post não é esgotar o assunto, afinal tem desmembramentos diversos, praticamente em todo o mundo e em todas as áreas de atuação dos seres humanos. Os atentados colocaram os Estados Unidos e, por tabela, o mundo inteiro em um estado de alerta constante, porque foi como se os terroristas dissessem: "Fizemos e somos capazes de fazer novamente e ainda fazer pior". A partir desse dia, todo grande evento fica cercado de cuidados. Existem diversas teorias da conspiração, algumas inclusive bastante plausíveis, porém nos atemos aos fatos, mesmo sabendo que a história acaba sendo contada segundo a versão dos vencedores (ou dos detentores dos grandes meios de comunicação).