Greve de professores já dura mais de 30 dias em MG, RJ e SC
Em pelo menos três estados – Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina –, os professores da rede estadual de ensino estão em greve há mais de 30 dias e exigem aumento de salários, entre outras reivindicações. Em Santa Catarina, a paralisação já dura 56 dias.
No Rio, onde a paralisação já dura 35 dias, um grupo de cerca de 30 professores ocupou nesta terça-feira (12) à tarde o prédio da Secretaria Estadual de Educação, no centro da capital fluminense. Houve confronto entre os manifestantes e os seguranças da secretaria. Policiais do Batalhão de Choque usaram gás de pimenta. Uma das reivindicações dos professores do Rio é um aumento emergencial de 26%.
Em Minas, a greve completou 36 dias e ainda não houve negociação entre grevistas e o governo. No item principal da pauta de reivindicações está o pagamento do piso salarial nacional, instituído por lei federal. A Secretaria da Educação informou que o menor salário pago em Minas é R$ 1.122 por 24 horas semanais, contra os R$ 1.187 estabelecidos pela lei federal para 40 horas.
Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que esse piso deve ser composto apenas pelo vencimento básico, sem levar em consideração os benefícios adicionais. Os professores do estado já reivindicavam que todos os abonos fossem incorporados ao salário.
Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que esse piso deve ser composto apenas pelo vencimento básico, sem levar em consideração os benefícios adicionais. Os professores do estado já reivindicavam que todos os abonos fossem incorporados ao salário.
Justiça autoriza corte no ponto de professores em greve no RJ
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a liminar concedida ao Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe) que impedia o corte do pagamento dos dias parados dos professores. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 51 dias após o início da greve.
Após a decisão, a Secretaria Estadual de Educação informou que resolveu efetuar o pagamento dos dias parados desde o dia 7 de junho. No entanto, a partir de 1º de agosto, quando as aulas recomeçarem, o servidor que estiver em greve terá falta descontada.
"As aulas perdidas terão que ser repostas. Em não havendo a reposição, de acordo com calendário estipulado pela secretaria, o servidor terá o desconto também retroativo", disse a secretaria em comunicado. Até o fim da semana, será divulgado o calendário de reposição das aulas, que devem ocorrer até 15 de setembro.
A secretaria informou ainda que já foi autorizada a contratação de 2,1 mil professores temporários, que podem ser chamados a partir de 1º de agosto, caso haja necessidade de reposição de aulas. "É de fundamental importância que os alunos não tenham qualquer tipo de prejuízo", afirmou o secretário Wilson Risolia.
Uma assembleia geral dos professores foi agendada para o dia 3 de agosto, quando serão definidos os rumos da greve. A categoria exige reajuste de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos.
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