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sábado, 21 de janeiro de 2012

Aumento na venda de antidepressivos


O (Preocupante) Fato:



Antidepressivos estão entre remédios mais consumidos pela população


Apesar de serem de uso controlado, os ansiolíticos, ou antidepressivos, estão entre os medicamentos mais consumidos no país nos últimos anos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses inibidores do sistema nervoso central têm sido mais utilizados no Brasil do que muitos medicamentos que não exigem receitas médicas.
Responsável por fiscalizar a produção e a comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, a Anvisa divulgou hoje (20/01) boletim técnico contendo uma série de informações a respeito do consumo de medicamentos controlados.
De acordo com o Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, desde 2007 os antidepressivos feitos a partir de substâncias como o clonazepam, bromazepam e alprazolam são os mais consumidos entre os 166 princípios ativos listados na Portaria SVS/MS nº 344, que inclui também as substâncias usadas em outros medicamentos de uso controlado, como emagrecedores e anabolizantes.
Recomendados para o tratamento de casos diagnosticados de ansiedade, depressão e bipolaridade, os ansiolíticos estão entre os remédios conhecidos por “tarja preta”, que só poderiam ser comprados em farmácias registradas e autorizadas pela Anvisa a comercializar os medicamentos listados na Portaria 344. Não é difícil, contudo, encontrar na internet quem os ofereça como solução para curar a tristeza – qualquer que seja a causa – e até a insônia.
De acordo com a Anvisa, a venda legal de Rivotril – nome com o qual é comercializado o antidepressivo produzido a partir do clonazepam – saltou de 29,46 mil caixas em 2007 para 10,59 milhões em 2010. A Anvisa estima que só em 2010 os brasileiros gastaram ao menos R$ 92 milhões com Rivotril.
Entre os ansiolíticos, o segundo mais comercializado, o Lexotan (bromazepan), vendeu, em 2010, 4,4 milhões de unidades. Já o Frontal (alprazolam) registrou 4,3 milhões de unidades.
Os técnicos chamam a atenção para o grande volume de receitas prescritas por dentistas e médicos veterinários, percentualmente maior que a quantidade aviada por médicos.
Fonte: Correio do Estado



A Opinião:

O ritmo alucinado de vida, marcado pelo excesso de compromissos, a extrema competitividade nos dias atuais, o excesso de notícias ruins e a falta de diálogo e contato humano tornam as pessoas mais ansiosas e/ou tristes.
Essa tristeza e essa ansiedade muitas vezes são confundidas com depressão. E hoje as pessoas estão cada vez mais informadas, acerca de medicamentos por  exemplo, e se entregam mesmo aos antidepressivos e estes se tornaram um negócio bastante lucrativo.
Vivemos em um período onde há farmácias em grande parte das esquinas das grandes cidades e onde qualquer coisa é diagnosticado como um problema sério a ser combatido com remédios. Está indo mal na escola? Deve ser déficit de atenção ou hiperatividade. Vai comer? Cuidado, o que você vai comer pode te fazer mal. Vai sair? Cuidado, estão assaltando e sequestrando. Tem um novo amigo? Tome cuidado, ele pode ser apenas um interesseiro. Quer relaxar? Cuidado, você pode perder o seu emprego. Tempo é dinheiro!
Precisamos cuidar mais uns dos outros, usar as palavras mágicas: "Bom dia, por favor, obrigado, com licença, fico feliz por você". Precisamos reorganizar as nossas prioridades: Deus, família, amigos, saúde, carreira e por fim dinheiro.
O dinheiro é importante, sim, mas sem pessoas ao seu redor por exemplo, você perde a saúde e não consegue sucesso na carreira, restando apenas apelar  para Deus.
É claro que algumas pessoas sofrem realmente de depressão e estas sim devem fazer uso de medicamentos, há momentos em que sofremos muita pressão de uma vez só, ficando mesmo difícil de suportar.
O que sou contra é essa banalização do uso dos ansiolíticos, que causam um verdadeiro "Efeito Zumbi" na população. Não podemos nos convencer que somos problemáticos. O consumismo não pode chegar nas farmácias.




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Estado e os desequilíbrios


O Fato:


Ipea: atuação do Estado no Brasil gera desigualdades em Saúde e Educação

Desequilíbrios regionais e na atuação do Estado ainda se fazem presentes no Brasil principalmente nas áreas de Saúde e Educação, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta terça-feira.

De acordo com a pesquisa “Presença do Estado no Brasil”, o Norte e o Nordeste têm menos profissionais de saúde qualificados e menos médicos por mil habitantes que a média brasileira, que é de 3,1. No Norte, esse número é de 1,9 e no Nordeste, de 2,4, enquanto o Sul e o Sudeste têm igualmente 3,7 médicos por mil habitantes. O Centro-Oeste tem 2,9 médicos por mil habitantes.

Na análise dos números de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) disponíveis para internação, o desfavorecimento das regiões menos desenvolvidas do país também se evidencia. O Sudeste tem 39% deles e o Sul tem 16%, enquanto o Norte tem 7,4%. O Nordeste aparece com 30% dos leitos disponíveis para internação e o Centro-Oeste, 8%. Somente o estado de São Paulo tem 18% do total de leitos de internação na rede pública do país.

"A intenção do Estado de agir na Saúde não é proporcional à população e tampouco onde há casos de mais incidência de doenças. O Maranhão tem 1,3 médicos que atendem ao SUS por mil habitantes e o Rio Grande do Sul tem 4,1. Será que o Rio Grande do Sul tem mais problemas de Saúde que o Maranhão que justifiquem essa desproporção?", questiona Marcio Pochmann, presidente do Ipea.

Rondônia é o estado com o pior índice de frequência escolar

O estudo constatou que no referente à taxa de frequência de crianças e jovens no Ensino Fundamental e no Ensino Médio as desigualdades entre os entes federativos ainda são grandes. Rondônia é o estado que aparece com pior índice entre estudantes de 15 a 17 anos, neste último, com 31,6. Já no Distrito Federal a taxa é bem maior: 68,8.

Também há diferenças no nível de qualificação dos professores pelo Brasil. Segundo Marcio Pochmann, enquanto no Norte 51% dos professores de Ensino Fundamental têm formação superior, no Sul esse percentual é de 82%.

"É inadmissível termos diferenças tão grandes da Educação nos estados. A universalização no Ensino Médio, por exemplo, está muito longe de acontecer no Brasil. Com esse desempenho, o acesso do Brasil à sociedade do conhecimento fica mais difícil. O Estado não está colocando esforços nos estados com maior dificuldade", disse.

Essas desigualdades, segundo Pochmann, mostram que o poder público é insuficiente e atua de maneira ineficiente.

"O Estado atua de maneira não-homogênea no país, o que faz com que as desigualdades aumentem. O Estado está mal colocado na sua presença no território nacional. Se quisermos estar entre as cinco maiores economias do mundo, temos que superar o problema do subdesenvolvimento, que faz com que parcelas da população estejam alocadas em atividades destinadas à sobrevivência", analisa Pochmann.

Pouco mais de 20% das cidades têm salas de teatro e museus

O estudo do Ipea também analisou as áreas de Assistência Social, Segurança, Trabalho, acesso bancário e cultura. De acordo com o levantamento, em dezembro de 2011, o Nordeste era responsável por 51% dos benefícios concedidos pelo programa Bolsa Família, e o Norte, 11%. O Sudeste aparece com 25%, o Centro-Oeste com 5% e o Sul com 8%. Mas o Ipea conclui que é preciso ir além. “Reduzir as desigualdades e a própria pobreza requer esforços paralelos como: aumentar os gastos com Saúde e Educação, para destacar os serviços sociais de maior dimensão; promover uma regulamentação mais eficaz do mercado de trabalho; reformar a política tributária, tornando-a efetivamente progressiva”, diz o estudo.

Na análise da presença da Polícia Civil nos estados, o Ipea mostrou que o órgão está presente em 82% dos municípios brasileiros. A maior parte delas está no Nordeste, que tem 1.794 delegacias, e no Sudeste, com 1.668.

O acesso à cultura é reduzido em várias cidades do país: só 21% delas têm salas de teatro e espetáculo, e 23% têm museus.

Fonte: O diário de Pernambuco

A Opinião:

Uma das principais promessas de campanhas dos políticos é diminuir o fosso da desigualdade social. 
E muitos culpam as grandes corporações pela desigualdade social, mas se esquecem que o principal responsável por essa situação é o Estado.
Os investimentos governamentais privilegiam algumas áreas em detrimento de outras criando assim bairros nobres e áreas de exclusão, que praticamente não possuem acesso aos serviços públicos.
Os investimentos em educação e saúde são reflexos diretos dessa política que privilegia apenas algumas regiões.
Isso sem falar na desigualdade produzida pelos salários dos servidores públicos. A diferença entre o maior salário e o menor salário é abissal e assim o fosso só aumenta.
Um povo inerte, que não conhece a Constituição Federal, que não procura refletir sobre a relação custo/benefício dos impostos que pagam e que possui uma memória curta, pode mesmo ser massacrado pela canalhice de alguns que estão no poder mantendo as coisas como estão.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Saúde inusitada


A cada ano surgem novas alternativas na área de saúde que nos deixam perplexos, pois oferecem alternativas jamais imaginadas dando inclusive a impressão que, no futuro, poderemos escolher como seremos ou quando deveremos morrer. Abaixo dois exemplos:

Os Casos:

EUA tentam conter venda de pirulitos infectados com catapora via internet

Autoridades do Estado americano do Tennessee ameaçaram tomar medidas legais contra pais que comprarem ou venderam pela internet pirulitos infectados com catapora para transmitir, voluntariamente, a doença a seus filhos.
O procurador-geral do Tennessee, Jerry Martin, disse que a prática de enviar vírus e bactérias pelo correio é crime federal nos mesmos moldes que o envio de substâncias usadas em ataques biológicos, como antraz.
O procurador resolveu falar duro depois que emissoras de TV locais divulgaram reportagens mostrando que grupos de pais estão se reunindo em 'festas da catapora' cujo objetivo é fazer com que crianças infectadas com a doença a transmitam para outras crianças saudáveis.
Muitos pais não acreditam nos benefícios da vacina, e preferem que seus filhos sejam contaminados com a doença ainda novos, quando seus efeitos são mais amenos. Uma vez contraída a catapora, o indivíduo cria imunidade para o resto da vida.
Grupos na rede social Facebook, como o "Find a Pox Party Near You" (ou "encontre uma festa da catapora perto de você"), servem de ponto de encontro para que os adultos combinem os eventos.
E quando por razões logísticas os eventos não podem ser realizados, o canal WSMV, de Nashville, mostrou que é possível comprar, na internet, pirulitos lambidos por crianças enfermas, roupas usadas por elas com a doença e inclusive cotonetes contaminados.
A reportagem da emissora conversou com uma mãe de Nashville que vendia por US$ 50 na internet pirulitos lambidos por seus filhos e contaminados com catapora.
"(As crianças) não conseguem mais pegar catapora do jeito normal, simplesmente pegar e ter imunidade para o resto da vida", explicou Wendy Werkit à reportagem.
Entretanto, as autoridades de saúde alertaram para os perigos desta prática. Um médico do Departamento de Saúde do Tennessee disse que, ao expor seus filhos aos fluidos de outra criança, os pais podem estar contaminando-os com uma série de outras doenças desconhecidas.
Ao tomar conhecimento desses casos, o procurador Jerry Martin pediu à WSMV que lhe fizesse uma entrevista sobre o tema.
"A mensagem precisa ser clara para todos os indivíduos que tentem adotar esse comportamento", disse o procurador. "O governo federal e o Departamento de Justiça não vêm com bons olhos a violação de qualquer lei federal, e certamente das leis que cuidam da segurança e a saúde pública", ameaçou.
"Se você tentar expor alguém a um vírus ou doença infecciosa, e usar o correio americano ou o comércio interestadual para enviar material para outra pessoa, você estará se expondo a um processo na Justiça federal."
Fonte: Portal G1

Médico promete transformar olhos castanhos em azuis com uso de laser

Já imaginou poder ter o tão desejado olho azul apenas com um procedimento médico de poucos segundos? Gregg Homer, médico da Califórnia, afirma que isso é possível porque, no fundo, todos têm olhos azuis. "Todo mundo que tem olhos castanhos tem o azul coberto por uma camada de pigmento", explica ele.
O método desenvolvido por ele funciona com um laser que atinge a parte mais clara do olho e da córnea e começa a desfazer o pigmento. O próprio organismo, então, termina o processo. Em entrevista ao Daily News, Homer afirma que o tratamento já foi testado, com sucesso, em 12 voluntários no México.
O procedimento é feito em 20 segundos, com o paciente observando uma tela animada com um dos olhos tapados. Para o processo ser completo, a ação é repetida no outro olho.
Os olhos não ficam azuis na hora. Na primeira semana ficam mais escuros e só depois de um mês é que a mudança completa ocorre, segundo o médico. Uma vez que a pessoa opta por mudar a cor do olho para azul não há mais como voltar atrás.
Só nos Estados Unidos quase três mil pacientes já mostraram interesse em passar pela mudança, mas eles vão precisar de paciência: o médico estima que serão necessários três anos para que o método seja aprovado no país. A cirurgia deverá custar US$ 5.000 (cerca de R$ 8.700).
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina também não aprovou a cirurgia. "O Conselho tem uma câmara técnica que avalia todos os procedimentos, mas esse ainda é experimental, há pouca referência sobre ele na literatura médica", declara o médico Paulo Augusto de Arruda Mello, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Ainda que os oftalmologistas não conheçam todas as eventuais complicações ligadas ao procedimento, fala-se em risco de desenvolver glaucoma e catarata.
De acordo com Mello, o procedimento também causa alterações importantes na estrutura da íris. "O laser promove quebra de pigmento, portanto é evidente que isso pode promover um processo inflamatório na região", explica ele.
Fonte: Uol
A Opinião:

Os dois casos são a primeira vista loucuras, no primeiro caso, fazer com que a criança tenha catapora para criar naturalmente anticorpos e impedir que a mesma tenha essa doença na fase adulta, já que é mais perigosa em adultos do que em crianças. 
A maior parte das grandes descobertas surgem de necessidades humanas, e o segundo caso mostra como estão ficando fúteis as nossas necessidades. Por que não dedicar tempo para descobrir as causas e lutar pela cura do câncer, por exemplo? Será que já sabem mas não podem se pronunciar devido ao poder econômicos dos "elementos causadores"?
Enfim, tanto em um caso quanto no outro, observa-se tentativas inovadoras de ganhar dinheiro, uma oferecendo uma doença para trazer imunidade e outra trocando o coloração dos olhos apenas por uma questão estética fazendo a pessoa "se aceitar melhor", é o Photoshop Real. 
O que esqueceram ou sequer se preocuparam foi de calcular os riscos para os clientes.
O vídeo abaixo tem cenas fortes, mostra pessoas fazendo "tatuagens nos olhos", evite assistir se acha que vai te fazer mal.


 


 

domingo, 6 de novembro de 2011

Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)


O Fato:

Cidades do Norte têm 20 anos de atraso sobre as do Sudeste, diz Firjan

Quando o assunto é qualidade de vida, a diferença entre as cidades mais pobres e as mais ricas do país está diminuindo, aponta uma pesquisa divulgada neste sábado (5) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Mesmo assim, os municípios do Norte ainda têm 20 anos de atraso em relação aos do Sudeste.

O melhor município do país, segundo o levantamento, é Barueri, na Grande São Paulo. Na cidade, há vários condomínios de luxo, que puxam o índice de desenvolvimento para cima. O último da lista é São Félix das Balsas, no Maranhão.

De acordo com o estudo, que leva em conta dados oficiais de 2009, um em cada sete em cada dez municípios do país avançaram em relação ao levantamento anterior. O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000.
Do total, 63% das cidades do país foram consideradas como desenvolvimento moderado ou alto.
O índice varia de 0 (mínimo) a 1 (máximo) para classificar o nível de cada localidade. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
A expectativa é que só em 2037 os municípios do país garantam à população brasileira atendimento básico de saúde, ensino fundamental de qualidade e maior inserção no mercado formal de trabalho, diz a pesquisa.
A concentração, contudo, continua. Das 15 melhores cidades em qualidade de vida, 14 estão em São Paulo. E pela primeira vez apareceu na lista um município do Centro-oeste, Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso.
"Há realmente um fortalecimento, uma consolidação, do Centro-oeste como um grande novo Sudeste. Esses municípios têm tido recentemente um grande aumento de renda e geração de emprego, o que, na verdade, explica grande parte deste resultado", diz Luciana de Sá, coordenadora da pesquisa.
A cidade de Japeri, na Baixada Fluminense, teve a pior classificação no estado do Rio de Janeiro na pesquisa sobre desenvolvimento municipal.
O estudo transforma numa nota o que cada morador já sente no dia a dia, levando em conta itens fundamentais para a qualidade de vida, como educação, saúde, emprego e renda, qual a nota que cada cidade brasileira merece. Todos os 5.564 municípios brasileiros foram analisados no levantamento da Firjan.
Fonte: Portal G1
Todas as informações sobre a qualidade de vida de cada um dos municípios brasileiros podem ser obtidas de maneira simples no link abaixo:



A Opinião:

Através desses índices é possível observar a importância da educação no desenvolvimento de uma cidade e na melhoria da qualidade de vida de um povo. 
Não bastam obras, construções de estradas, aeroportos, portos, estádios, melhorar a rede hoteleira, fazer praças etc. O salto de qualidade sempre será menor se não houver investimentos em educação.
A educação gera, além de uma mão de obra mais qualificada, uma população mais consciente que preserva e luta por melhorias no município.
Vemos todas as cidades do país avançando, algumas com maior velocidade, outras de maneira mais lenta, mas o avanço na última década é visível e pode ser comprovado através dessa pesquisa.
Mas o caminho das pedras para os municípios que querem avançar é investir em educação.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dengue


O (Preocupante) Fato:


Registros de dengue no Estado cresceram 550% este ano, afirma subsecretária

A subsecretária de Estado de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde, Hellen Miyamoto, afirmou que os registros de casos de dengue no Estado, este ano, cresceram 550% em relação a 2010. O anúncio foi feito durante audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), realizada nesta segunda-feira. O estado já registra mais de 160 mil casos e 133 óbitos.

“Os principais fatores para esse grande aumento são o aumento populacional, o abastecimento irregular de água e o significativo aumento de produção de lixo urbano. Temos estimulado todas as prefeituras do estado a trabalharem a mobilização, principalmente agora, no período pré-verão. Precisamos reduzir o número de criadouros de mosquitos”, alertou a subsecretária.
O presidente da comissão, o deputado Bruno Correia (PDT) defende que é preciso se preocupar também com o combate, em vez de somente com a prevenção à doença. “O combate não pode parar por aqui. Pelo que foi apresentado aqui, muito se trabalha para a prevenção e pouco para o combate à dengue. É importante investir na mobilização, mas é primordial investir na qualidade dos agentes de saúde”, explicou.
A subsecretária também informou que o município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, possui o maior número de casos de dengue tipo 4, com 11 ocorrências, o que aumenta a chance da doença se tornar hemorrágica. Oriunda da região amazônica, o vírus ainda é incipiente no Rio de Janeiro, mas pode se proliferar. Por conta das enchentes, Hellen disse que a Região Serrana pode ser facilmente infectada.
Dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde apontam que a vacina contra a dengue ficará pronta somente em cinco ou seis anos. De acordo com Miyamoto, testes já estão sendo feitos na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, e no Instituto Butantã, em São Paulo, mas os resultados atuais mostram que a vacina ofereceria imunidade por até três meses. Testes em seres humanos começarão a ser feitos no ano que vem. No início do mês de outubro, a Secretaria de Saúde lançou a campanha ’10 minutos contra a dengue’, que incentiva moradores a gastarem 10 minutos de seu dia no combate aos focos do mosquito Aedes Aegypti.
Fonte: O dia on-line
A Opinião:

O primeiro surto da doença em que houve isolamento viral, aconteceu em fins de 1981, em Boa Vista-Roraima, obtendo-se 13 amostras positivas para o tipo 1 e quatro para o tipo 4, não detectando-se sinais de gravidade entre os casos notificados.
No período de 1986/87, iniciaram-se extensas epidemias pelo sorotipo 1 nas regiões Sudeste e Nordeste, sendo a maior parte das notificações de casos, provenientes dos Estados do Rio de Janeiro, Alagoas e Ceará. Foram ainda afetados neste período, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e São Paulo. No Rio de Janeiro, foram descritos 5 casos fatais, confirmados posteriormente por estudos anátomo-patológicos.
Em abril de 1990 é detectada a circulação do sorotipo 2 na cidade de Niterói. Em junho/90, em um caso fatal de dengue hemorrágico, é isolado o vírus Dengue 2. Os isolamentos virais revelam a co-circulação de DENV-1 e DENV-2 no Rio de Janeiro, sendo que em 1991, este último, foi o único sorotipo isolado. As manifestações clínicas então observadas, foram mais graves, e são notificados à Secretaria Estadual de Saúde 462 casos de dengue hemorrágico com 8 óbitos.
A partir da epidemia de 1994 no Ceará, em que foi detectada a co-circulação de DENV-1 e de DENV-2, são notificados casos de febre hemorrágica do dengue nos seguintes Estados do Nordeste: Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Bahia.
Em 2000, chama a atenção o registro de casos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)/ Síndrome do Choque do Dengue (SCD) no Estado do Amazonas, Em dezembro/2000 é isolado no município Nova Iguaçu-RJ, o vírus dengue tipo 3 (DENV-3).
Após um aumento do número de casos durante o ano de 2001, ocorre no primeiro semestre de 2002, a maior epidemia observada no Estado e Rio de Janeiro-RJ, são notificados 255.493 casos, incluindo 1895 casos de FHD/SCD e 91 casos fatais.
Texto produzido por Rogério Vals no site do IVD (Instituto Virtual da Dengue - www.ivdrj.ufrj.br)

Começo a falar sobre a dengue com esse texto para mostrar que essa doença não assola o nosso país há pouco tempo. São 30 anos desde o primeiro registro e mais de 20 anos desde a primeira epidemia.

Desde então, ano após ano temos visto muita propaganda sobre prevenção que não têm surtido tanto efeito. 

Onde estão as melhorias nas condições de saúde? Estamos diante de um risco grande de uma nova epidemia de dengue, mas o que revolta é que em todos os verões acontece a mesma coisa. E tem gente que está mais preocupada com a imagem do Brasil há poucos anos da copa.

O mosquito tem menos de 1 cm e já sabemos em que condições ele se reproduz. O que falta para a erradicação dessa doença?


domingo, 30 de outubro de 2011

Epidemias


A Ficção inspirada na realidade:

Ficção inspirada na realidade

O filme Contágio, do diretor Steven Soderbergh, estreou ontem nos cinemas brasileiros. O longa-metragem conta a história da rápida propagação mundial de um novo vírus transmissível pelo ar e que mata em poucas horas e dos esforços das autoridades de saúde e dos cientistas para identificar as causas e conter a pandemia. Em meio a fatos e boatos sobre a gravidade da situação, o pânico acaba se espalhando na sociedade mais rapidamente que o próprio vírus.
Diante da sinopse, impossível não lembrar da recente pandemia de gripe A provocada pelo vírus H1N1, que causou a morte de cerca de 18 mil pessoas, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina para a doença foi aprovada em setembro de 2009 (cinco meses após o surgimento do vírus) e gerou polêmica a respeito de sua segurança e de seus possíveis efeitos colaterais.
Apesar dos boatos, as autoridades de saúde do Brasil consideram que houve uma boa taxa de vacinação da população brasileira. Em agosto de 2010, a OMS anunciou o fim da pandemia do H1N1.
De volta à ficção, Contágio tem elementos que permitem ao espectador entender alguns dos processos envolvidos na investigação de uma epidemia e na corrida em busca da cura ou da prevenção de uma doença.
Segundo especialistas da área de saúde, presentes em uma sessão especial de lançamento do filme realizada ontem (28/10), muito do que é apresentado em Contágio guarda relação com a realidade, como o pânico instaurado na população. “Vivenciamos isso na pandemia da gripe H1N1”, disse Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
O infectologista Mauro Schechter, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e um dos fundadores da Fundação para Pesquisa de Vacina, explicou que o patógeno do filme é inspirado em um vírus real presente em morcegos e inofensivo a esses animais, mas capaz de infectar porcos. No entanto, sua taxa de transmissão é muito maior que a do vírus real. “Além disso, o prazo [de dias] em que ocorre o desenvolvimento científico e a produção e aplicação da vacina no filme é irreal”, destacou.
Fonte: Ciência Hoje
A Opinião:

Será que o Brasil está preparado para enfrentar epidemias? 
Ano após ano sofremos com a dengue, o causador da doença é conhecido, porém apesar de todo o conhecimento está sendo difícil conter a doença.
A rede pública de hospitais sofre com a falta de investimentos. Os pesquisadores sofrem com a falta de verba visando a prevenção e cura de inúmeras doenças. E a educação, que permitiria maior eficácia nas campanhas de prevenção, está sempre em primeiro plano nos discursos políticos, mas nunca em primeiro plano nas ações governamentais.
Com tudo isso, não creio que o Brasil esteja preparado para uma situação como a descrita pelo filme. 
O caos não ficaria apenas por conta da falta de estrutura, mas também pela histeria coletiva do nosso povo subsidiada pela parte da mídia sensacionalista.

 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pesquisa em saúde


O Fato:

Ministro anuncia R$ 1,5 bilhão em quatro anos para pesquisa em saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quinta-feira (8/9), durante encontro com pesquisadores, o investimento de R$ 1,5 bilhão nos próximos quatro anos na área de pesquisa e produção tecnológica no Brasil. Segundo ele, o Ministério da Saúde investirá em novos tratamentos, medicamentos e vacinas para a população.
“Talvez o Brasil seja o único país do mundo que, no meio de uma crise internacional, ousa fazer um anúncio de investimento tão potente. O orçamento é quatro vezes maior do que o aplicado nos últimos oito anos de pesquisa de inovação tecnológica”, afirmou Padilha.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, os recursos, que foram remanejados dentro do orçamento da pasta, serão aplicados em ações definidas no Plano Plurianual 2012-2015. Objetivo, segundo o governo, é alinhar a pesquisa nacional às necessidades da saúde do país.
“A principal causa de mortalidade no nosso país hoje são as doenças cardiovasculares. Que as universidades possam descobrir tratamentos, programas para reduzir mortalidade de doenças como hipertensão e diabetes”, exemplificou o ministro. Segundo ele, investimento para produção de vacina contra a dengue também está entre as prioridades.
Padilha disse que os recursos também servirão para avaliar as políticas públicas implantadas. “Veremos se as nossas iniciativas estão corretas. Por exemplo, lançamos o programa academia da saúde. Onde foi colocada, nossos estudos mostram que ela colabora para reduzir em 50% o uso de antiflamatórios na população. Poderemos avaliar se esse é um resultado que acontece no país inteiro.”
 
Fonte: Portal G1 

A Breve Opinião:

Investir em pesquisas é muito bom, principalmente nas que vão trazer inovações na prevenção de problemas de saúde. Sabe-se que prevenir é melhor do que remediar. Ponto positivo para o governo, mas ainda é pouco, precisamos de cada vez mais.

 

domingo, 10 de julho de 2011

Homens brancos são maioria dos transplantados


O Fato:

Homens brancos são maioria dos transplantados. Negros e mulheres são minoria

Estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os efeitos das desigualdades sociais brasileiras se estendem às cirurgias de transplantes de órgãos como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão. A maioria dos transplantados são homens da cor branca.
De acordo com o estudo, de quatro receptores de coração, três são homens; e 56% dos transplantados tem a cor de pele branca. No transplante de fígado; 63% dos receptores são homens e 37% mulheres. De cada dez transplantes de fígado, oito são para pessoas brancas.
Segundo a análise do Ipea, homens e mulheres são igualmente atendidos nos transplantes de pâncreas; mas 93% dos atendidos são brancos. A maioria absoluta de receptores de pulmão também são homens (65%) e pessoas brancas (77%). O mesmo fenômeno ocorre com o transplante de rim: 61% dos receptores são homens; 69% das pessoas atendidas têm pele clara.
“Verificamos que o conjunto de desigualdades brasileiras acaba chegando no último estágio de medicina”, aponta o economista Alexandre Marinho, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, um dos autores da pesquisa. Ele e outras duas pesquisadoras analisaram dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
O economista não estudou as causas do fenômeno, mas disse à Agência Brasil que a preparação para o transplante pode explicar as razões da desigualdade. Para fazer a cirurgia de transplante, o receptor deve estar apto: eventualmente mudar a alimentação, tomar medicamentos e fazer exames clínicos – procedimentos de atenção básica.
Segundo Marinho, quem depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) - cerca de três quatros da população brasileira - sai em desvantagem, porque tem dificuldade para receber remédios, fazer consultas e exames clínicos. “A situação onera quem tem menos condições de buscar alternativas.”
“O sistema é desigual na ponta [cirurgia de alta complexidade] porque é desigual na entrada”, assinala o economista, ao dizer que quando o SUS tem excelência no atendimento o acesso não é para todos: “Na hora que funciona, quem se apropria são as pessoas mais bem posicionadas socialmente”.
Conforme Marinho, os planos de saúde são resistentes a autorizar procedimentos de alta complexidade, como as cirurgias de transplantes, por causa dos custos. “Os hospitais privados preferem atender por meio do SUS porque sabe que paga”.
O estudo sobre a desigualdade de transplantes de órgãos está disponível no site do Ipea. Segundo Marinho, o documento foi postado ontem (7) e ainda não é do conhecimento do Ministério da Saúde.
De acordo com os dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), há 1.376 equipes médicas autorizadas a realizar transplantes em 25 estados brasileiros (548 hospitais).

A Opinião:

A desigualdade social é vista de maneira mais cruel quando se compara indicadores nas áreas de educação e saúde. Em relação a educação, tenta-se resolver o problema através do remendo torto das cotas. Em relação à saúde a situação fica mais complicada, afinal não se pode criar cotas para transplantes, por uma série de motivos.
O que precisa ser resolvido no Brasil com urgência é a questão da distribuição da renda. O setor público poderia auxiliar distribuindo melhor a renda dentro do próprio funcionalismo público. O maior salário não pode ser mais de dez vezes maior do que o menor salário. Mas observe quanto ganha um deputado e quanto ganha um enfermeiro, a desigualdade começa pelo governo que deveria zelar pela igualdade de condições.
Ao chegar na esfera da saúde, a desigualdade mostra sua face mais cruel, onde os que possuem melhores condições financeiras, também possuem maiores chances de receberem os órgãos ou o sangue a ser transplantado. Aos menos favorecidos, resta apenas contar com a sorte.
Infelizmente a falta de sorte acompanha muitos desde o nascimento.

O Debate:

Existe alguma solução para resolver essa disparidade nos transplantes?