O (Preocupante) Fato:
Registros de dengue no Estado cresceram 550% este ano, afirma subsecretária
A subsecretária de Estado de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde, Hellen Miyamoto, afirmou que os registros de casos de dengue no Estado, este ano, cresceram 550% em relação a 2010. O anúncio foi feito durante audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), realizada nesta segunda-feira. O estado já registra mais de 160 mil casos e 133 óbitos.
“Os principais fatores para esse grande
aumento são o aumento populacional, o abastecimento irregular de água e
o significativo aumento de produção de lixo urbano. Temos estimulado
todas as prefeituras do estado a trabalharem a mobilização,
principalmente agora, no período pré-verão. Precisamos reduzir o número
de criadouros de mosquitos”, alertou a subsecretária.
O presidente da comissão, o deputado Bruno Correia (PDT)
defende que é preciso se preocupar também com o combate, em vez de
somente com a prevenção à doença. “O combate não pode parar por aqui.
Pelo que foi apresentado aqui, muito se trabalha para a prevenção e
pouco para o combate à dengue. É importante investir na mobilização, mas
é primordial investir na qualidade dos agentes de saúde”, explicou.
A subsecretária também informou que o município de Niterói, na
Região Metropolitana do Rio, possui o maior número de casos de dengue
tipo 4, com 11 ocorrências, o que aumenta a chance da doença se tornar
hemorrágica. Oriunda da região amazônica, o vírus ainda é incipiente no
Rio de Janeiro, mas pode se proliferar. Por conta das enchentes, Hellen
disse que a Região Serrana pode ser facilmente infectada.
Dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde apontam que a vacina
contra a dengue ficará pronta somente em cinco ou seis anos. De acordo
com Miyamoto, testes já estão sendo feitos na Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), no Rio, e no Instituto Butantã, em São Paulo, mas os
resultados atuais mostram que a vacina ofereceria imunidade por até três
meses. Testes em seres humanos começarão a ser feitos no ano que vem.
No início do mês de outubro, a Secretaria de Saúde lançou a campanha ’10
minutos contra a dengue’, que incentiva moradores a gastarem 10 minutos
de seu dia no combate aos focos do mosquito Aedes Aegypti.
Fonte: O dia on-line
A Opinião:
O
primeiro surto da doença em que houve isolamento viral, aconteceu em
fins de 1981, em Boa Vista-Roraima, obtendo-se 13 amostras positivas
para o tipo 1 e quatro para o tipo 4, não detectando-se sinais de
gravidade entre os casos notificados.
No
período de 1986/87, iniciaram-se extensas epidemias pelo sorotipo 1 nas
regiões Sudeste e Nordeste, sendo a maior parte das notificações de
casos, provenientes dos Estados do Rio de Janeiro, Alagoas e Ceará.
Foram ainda afetados neste período, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e
São Paulo. No Rio de Janeiro, foram descritos 5 casos fatais,
confirmados posteriormente por estudos anátomo-patológicos.
Em
abril de 1990 é detectada a circulação do sorotipo 2 na cidade de
Niterói. Em junho/90, em um caso fatal de dengue hemorrágico, é isolado o
vírus Dengue 2. Os isolamentos virais revelam a co-circulação de DENV-1
e DENV-2 no Rio de Janeiro, sendo que em 1991, este último, foi o único
sorotipo isolado. As manifestações clínicas então observadas, foram
mais graves, e são notificados à Secretaria Estadual de Saúde 462 casos
de dengue hemorrágico com 8 óbitos.
A
partir da epidemia de 1994 no Ceará, em que foi detectada a
co-circulação de DENV-1 e de DENV-2, são notificados casos de febre
hemorrágica do dengue nos seguintes Estados do Nordeste: Ceará,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Bahia.
Em
2000, chama a atenção o registro de casos de Febre Hemorrágica do
Dengue (FHD)/ Síndrome do Choque do Dengue (SCD) no Estado do Amazonas,
Em dezembro/2000 é isolado no município Nova Iguaçu-RJ, o vírus dengue
tipo 3 (DENV-3).
Após
um aumento do número de casos durante o ano de 2001, ocorre no primeiro
semestre de 2002, a maior epidemia observada no Estado e Rio de
Janeiro-RJ, são notificados 255.493 casos, incluindo 1895 casos de
FHD/SCD e 91 casos fatais.
Texto produzido por Rogério Vals no site do IVD (Instituto Virtual da Dengue - www.ivdrj.ufrj.br)
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