O Irremediável Fato:
Traficantes mandavam em patrulhas, escala e transferiam PMs em UPP
Escutas de investigação da Polícia Militar do Rio que identificaram
um esquema de pagamento semanal de propina de traficantes a policiais
militares na UPP da Coroa, Fallet e Fogueteiro revelam que os criminosos
restringiam o patrulhamento nas favelas, mudavam a escala de trabalho
dos PMs e exigiam a transferência de agentes que não entravam no
esquema, mostrou o jornal O Dia.
No total, 30 policiais foram afastados e três continuam presos por
suposta participação na corrupção. Os criminosos criaram áreas de
exclusões de PMs, onde não haveria patrulhas de quinta-feira a domingo e
cobravam de seus interlocutores, em especial do sargento Rinaldo do
Desterro Santos, que havia PMs “desrespeitando” o acordo. A maior parte
dos contatos era feito por um traficante identificado apenas como Alan.
De acordo com O Dia, o então
comandante da unidade – agora afastado –, capitão Elton Costa Gomes, e o
subcomandante, tenente Rafael Medeiros, aparecem nas gravações com o
sargento, aparentemente o principal operador do esquema. Elton diz que
vai passar “no bingo para pegar o ‘negócio’”. O tenente recebe ligação
do praça sobre reclamação dos criminosos em relação a dois PMs que
atrapalham a venda de drogas e os transfere de escala.
O suborno era pago toda segunda-feira à noite, totalizando R$ 53.000 no mês e variando entre R$ 100 e R$ 500 por PM.
O traficante cobra do sargento ainda que alguns PMs patrulhavam áreas
dos criminosos, “atrapalhando o movimento” e atirando em criminosos e
ameaça retaliar. Um sargento atuante do Morro da Coroa também é
transferido, pelo subcomandante Medeiros, da rua para serviços internos
da UPP.
Para tirar soldados “inconvenientes” da escala o sargento Rinaldo
Santos ainda cobrava uma propina extra de R$ 100, como mostram 17
gravações.
Em dois dos quatro plantões da UPP, a corrupção garantia a
tranqüilidade dos traficantes. A investigação revelou, ainda, que alguns
PMs se recusavam a receber propina.
Em 6 de setembro, três PMs foram presos em flagrante com R$ 13.600, após receberem o pagamento semanal.
Fonte: Portal IG
A Opinião:
Infelizmente a postura corrupta de alguns policiais joga o nome de todos na lama, isso porque muitas pessoas cometem o erro infantil de generalizar colocando no mesmo saco policiais corruptos e policiais honestos que sacrificam a vida pela segurança da população deixando as próprias famílias angustiadas dia após dia.
A ideia das UPPs na teoria é fantástica, mas no Brasil parece que teoria e prática são como água e óleo, para o nosso azar.
Os políticos precisam aparecer para conseguir a reeleição ou para eleger o sucessor e manter o partido no poder, não pensam a longo prazo e realizam apenas as melhorias que ganham visibilidade, motivo pelo qual toda grande obra ou política pública passa a ter nome e logotipo nos inundando de "Fome Zero", "Bolsa Família", "Minha casa, minha vida", "Leve Leite", "UPAs", "UPPs" e outros que ainda vão surgir com nomes belos, teorias e propagandas lindas, mas analisando a fundo, apenas placebos.
Alguém ficou surpreso com a notícia acima? O tempo faz com que as máscaras caiam, ninguém engana para sempre.
Outra coisa que parece que não vai mudar é a criminalização da pobreza, os países ricos produzem as armas, os principais usuários de drogas estão nas classes A e B, mas quando o problema aparece a culpa é do pobre. É a filosofia do Homer Simpson: "A culpa é minha e eu coloco ela em quem eu quiser".
nossa muito bom!
ResponderExcluirGosto deste blog pq ele mostra o fato como ele é, não como mostra as demais imprensas, que puxam o saco do governo