ONU: homicídios caem em São Paulo, mas permanecem altos no Rio
Um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc,
sugere que o número de homicídios no Rio de Janeiro permaneceu alto entre 2001 e
2009.
No documento “Estudo Global sobre Homicídios 2011”, a cidade aparecia com 105
assassinatos para cada 100 mil habitantes em 2001; e em 2009, o número baixou em
apenas cinco assassinatos por ano, passando a 100 homicídios por 100 mil
pessoas.
O estudo, divulgado nesta quinta-feira pela ONU, também analisou as taxas de
homicídio de São Paulo, que registraram uma queda de 120 para 40
assassinatos.
A média nacional se manteve estável. Na América Latina, o Brasil é o terceiro
país com o maior número de homicídios, atrás da Colômbia e da Venezuela.
De acordo com o Unodc, a disparidade nas taxas de homicídios entre São Paulo
e Rio tem a ver com as políticas aplicadas pelos dois estados. No caso paulista,
ações de prevenção e repressão ao crime conseguiram frear a onda de
criminalidade.
Uma outra medida de sucesso de campanhas de desarmamento é a apreensão de
armas de fogo, que são usadas em 74% dos homicídios na América Latina.
Os dados do Brasil foram analisados com base em informações da justiça. Em
2009, o país registrou 43.909 homicídios.
O resultado das medidas de repressão ao tráfico de drogas e de pacificação de
favelas cariocas não foi refletido na pesquisa, cujos dados foram somente até
2009.
Fonte: Jornal do Brasil
A Opinião:
O Brasil é um país que consegue melhorar a imagem internacional ano após ano. Nos orgulhamos por ser uma nação com muitas belezas naturais, uma nação que não sofre com terremotos e não tem vulcões ativos.
Um paraíso onde existe liberdade religiosa, onde há uma grande mistura de raças, com um povo receptivo, alegre e que faz piada com a própria desgraça.
Mas infelizmente, a violência impera, e tudo por causa do que mais temos vergonha...a desigualdade social e poucos investimentos em educação.
Esses dois fatores somados acabam por levar muitos adolescentes a ingressar num caminho praticamente sem volta que é o tráfico de drogas.
E o que mais irrita é que a guerra que eles vivem é pelo prazer de consumir, pelo prazer de poder ostentar um luxo que sempre sonharam. Se perguntarem a dez adolescentes o motivo pelo qual entraram para o tráfico, tenho certeza de que pelo menos nove responderão que é para poder comprar roupas de marca ou para ser respeitado. São forçados a acreditar que armas e dinheiro dão poder.
Como virar o jogo?
A sociedade brasileira precisa parar de lutar por "benefícios" e passar a lutar pelos direitos. Temos que parar de nos perguntar "E o que vamos ganhar com isso?" pensando apenas em valores financeiros ou materiais. Precisamos pensar em valores humanos: vamos ter paz, segurança, liberdade, futuro...
Investimentos em educação são fundamentais, mas não podemos tratar os alunos com a frieza dos números e sim como seres humanos que buscam um lugar ao sol como cada um de nós um dia buscou ou continua buscando.
Já em relação a desigualdade social, sabemos que sempre vai existir, não podemos ter um pensamento tão infantil. Mas sabe-se também que é possível minimizar, e o pontapé inicial precisa ser dado pelo poder público.
Dentro do funcionalismo público o maior salário não pode ser mais de 10 vezes maior do que o menor salário, o governo sempre fala em diminuir o fosso da desigualdade social, mas ela começa pelo setor público.
Essa proposta não é absurda, o salário mínimo sim. Pensem! Se é possível para alguém viver com um salário mínimo, podem também viver com 10 salários. Mas o que vemos? Salários monstruosos em uma ponta e salários ridículos em outra. É justo? Não e onde há injustiça não há paz.
Gostaria muito de estar vivo para ver um Brasil pacificado.
Como já dizia o "Profeta Gentileza":
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