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domingo, 31 de julho de 2011

Sorteio das chaves das eliminatórias para a Copa de 2014


O Fato:

Fifa leva boa impressão do evento de R$ 30 milhões

 

O governo estadual e a Prefeitura do Rio gastaram, juntos, R$ 30 milhões para um evento com duração de uma semana na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Se as críticas ao alto custo da estrutura montada não foram poucas, o objetivo, ao menos foi alcançado. O diretor de comunicação da Fifa, Nicolas Maingot, afirmou que o presidente e o secretário-geral da entidade, Joseph Blatter e Jérôme Valcke, respectivamente, saíram bastante impressionados e confiantes do sorteio das chaves das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, realizado neste sábado, com transmissão para mais de 200 países.

“O Blatter e o Valcke estão muito felizes com o que viram aqui. A Fifa está muito satisfeita com o que foi realizado. O que precisa ser frisado é que o mundo todo ficou satisfeito, se você conversou com os estrangeiros aqui, é fácil notar isso. Acho que o Brasil teve um grande começo nessa Copa do Mundo, que traz muita confiança de todos os envolvidos de que teremos um Mundial espetacular no Brasil. Não havia nada aqui. É uma bela marina, mas tudo teve de ser construído para esse evento, então é uma estrutura que realmente impressiona. Veja o resultado, é fantástico. Foi um evento perfeito, tudo correu, esportivamente e em termos de organização, dentro do que planejávamos”, disse Maingot.

Quem também exaltou a estrutura e a organização do sorteio foi o técnico da Holanda, Bert van Marwijk. Ele rasgou elogios ao futebol brasileiro e afirmou que, no Brasil, “se respira futebol”. “O Brasil é o melhor de todos os tempos, ganhou cinco vezes a Copa do Mundo, todo mundo faz esporte nesse país. São 190 milhões de pessoas, têm muitos bons jogadores de futebol. É um ótimo país para se realizar um Mundial. Pelo que vi aqui hoje, vão organizar muito bem essa Copa. É um país onde se respira futebol”.
Campeão do mundo em 1994 com a seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira compareceu ao sorteio e mostrou confiança na competência do Brasil para a Copa de 2014. “Já fui em seis ou sete eventos desse nível e acho que o nosso não ficou devendo em nada para os outros. Muito bem organizado, muito bem apresentado, as imagens, foi perfeito, nota 10. Acho que a imagem para o mundo foi com um pontapé inicial dos melhores possíveis”, disse Parreira, que acrescentou. “A gente sabe que temos problemas enormes, gigantescos pela frente, mas confio na capacidade do empreendedor brasileiro, as empresas que trabalharão na construção dos estádios, das estradas vão dar conta do recado”
Além do sorteio das eliminatórias, da final da Copa, e do International Broadcast Center (IBC), o Rio ainda tentará levar o sorteio final, que decidirá os grupos do Mundial de 2014.

Na sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes declarou que não se furtará a gastar a mesma quantia, se necessário, para novamente exibir a cidade para o mundo. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, contudo, avisou que a preferência da Fifa é não centralizar tudo em uma cidade, já que a Copa acontecerá em 12 sedes, indicando que a entidade deverá apresentar o sorteio final em outra praça.

“Essa pergunta é difícil de responder. Em algum momento a decisão será tomada. A Copa é para todo o país, de Porto Alegre a Manaus, então para os outros eventos é um mistério”, completou Maingot.


A Opinião:
Tudo é uma questão de prioridades e no momento o Brasil prefere se exibir para o mundo do que cuidar dos seus habitantes. Não somos contra sediar a copa, pelo contrário, é um grande evento que pode trazer muitos recursos ao país, que pode de fato colocar o Brasil como uma das principais rotas de turismo internacional, que deve gerar empregos diretos e indiretos.
Somos contra a forma como isso está sendo feito, onde a única preocupação é agradar a FIFA em detrimento da população. Somos contra a falta de transparência que leva a corrupção a acontecer diante dos nossos olhos. Somos contra o descaso com os serviços públicos e com o dinheiro público.
Um exemplo claro e matematicamente explicado: Para o sorteio das chaves das eliminatórias para a Copa de 2014, um evento que duraria uma semana, foram gastos R$ 30 milhões e esse custo foi dividido entre a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Governo estadual do Rio de Janeiro.  Os professores da rede estadual do Rio de Janeiro, estou repetindo seguidas vezes o lugar para deixar bem marcado, estão em greve desde o dia 07/06 reivindicando um aumento de 26% ou, para facilitar a nossa conta, R$ 190,00. Vamos imaginar que sejam 10 000 professores na rede estadual. Logo 10 mil, multiplicado por 190 vai gerar um gasto mensal extra para o Governo do estado do Rio de Janeiro de R$ 1 milhão e 900 mil. Continuando, se multiplicarmos R$ 1 milhão e 900 mil por 13 teremos um custo para o governo de R$ 24 milhões e 700 mil.
Assim, meus amigos, despejaram em uma semana, dinheiro que ajudaria a atender as reivindicações dos professores da rede estadual. Pergunto: Que legado o sorteio das chaves das eliminatórias para a Copa de 2014 deixa para o povo? E que legado uma educação de qualidade deixaria?
Deve ser por isso que o logo da copa de 2014 é esse:

Até a taça tampa o rosto com vergonha do que está acontecendo diante dos nossos olhos. Lembrando que a saúde pública das grandes metrópoles estão deixando a desejar e os planos de saúde estão fazendo a farra, a segurança pública também está gerando problemas, temos estradas esburacadas, falta infraestrutura em muitos pontos do país e muitas pessoas no nordeste do Brasil sofrem com a seca. Essa bola já tá rolando há muito tempo, pena que ninguém quer chutar.

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