Leitura sem fronteiras - Tradutor

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Rebeldes na Líbia são armados pela OTAN



O Fato:

França lança armas de pára-quedas para rebeldes líbios

O Estado-Maior das Forças Armadas de França confirmou desta forma uma informação publicada esta quarta-feira pelo jornal Le Figaro que, citando uma "fonte francesa bem colocada", noticiou a largada de lança-mísseis, espingardas de assalto, metralhadoras e mísseis anti-tanque, entre outras armas. 
No início de Junho, a situação humanitária naquela zona era muito precária, pelo que aviões franceses lançaram "ajuda humanitária - víveres, água e material médico", segundo o porta-voz do Estado-Maior, coronel Thierry Burkhard.
"Durante as operações, a situação dos civis no terreno degradou-se. Também largamos armas e meios para lhes permitir defender-se, essencialmente munições", acrescentou.Tratou-se, segundo o porta-voz, de "armas que podem ser manejadas por civis, armamento ligeiro de infantaria, tipo espingardas".           
"Como a situação humanitária se degradou, completamos as entregas humanitárias com algumas armas", insistiu, acrescentando que foram "algumas largadas pontuais, durante vários dias, para evitar que os civis fossem massacrados". 
Uma fonte citada pela France Presse indicou por seu lado que França enviou armas, tanto lançadas de pára-quedas como através das fronteiras terrestres com os países vizinhos. Segundo essa fonte, 40 toneladas de armas foram enviadas para a região, nomeadamente "tanques ligeiros".
A decisão terá sido tomada na sequência de uma reunião em meados de Abril entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o chefe do estado-maior dos rebeldes líbios, o general Abdelfatah Younes.
Fonte citada pelo Figaro indicou por seu lado que o envio de armas foi decidido com base no interesse de França em dar apoio aos rebeldes naquela frente sul do combate contra o regime de Muammar Kadhafi.

A Opinião:

É assim que a OTAN promove a paz? O Envio de armas tinha o "nobre" objetivo de impedir que os rebeldes fossem massacrados. Agora a pergunta que não quer calar: Se o objetivo era esse por que não falaram ao mundo inteiro através de nota oficial? 

Vive-se em um mundo dominado pelo medo, onde os vilões são colocados como heróis e as vítimas como culpados. O que está acontecendo em vários países africanos parece muito com o que aconteceu durante a colonização das Américas, quando colocavam tribos indígenas rivais para lutar por países europeus. Alguns séculos depois, algo parecido acontece: Em vez da OTAN assumir o confronto, armam os rebeldes e aparecem como salvadores, afinal os pobres rebeldes seriam massacrados pelo cruel e sanguinário ditador. 

 

As "fronteiras artificiais" definidas pelos europeus (que pensaram apenas nos próprios interesses) colocaram tribos inimigas dentro de um mesmo território e com um vácuo de poder com o fim do neocolonialismo. É obvio que essa medida levaria a confrontos.

E é essa covardia que revolta, criam o problema, culpam as vítimas pelo problema e aparecem como solução. 

 

O Debate:

Qual é o real objetivo da OTAN?



Nenhum comentário:

Postar um comentário