Leitura sem fronteiras - Tradutor

Mostrando postagens com marcador problemas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador problemas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Depoimentos sobre o Brasil


Abaixo uma série de depoimentos sobre o nosso país, escritos esse ano por adolescentes. Vejam se não vão lembrar os pensamentos que tiveram na adolescência de vocês e reflitam sobre as mudanças necessárias em uma sociedade quase inerte.

"Meu nome é Nathália Coelho, tenho 12 anos e moro no Rio de Janeiro. Sempre amei animais e sempre achei que na 'cidade maravilhosa' eles eram valorizados por todos. Porém, vejo animais nas ruas, feridos, abandonados, desnutridos, com todos os tipos de problemas que se possa imaginar. Vejo também que muitos os ignoram, mas eles estão lá, basta ter atenção para ver. Os ajudo da maneira que posso, pois me  incomodo tanto com a dor deles que parece que sou eu que a sinto. A única coisa que as pessoas não sabem sobre os animais é que podem maltratá-los, xingá-los, abandoná-los, mas se alguém tentar fazer o mesmo com você, verá que os animais serão os primeiros a te proteger."

"Estou no 8º ano, vivo no Brasil. Uma coisa que me irrita no meu país é a política. As vezes eu paro e penso: no dia das eleições as pessoas vão para os locais determinados e votam, escolhem os seus representantes e, na maioria das vezes, essas humildes pessoas se decepcionam. Por esse motivo, agradeço por ter 13 anos e com isso vai demorar muito tempo ainda para eu ser obrigada a votar." (Lezye Veiga, 13 anos, Brasil)

"Estou no 8º ano, moro em São Gonçalo. Quando ando na rua vejo sempre moradores de rua, isso é um sinal de que existe ainda muita pobreza aqui no Brasil. Apesar disso, muitos estão 'nadando no dinheiro' e nem ligam para isso. Os governantes apenas expulsam os moradores de rua do local e eles vão para outro e é sempre assim." (Wallery Caroliny, 12 anos)

"Estou no 8º ano, moro no Brasil e estudo no colégio Auxiliadora. Sou apaixonada por roupas, quando vou ao shopping não compro muita coisa, mas vejo outras pessoas com várias sacolas gastando todo o dinheiro. Penso: Será que não sabem que enquanto elas estão gastando tudo, tem pessoas lá na rua passando fome? No Brasil tem muita desigualdade social, umas pessoas tem muito dinheiro e outras não tem nem onde dormir. Mesmo sendo nova, percebo essa desigualdade e acho errado. Muitas pessoas só pensam em si, não se preocupam com o futuro. Como estará a sociedade na época dos nossos filhos? Temos e podemos resolver esse problema." (Ana Clara Seixas, 13 anos, Brasil)

"A natureza sempre foi minha maior paixão, porém cada vez mais está se desgastando e as pessoas em vez de ajudar a preservar, estão poluindo e desmatando mais. Eu acho que o ser humano poderia parar e pensar um pouco no futuro. Como poderemos viver sem a natureza?" (Brenda Quintanilha, 13 anos)

"Estou no 8º ano, gosto de andar pelas ruas, mesmo sendo jovem vejo que no Brasil há muita desigualdade social, pessoas dormindo no chão, pedindo esmolas e ninguém toma uma atitude. Acredito que as coisas ainda possam mudar, com certeza haverá alguém que enxergue que a desigualdade social é uma coisa errada, todos temos direito a um lar. Por enquanto, infelizmente, muitos políticos corruptos gastam milhões com shows particulares e mansões em diversos lugares. (Emanuelle Eirim, 12 anos, Brasil)

"Oi, eu adoro jogar futebol. O Brasil é uma fábrica de jogadores e eu queria ser um produto dessa fábrica. Jogo futebol desde os 4 anos de idade e sempre gostei. O que eu não gosto são dos jogadores que levam o jogo na maldade e dos que usam drogas. É isso que estraga uma carreira e ainda podem influenciar as crianças. Isso precisa mudar." (Matheus Domingues, 12 anos, Brasil.)

Bem, os problemas são os mesmos há anos, e num país democrático a solução está ainda nas urnas, no voto consciente e mais do que isso, em um povo consciente dos seus direitos e deveres.


sábado, 21 de janeiro de 2012

Aumento na venda de antidepressivos


O (Preocupante) Fato:



Antidepressivos estão entre remédios mais consumidos pela população


Apesar de serem de uso controlado, os ansiolíticos, ou antidepressivos, estão entre os medicamentos mais consumidos no país nos últimos anos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses inibidores do sistema nervoso central têm sido mais utilizados no Brasil do que muitos medicamentos que não exigem receitas médicas.
Responsável por fiscalizar a produção e a comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, a Anvisa divulgou hoje (20/01) boletim técnico contendo uma série de informações a respeito do consumo de medicamentos controlados.
De acordo com o Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, desde 2007 os antidepressivos feitos a partir de substâncias como o clonazepam, bromazepam e alprazolam são os mais consumidos entre os 166 princípios ativos listados na Portaria SVS/MS nº 344, que inclui também as substâncias usadas em outros medicamentos de uso controlado, como emagrecedores e anabolizantes.
Recomendados para o tratamento de casos diagnosticados de ansiedade, depressão e bipolaridade, os ansiolíticos estão entre os remédios conhecidos por “tarja preta”, que só poderiam ser comprados em farmácias registradas e autorizadas pela Anvisa a comercializar os medicamentos listados na Portaria 344. Não é difícil, contudo, encontrar na internet quem os ofereça como solução para curar a tristeza – qualquer que seja a causa – e até a insônia.
De acordo com a Anvisa, a venda legal de Rivotril – nome com o qual é comercializado o antidepressivo produzido a partir do clonazepam – saltou de 29,46 mil caixas em 2007 para 10,59 milhões em 2010. A Anvisa estima que só em 2010 os brasileiros gastaram ao menos R$ 92 milhões com Rivotril.
Entre os ansiolíticos, o segundo mais comercializado, o Lexotan (bromazepan), vendeu, em 2010, 4,4 milhões de unidades. Já o Frontal (alprazolam) registrou 4,3 milhões de unidades.
Os técnicos chamam a atenção para o grande volume de receitas prescritas por dentistas e médicos veterinários, percentualmente maior que a quantidade aviada por médicos.
Fonte: Correio do Estado



A Opinião:

O ritmo alucinado de vida, marcado pelo excesso de compromissos, a extrema competitividade nos dias atuais, o excesso de notícias ruins e a falta de diálogo e contato humano tornam as pessoas mais ansiosas e/ou tristes.
Essa tristeza e essa ansiedade muitas vezes são confundidas com depressão. E hoje as pessoas estão cada vez mais informadas, acerca de medicamentos por  exemplo, e se entregam mesmo aos antidepressivos e estes se tornaram um negócio bastante lucrativo.
Vivemos em um período onde há farmácias em grande parte das esquinas das grandes cidades e onde qualquer coisa é diagnosticado como um problema sério a ser combatido com remédios. Está indo mal na escola? Deve ser déficit de atenção ou hiperatividade. Vai comer? Cuidado, o que você vai comer pode te fazer mal. Vai sair? Cuidado, estão assaltando e sequestrando. Tem um novo amigo? Tome cuidado, ele pode ser apenas um interesseiro. Quer relaxar? Cuidado, você pode perder o seu emprego. Tempo é dinheiro!
Precisamos cuidar mais uns dos outros, usar as palavras mágicas: "Bom dia, por favor, obrigado, com licença, fico feliz por você". Precisamos reorganizar as nossas prioridades: Deus, família, amigos, saúde, carreira e por fim dinheiro.
O dinheiro é importante, sim, mas sem pessoas ao seu redor por exemplo, você perde a saúde e não consegue sucesso na carreira, restando apenas apelar  para Deus.
É claro que algumas pessoas sofrem realmente de depressão e estas sim devem fazer uso de medicamentos, há momentos em que sofremos muita pressão de uma vez só, ficando mesmo difícil de suportar.
O que sou contra é essa banalização do uso dos ansiolíticos, que causam um verdadeiro "Efeito Zumbi" na população. Não podemos nos convencer que somos problemáticos. O consumismo não pode chegar nas farmácias.




domingo, 8 de janeiro de 2012

Enchentes


Alguns Fatos:



RJ: 60% submersa, Italva estuda decretar estado de calamidade


Com cerca de 60% da cidade tomados pela água após a chuva da madrugada deste domingo, o município de Italva, no noroeste do Rio de Janeiro, estuda decretar estado de calamidade pública, segundo o prefeito Joelson Gomes Soares. Ele diz que mais de 7 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas, cerca de 700 estão desalojadas, e 200, desabrigadas. Em Italva, há 12 mil habitantes.
"O município está perdendo o controle da situação. Depois da chuva que começou na noite de ontem e foi até as 4h da madrugada de hoje, não temos condições técnicas nem financeiras de atender mais a população. A gente está se sentindo impotente diante do que estamos vendo na cidade, apesar de estarmos trabalhando 24 horas por dia, com toda a nossa equipe de prontidão. A situação aqui é muito preocupante", disse o prefeito.
Ele acrescentou que, diferentemente da enchente que ocorreu na cidade na semana passada, desta vez o volume de chuva surpreendeu as autoridades. "A enchente da semana passada foi programada, mas essa não. A previsão era que choveria na nossa região cerca de 30 mm ontem, mas só aqui no nosso município chegou a 130 mm", lamentou.
Foram registrados vários pontos de deslizamento de terra e de muros. Cerca de 30 pessoas tiveram ferimentos leves e estão sendo atendidas em um pronto-socorro improvisado. Soares pediu maior ajuda dos governos estadual e federal. "Talvez seja necessário montar um hospital de campanha, já que o nosso pronto-socorro e o hospital particular que tem aqui estão interditados", contou.
Em outro município da região também foi castigado pela chuva desta madrugada, Itaperuna, a Defesa Civil informou que uma pedra rolou de uma encosta no distrito de Raposo, atingiu uma casa, mas não deixou feridos. Quatro famílias que moravam próximo ao local foram retiradas e uma equipe de engenheiros vistoria os imóveis. Além disso, uma casa na localidade conhecida por Carula, também em Itaperuna, desabou nesta tarde, mas não houve vítimas.
Fonte: Portal Terra

União contra as enchentes

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu por cerca de duas horas, ontem pela manhã, com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e um dos assuntos discutidos foi o apoio do Exército aos estados que sofrem com as enchentes provocadas pelas fortes chuvas.
“Falamos sobre o papel que o Exército tem tido, o apoio que tem dado sobre essa questão das enchentes no Rio de Janeiro, em Minas Gerais”, disse Amorim, em rápida entrevista ao sair do Palácio da Alvorada, onde se encontrou com a presidenta.
Em função do agravamento da situação da chuva e das enchentes em alguns estados do Sudeste, a presidenta antecipou o final das férias e na tarde de ontem se reuniu com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Na última terça-feira, a ministra interrompeu o recesso que tiraria durante toda esta semana e voltou a Brasília para tratar das ações do governo federal relacionas às enchentes.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, também interrompeu as férias, na quarta-feira. No dia seguinte ele esteve no Rio de Janeiro e ontem visitou Minas Gerais.
Crédito - A Caixa Econômica Federal vai prorrogar prazos de vencimento de parcelas do financiamento imobiliário para clientes que vivem em áreas atingidas pelas chuvas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
Fonte: O São Gonçalo


A Opinião:
Durante o verão, pelo menos nos últimos anos, acontecem duas coisas que prejudicam principalmente a população de baixa renda: enchentes e surto de dengue.
É impressionante a incapacidade de prevenir esses acontecimentos que já são previstos até pelos mais ignorantes da nossa sociedade.
A solução sempre fica para o governo seguinte, porque a cobrança não é constante. O povo esquece durante o outono, o inverno e a primavera e é lembrado duramente durante o verão.
A lista de prioridades da sociedade brasileira é estranha, não sabemos o que priorizar, somos um povo anestesiado que se conforma com qualquer solução, ainda que provisória para os problemas.
A forma como a política é conduzida no Brasil com várias alianças e coligações, faz com que o governante fique em dívida com seus apoiadores e com isso indique para secretarias e ministérios pessoas ligadas aos aliados que nem sempre são os mais indicados para assumir o cargo.
Aos especialistas que deveriam ocupar esses cargos, sobra explicar na mídia o que deve ser feito para que o problema não se repita. 
Ao povo cabe engolir a explicação dada pelos governantes: "Choveu em um dia mais do que o previsto para o mês inteiro".
"Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade"



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Os jovens e os refrigerantes


O Fato:


Refrigerante pode ser causa de comportamento agressivo em jovens

Um estudo estadunidense publicado nesta segunda-feira na revista "Injury Prevetion" concluiu que o uso abusivo do refrigerante está relacionado com o comportamento violento em jovens. De acordo com a pesquisa, a bebida pode aumentar em 15% a chance de conduta agressiva.
Foram observados adolescentes que bebem mais de cinco latas por semana de refrigerantes não-dietéticos. Estes, devido ao perfil de consumo estariam mais propensos à atitudes violentas, como portar armas e cometer agressões. A pesquisa foi realiza com 1.878 adolescentes, com idades entre 14 e 18 anos, por 22 escolas públicas de Boston.
Os jovens foram divididos com perfis de consumos diferentes. Aqueles classificados como baixo consumo e alto consumo, de acordo com o número de latas de refrigerante consumidas por semana. Do total, um terço ficou dentro da última categoria.
A pesquisa também realizou entrevistas a respeito do comportamento dos adolescentes com parentes e amigos. Porém, o perfil individual do consumir também pode afetar nos resultados da pesquisa, como gênero, consumo de tabaco, álcool e padrão de sono.
"Pode haver uma relação direta causa-efeito, talvez devido ao conteúdo de açúcar ou cafeína nessas bebidas, ou pode haver outros fatores, não analisados ainda, que relacionem alto consumo de refrigerantes a agressão", aponta o estudo.

Fonte: sidneyrezende.com


A Opinião:
Chegou o século XXI e, o que era muito difícil de ser entendido, está quase indecifrável: O comportamento dos adolescentes.
Para entender melhor é fundamental compreender alguns aspectos que mudaram a rotina da sociedade. Vamos a alguns e estamos abertos a sugestões nos comentários:
1- A alimentação mudou, passamos a consumir mais produtos industrializados e semi-prontos, repletos de cafeína, açúcar, sódio e os aromatizantes para dar cor e sabor. Deixando de lado alimentos naturais, logicamente mais saudáveis. A indústria alimentícia literalmente se alimenta da nossa fome por novidades e total desprezo pelo conhecimento. É gostoso? Então não importa se faz mal.
2- As famílias estão ficando reduzidas, muitos são filhos únicos, outros possuem apenas um irmão. Dessa forma, surge uma geração que "não convive" com irmãos, primos, amigos, enfim...precisam suprir essa carência com bens materiais que não aceitam dividir, simplesmente porque não sabem.
3- A tecnologia ampliou o conforto e o sedentarismo. Para que sair se tudo chega nas suas mãos? Criamos uma geração mal acostumada. 
4- As ideias difundidas por novas e "geniais" pesquisas, que praticamente proíbem as crianças de sofrer. E ai daqueles que causarem sofrimento. Banalizamos a hiperatividade e o déficit de atenção, além de amplificarmos os efeitos nocivos das gozações dos colegas sob o nome de bullying. Tudo traumatiza, tudo faz mal, compreenda as crianças, são apenas fases que não podem ser puladas ou mesmo interrompidas. Cada um aprende ao seu ritmo. Enfim, temos uma sociedade em formação que não é capaz de assumir os próprios erros. É como se a parte mais forte do corpo nesse século fosse o dedo indicador.
5- A terceirização da educação é grave também. Para que estar do lado do filho e ensinar coisas novas? Deixe com os DVDs "Xuxa só para baixinhos". Os responsáveis dizem: "É ótimo, meu filho já sabe todas as letras e dança todas as músicas". Se colocarmos na ponta do lápis, muitas crianças passam mais tempo na frente da televisão e de outros aparelhos eletrônicos do que com os pais. Quando crescem um pouco chega a hora de fazer natação, balé, inglês, futebol, música e depois dessa maratona toda...terapia. 
Enfim, acredito que difícil não é entender o comportamento adolescente, mas sim o dos adultos, que se fazem de cegos deixando tudo acontecer diante dos seus olhos e ainda dizem não saber mais o que fazer. A culpa é do refrigerante....pronto! Tão simples! #Ironiamodeon