O Fato:
Rei saudita anula sentença de dez chibatadas contra mulher que dirigiu
O rei Abdullah da Arábia Saudita revogou nesta quarta-feira a sentença contra uma mulher condenada a dez chibatadas por dirigir um automóvel, violando a lei que proíbe as mulheres de dirigir, anunciou uma princesa saudita.
"Graças a Deus a flagelação de Shaima foi anulada. Graças a nosso
amado rei", anunciou em sua conta do Twitter a princesa Amira Tawil,
mulher do sobrinho do rei e homem de negócios bilionário Walid ben
Talal. A anulação da condenação foi confirmada por uma fonte go governo
em Riad.
Shaima Jastaina, na casa dos 30 anos, foi condenada na segunda-feira
por um tribunal de Jeddah, cidade onde havia sido detida em julho
quando dirigia um carro, segundo anunciou na terça-feira uma militante
de defesa dos direitos humanos. Segundo ela, Shaima "não quis falar aos
meios de comunicação sobre seu processo (...) e estamos impressionados"
de que tenha sido condenada a dez chibatadas.
A sentença representou a primeira vez que uma punição legal foi dada
pela violação do banimento. Outras mulheres ficaram detidas durante
dias, mas não foram sentenciadas pela Justiça. Normalmente, a polícia
apenas para as motoristas, as questiona e as deixa ir depois de
assinarem uma promessa de que não cometerão a infração novamente.
Para os ativistas, a decisão judicial tornou-se mais perturbadora por
ter sido tomada dois dias depois de o rei saudita, Abdullah, ter
anunciado que as mulheres terão o direito de votar e concorrer nas eleições locais do país pela primeira vez a partir de 2015.
Os sinais mistos revelam o desafio para Abdullah, conhecido como um
reformista, de pressionar gentilmente por mudança sem antagonizar o
poderoso clero e um segmento conservador da população.
Ao permitir a participação política das mulheres, Abdullah disse que
tinha o apoio oficial do conselho clerical. Mas ativistas consideraram a
sentença contra Shaima como uma retaliação dos religiosos linha dura
que controlam as cortes e supervisionam a intrusiva polícia religiosa.
A Arábia Saudita, onde as mulheres não podem trabalhar sem a
autorização de seus maridos ou pais, é o único país do mundo onde as
sauditas e as estrangeiras são proibidas de dirigir. Nenhuma lei proíbe
oficialmente a prática, mas decretos religiosos conservadores a baniram.
Em meses recentes, várias mulheres dirigiram veículos em cidades sauditas
em uma tentativa de pressionar a monarquia a mudar a lei. Para se
deslocar, as sauditas precisam contratar um motorista e, se não tiverem
de US$ 300 a US$ 400 mensais para pagar por esse serviço, dependem da
boa vontade dos homens da família.
O ícone da campanha foi Manal al-Sharif,
uma jovem especialista em informática, libertada em 30 de maio após ter
permanecido detida por duas semanas por ter desafiado a proibição de
dirigir e publicar no YouTube um vídeo no qual aparecia ao volante.
Najalaa Harriri, que é uma das outras duas mulheres que também
enfrentam uma ação judicial por dirigir, disse à Associated Press que
precisava usar um carro para cuidar melhor de seus filhos.
A Opinião:
O mundo está passando por um período de grandes transformações e a velocidade dessas mudanças está cada vez maior. Mas quais são os fatores responsáveis por essas mudanças?
Bem, o ser humano consegue se diferenciar dos outros animais principalmente pela capacidade que possui de transmitir conhecimentos a outras gerações. Somado a isso, observa-se um avanço espetacular da tecnologia, integrando o mundo e praticamente suprimindo o tempo e o espaço.
Assim, os registros do passado se tornam conhecidos pelo mundo inteiro, tanto as atitudes erradas, quanto ideias de pensadores que são capazes de acender fagulhas na mente das pessoas que desembocam no "incêndio incontrolável" que estamos assistindo atônitos, muitos com satisfação, pois esperavam o dia em que conquistariam direitos e a esperança de um mundo melhor, outros com medo, por não saberem o que está por vir.
O ser humano só quer ser feliz o máximo de tempo que puder, para isso lutam por seus direitos. As mulheres começam a conquistar seus direitos na Arábia Saudita e podem inclusive chegar ao poder nesse país.
Cada vez mais temos mulheres assumindo o poder e a visão feminina é diferente da masculina, as discussões entre um homem e outro é diferente da discussão entre um homem e uma mulher e o mesmo vale para as alianças.
Temos um mundo que se transforma aos poucos, parece que de fato a Revolução Técnico-Científica-Informacional se completa deixando espaço aberto para uma possível nova Revolução: a "Revolução dos Povos da Terra", onde minorias lutarão por seus direitos e muitos tabus serão enterrados. É esperar para ver.
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