Uma forma de crédito lançada desde o primeiro semestre deste ano está se
consolidando no Brasil e vem, agora, focar principalmente as cerca de
50 milhões de pessoas as quais o Banco Central estima que não possuem
conta bancária e também os 55% da população economicamente ativa
brasileira que ainda recebem mensalmente o salário em espécie. Trata-se
do cartão de crédito pré-pago. Com ele, a partir da contratação e
o pagamento de algumas taxas, o consumidor poderá fazer uso de um
sistema semelhante ao do celular pré-pago, ou seja, contratar uma
quantia por determinado tempo para que dela sejam descontadas as compras
realizadas com o dinheiro de plástico. Neste
semestre, no entanto, na busca por atingir as camadas mais baixas da
sociedade, aquelas que ainda não são bancarizadas, os cartões private
labels, ou cartões de loja, também estão sendo trabalhados como
pré-pagos pela Mastercard. E uma das vantagens evidenciadas pela
nova forma de compra é a não obrigatoriedade da avaliação da situação do
crédito do consumidor, possibilitando as pessoas que estão com o "nome
sujo" de também se utilizar da ferramenta. "Estamos
em um momento propício para isso: o mercado de pré-pagos está em plena
expansão na América Latina, onde atualmente representa US$ 12 bilhões em
oportunidades e poderá chegar a US$ 80 bilhões em 2017", afirma
Alexandre Magnani, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da
MasterCard Brasil e Cone Sul. A empresa na qual trabalha é
responsável pelo primeiro cartão pré-pago no Brasil, concretizado em
conjunto com o banco PanAmericano, no fim de abril deste ano. Em
termos percentuais, o diretor de cartões do PanAmericano, Eliel Teixeira
de Almeida, aponta uma rejeição de 40% para os pedidos de cartão no
Brasil, o que seria praticamente anulado com o uso do pré-pago. Outro
destaque dado pelos executivos é em relação ao controle de despesas
proporcionada pelo novo tipo de cartão, pois o usuário dele acerta a
quantia a ser gasta com antecedência. Eliel ainda explicou que o
cartão é protegido por senha e em caso de perda ou roubo pode ser
bloqueado e o saldo contratado mantido. "O Cartão Pré-pago é uma
oportunidade de automação das compras desta parcela da população e uma
alternativa para o pagamento de salários de indústrias e a transferência
entre cartões pré-pagos também será uma solução atraente para remessa
de dinheiro para outro portador", finalizou o diretor de Cartões do
banco PanAmericano.
Fonte: Diário do Nordeste
A Opinião:
O mercado arrumou um novo jeito de "deitar e rolar", um cartão de crédito onde quem coloca o crédito é o cliente. Se vai fazer sucesso? Certamente
Motivos:
Quem não possui conta em banco pode preferir pagar as taxas do cartão de crédito pré-pago do que as taxas de manutenção de conta nas agências bancárias.
Pode ser a "mesada do futuro", uma vez que assim é possível controlar os gastos no cartão.
Os brasileiro preferem que algo controle as suas ações do que simplesmente sentar e montar um orçamento, com o cartão pré-pago vai ser possível transferir a responsabilidade.
É a circulação do capital se tornando mais complexa a cada dia.
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