O (Preocupante) Fato:
Antidepressivos estão entre remédios mais consumidos pela população
Apesar de serem de uso controlado, os ansiolíticos, ou antidepressivos, estão entre os medicamentos mais consumidos no país nos últimos anos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses inibidores do sistema nervoso central têm sido mais utilizados no Brasil do que muitos medicamentos que não exigem receitas médicas.
Responsável por fiscalizar a produção e a comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, a Anvisa divulgou hoje (20/01) boletim técnico contendo uma série de informações a respeito do consumo de medicamentos controlados.
De acordo com o Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, desde 2007 os antidepressivos feitos a partir de substâncias como o clonazepam, bromazepam e alprazolam são os mais consumidos entre os 166 princípios ativos listados na Portaria SVS/MS nº 344, que inclui também as substâncias usadas em outros medicamentos de uso controlado, como emagrecedores e anabolizantes.
Recomendados para o tratamento de casos diagnosticados de ansiedade, depressão e bipolaridade, os ansiolíticos estão entre os remédios conhecidos por “tarja preta”, que só poderiam ser comprados em farmácias registradas e autorizadas pela Anvisa a comercializar os medicamentos listados na Portaria 344. Não é difícil, contudo, encontrar na internet quem os ofereça como solução para curar a tristeza – qualquer que seja a causa – e até a insônia.
De acordo com a Anvisa, a venda legal de Rivotril – nome com o qual é comercializado o antidepressivo produzido a partir do clonazepam – saltou de 29,46 mil caixas em 2007 para 10,59 milhões em 2010. A Anvisa estima que só em 2010 os brasileiros gastaram ao menos R$ 92 milhões com Rivotril.
Entre os ansiolíticos, o segundo mais comercializado, o Lexotan (bromazepan), vendeu, em 2010, 4,4 milhões de unidades. Já o Frontal (alprazolam) registrou 4,3 milhões de unidades.
Os técnicos chamam a atenção para o grande volume de receitas prescritas por dentistas e médicos veterinários, percentualmente maior que a quantidade aviada por médicos.
Fonte: Correio do Estado
A Opinião:
O ritmo alucinado de vida, marcado pelo excesso de compromissos, a extrema competitividade nos dias atuais, o excesso de notícias ruins e a falta de diálogo e contato humano tornam as pessoas mais ansiosas e/ou tristes.
Essa tristeza e essa ansiedade muitas vezes são confundidas com depressão. E hoje as pessoas estão cada vez mais informadas, acerca de medicamentos por exemplo, e se entregam mesmo aos antidepressivos e estes se tornaram um negócio bastante lucrativo.
Vivemos em um período onde há farmácias em grande parte das esquinas das grandes cidades e onde qualquer coisa é diagnosticado como um problema sério a ser combatido com remédios. Está indo mal na escola? Deve ser déficit de atenção ou hiperatividade. Vai comer? Cuidado, o que você vai comer pode te fazer mal. Vai sair? Cuidado, estão assaltando e sequestrando. Tem um novo amigo? Tome cuidado, ele pode ser apenas um interesseiro. Quer relaxar? Cuidado, você pode perder o seu emprego. Tempo é dinheiro!
Precisamos cuidar mais uns dos outros, usar as palavras mágicas: "Bom dia, por favor, obrigado, com licença, fico feliz por você". Precisamos reorganizar as nossas prioridades: Deus, família, amigos, saúde, carreira e por fim dinheiro.
O dinheiro é importante, sim, mas sem pessoas ao seu redor por exemplo, você perde a saúde e não consegue sucesso na carreira, restando apenas apelar para Deus.
É claro que algumas pessoas sofrem realmente de depressão e estas sim devem fazer uso de medicamentos, há momentos em que sofremos muita pressão de uma vez só, ficando mesmo difícil de suportar.
O que sou contra é essa banalização do uso dos ansiolíticos, que causam um verdadeiro "Efeito Zumbi" na população. Não podemos nos convencer que somos problemáticos. O consumismo não pode chegar nas farmácias.
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