Abaixo uma série de depoimentos sobre o nosso país, escritos esse ano por adolescentes. Vejam se não vão lembrar os pensamentos que tiveram na adolescência de vocês e reflitam sobre as mudanças necessárias em uma sociedade quase inerte.
"Meu nome é Nathália Coelho, tenho 12 anos e moro no Rio de Janeiro. Sempre amei animais e sempre achei que na 'cidade maravilhosa' eles eram valorizados por todos. Porém, vejo animais nas ruas, feridos, abandonados, desnutridos, com todos os tipos de problemas que se possa imaginar. Vejo também que muitos os ignoram, mas eles estão lá, basta ter atenção para ver. Os ajudo da maneira que posso, pois me incomodo tanto com a dor deles que parece que sou eu que a sinto. A única coisa que as pessoas não sabem sobre os animais é que podem maltratá-los, xingá-los, abandoná-los, mas se alguém tentar fazer o mesmo com você, verá que os animais serão os primeiros a te proteger."
"Estou no 8º ano, vivo no Brasil. Uma coisa que me irrita no meu país é a política. As vezes eu paro e penso: no dia das eleições as pessoas vão para os locais determinados e votam, escolhem os seus representantes e, na maioria das vezes, essas humildes pessoas se decepcionam. Por esse motivo, agradeço por ter 13 anos e com isso vai demorar muito tempo ainda para eu ser obrigada a votar." (Lezye Veiga, 13 anos, Brasil)
"Estou no 8º ano, moro em São Gonçalo. Quando ando na rua vejo sempre moradores de rua, isso é um sinal de que existe ainda muita pobreza aqui no Brasil. Apesar disso, muitos estão 'nadando no dinheiro' e nem ligam para isso. Os governantes apenas expulsam os moradores de rua do local e eles vão para outro e é sempre assim." (Wallery Caroliny, 12 anos)
"Estou no 8º ano, moro no Brasil e estudo no colégio Auxiliadora. Sou apaixonada por roupas, quando vou ao shopping não compro muita coisa, mas vejo outras pessoas com várias sacolas gastando todo o dinheiro. Penso: Será que não sabem que enquanto elas estão gastando tudo, tem pessoas lá na rua passando fome? No Brasil tem muita desigualdade social, umas pessoas tem muito dinheiro e outras não tem nem onde dormir. Mesmo sendo nova, percebo essa desigualdade e acho errado. Muitas pessoas só pensam em si, não se preocupam com o futuro. Como estará a sociedade na época dos nossos filhos? Temos e podemos resolver esse problema." (Ana Clara Seixas, 13 anos, Brasil)
"A natureza sempre foi minha maior paixão, porém cada vez mais está se desgastando e as pessoas em vez de ajudar a preservar, estão poluindo e desmatando mais. Eu acho que o ser humano poderia parar e pensar um pouco no futuro. Como poderemos viver sem a natureza?" (Brenda Quintanilha, 13 anos)
"Estou no 8º ano, gosto de andar pelas ruas, mesmo sendo jovem vejo que no Brasil há muita desigualdade social, pessoas dormindo no chão, pedindo esmolas e ninguém toma uma atitude. Acredito que as coisas ainda possam mudar, com certeza haverá alguém que enxergue que a desigualdade social é uma coisa errada, todos temos direito a um lar. Por enquanto, infelizmente, muitos políticos corruptos gastam milhões com shows particulares e mansões em diversos lugares. (Emanuelle Eirim, 12 anos, Brasil)
"Oi, eu adoro jogar futebol. O Brasil é uma fábrica de jogadores e eu queria ser um produto dessa fábrica. Jogo futebol desde os 4 anos de idade e sempre gostei. O que eu não gosto são dos jogadores que levam o jogo na maldade e dos que usam drogas. É isso que estraga uma carreira e ainda podem influenciar as crianças. Isso precisa mudar." (Matheus Domingues, 12 anos, Brasil.)
Bem, os problemas são os mesmos há anos, e num país democrático a solução está ainda nas urnas, no voto consciente e mais do que isso, em um povo consciente dos seus direitos e deveres.
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