O Fato:
Obama: Influência de EUA e Europa não diminui com ascensão de China e Brasil
O presidente dos EUA, Barack Obama, buscou nesta quarta-feira reassegurar o mundo de que a influência dos EUA e da Europa continuam dominantes mesmo com a ascensão de poderes como a China, Índia e Brasil.
"EUA e Reino Unido devem acolher o desenvolvimento (de China, Índia e Brasil), que tirou milhões da pobreza ao redor do mundo e criou novos mercados e oportunidades para nossas próprias nações", afirmou. "Enquanto essa rápida mudança aconteceu, tornou-se comum em alguns lugares questionar se a ascensão dessas nações virá acompanhada do declínio da influência dos EUA e da Europa no mundo. Talvez, continua o raciocínio, essas nações representem o futuro, e o tempo de nossa liderança foi ultrapassado. O argumento está errado. o momento de nossa liderança é agora", afirmou em pronunciamento perante as duas Casas do Parlamento britânico.
"Mesmo que mais nações assumam a responsabilidade da liderança global", disse Obama, "nossa aliança (entre EUA e Reino Unido) continuará indispensável para o objetivo de um século mais pacífico, forte, próspero e justo". "Depois uma década difícil que começou com uma guerra e terminou com uma recessão, nossas nações chegaram mais uma vez a um momento crucial."
Para ele, países como China, Índia e Brasil na verdade devem seu crescimento à liderança dos EUA e da Grã-Bretanha. "O crescimento de China, Índia e Brasil é importante por tirar milhões da miséria,
A Obama foi dada a honra de ser o primeiro presidente americano a falar perante o Westminster Hall, onde foi recebido calorosamente. Ele recontou uma história que começou numa guerra entre dois países divididos por um oceano, mas que se tornaram uma indispensável força global para o crescimento econômico, segurança, democracia e paz.
"O caminho nunca foi tão perfeito", disse Obama. "Mas através das lutas de escravos e imigrantes; minorias das mulheres e étnicas; ex-colônias e religiões perseguidas, aprendemos melhor do que a maioria que o desejo pela liberdade e a dignidade humana não é inglesa ou americana ou Ocidental - é universal."
A Opinião:
Para Hannah Arendt: "A forma extrema de poder é o todos contra Um, a forma extrema da violência é o Um contra Todos".
Poder é a capacidade de satisfazer as vontades individuais ou de um grupo através do uso da força e/ou sedução. E No caso da hegemonia entre as nações, o uso da força travestida de violência só pode ser considerada "racional" caso possua objetivos a curto prazo.
A política externa estadunidense tem sido violenta nos últimos anos e tentam se justificar afirmando que são apenas ataques preventivos (Atirar primeiro e perguntar depois?). A violência de fato transforma o mundo, altera as configurações de poder, reorganiza alianças, mas fundamentalmente, e perdoem o pleonasmo, torna o mundo muito mais violento.
Essa violência pode ser uma tentativa desesperada de manter a hegemonia, esse discurso parece um recado ao mundo, pode-se traduzir como: "Quem manda aqui ainda somos nós, respeitem!"
Resta saber se o BRIC vai continuar na parte de baixo da gangorra.
O debate:
Acredita que o poder dos EUA e da Europa está diminuindo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário